|| Barreira ||

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Era madrugada, exatamente duas da manhã. Eu e Renato tinhamos acabado de encerrar nosso momento, meu milhare pessoal, como o dele também. Ao terminarmos, nos jogamos na cama, ambos arfando sem parar. Nossos corpos ensopados por conta do suor. Meus olhos estavam fechados enquanto eu tentava me concentrar em minha respiração, e então, espiei o Renato pelas pálpebras. 

— Nossa, Léo... Não sabia que era tão bom — Renato disse enquanto lutava para recuperar seu fôlego, as mãos sobre o peito subindo e descendo.

Eu apenas o observei, meus olhos brilhando enquanto eu me voltava para o momento encerrado a segundos atrás.

— Ah. — ele gemeu, sua respiração finalmente voltando ao normal. — Vou tomar um banho, aceita ir comigo, senhor Leonardo? — ele brincou e fez uma careta, pôs sua mão sobre a minha.

— Deixa de gracinha, amor, já deu por hoje. Eu vou ficar te esperando.

Ele fechou os olhos e suspirou, soltando minha mão.

— Espera, você tem uma toalha aí?

— Tenho sim — fui até meu guarda-roupa coberto por um papel de parede galático deslumbrante, o abri e retirei uma toalha rosa, parecia intocada. Senti o perfume que saia dela, daí lembrei-me que era o presente de minha mãe, cuja me dera a um tempo atrás.

— Que cheiro bom? —

— Minha mãe que me deu, você vai ser a primeira pessoa que vai usá-la.

Ele mostrou um leve sorriso e segui até o seu banho. Fui até o meu quarto, caminhando em uníssono para que eu continuasse fora de registro. Peguei algumas roupas e voltei para o quarto.

— Onde você foi? — Renato perguntou enquanto enrolava a toalha em sua cintura.

— Só fui buscar umas roupas.

— Nem precisava, você poderia usar as minhas — ele sorriu.

— Agora já era, amor, podia ter dito antes — entrei no banheiro quase me esbarrando nele.

Liguei o chuveiro, a água quente.

Depois do meu banho, vesti minhas roupas, cujas havia as largado sobre a pia. Depois de me vestir, corri para a cama e deitei sobre o peito de Renato.

— Tá cheiroso — Renato disse, os olhos fechados.

— Usei tudo o que você tinha, shampoo e sabonete. Não tem problema, não é?

— Claro que não, se você quiser, pode ficar com meu quarto, contando que eu esteja com você — ele brincou, depois me deu um beijo na testa.

— Não vai vestir uma camiseta? — me levantei de seu peito e o olhei nos olhos.

— Porque? Você não prefere sem?

Sorri para ele e me deitei sobre seu peito novamente.

-Já pensou no nosso futuro?onde vamos viver,filhos...quer dizer,acho que não vamos ter filhos.

-A gente pode adotar,voce não quer?

-Quer saber...eu vou pesquisar mais sobre meu problema,pra ver se é tão arriscado como pensamos.

-Você não tá pensando que eu vá fazer isso com você né?isso é perigoso,eu não quero te matar.

— Fica calmo, eu vou olhar primeiro...depois a gente conversa.

— Tá bom, vamos dormir — Renato suspirou.

De forma suave, ele me puxou para perto dele. Fizemos uma conchinha.

MY LIFE | LeonatoOnde histórias criam vida. Descubra agora