|| Amor, Morte e Renascimento||

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Coronado On

O tempo aos meus olhos se passavam como uma corrida de carros, minhas ações eram reproduzidas cegamente. Léo estava sem vida, eu segui meu coração e tentei trazê-lo de volta com tudo ao meu alcance.

- Léo! Fala comigo! - me movi pra cima do mesmo tentando pensar em algo.

A primeira coisa que pensei foi uma respiração boca a boca, e foi o que consegui realizar no momento. Logo em seguida comecei a fazer massagem cardíaca sem parar até ter alguma resposta.

Renato estava com o bebê em seu colo e Clone volta para a lounge.

-Renato,deixa eu segurar,eu tô bem-ele estende seus braços diante ao Renato e recebe Leah em suas mãos.

Enquanto eu continuava fazendo massagem cardíaca, Renato chega abrindo uma mochila que estava no chão, teve dificuldade em achar o que estava procurando por culpa de seu desespero. Ele mexeu nela tão rápido que escutei apenas objetos caindo. Levantou-se com uma espécie de seringa com um componente estranho. Ele pede para me afastar.

- O que é isso? - minha voz falhava, as lágrimas em meus olhos desciam continuamente.

- É um remédio especial. Vamos torcer para que funcione.

Renato estava ofegante. Dentro de seus olhos parecia ter um abismo sem fim, eu o entendia como ninguém. Parecia sufocado.

- Só quero que ele volte - seguro a mão do Léo, ainda gelada, e abaixo minha cabeça. As lágrimas gotejaram sem parar.

- Confia em mim Coronado, só preciso que você confie agora - ele coloca a mão sobre meu ombro o apertando forte.

Em seguida ele espera uns minutos enquato olha aos olhos do Léo, cujo estava deitado numa cama ensanguentado. Após algum tempo Renato questiona o fato de não ter acontecido nada.

- Era pra estar acontecendo alguma coisa - ele passa sua mão suavemente no peito do Léo e desliza até o pescoço, na esperança de sentir o pulso. -Não... você não está morto.

Era como se chão que eu estivesse pisando neste instante não existisse. Senti um aperto em meu peito como nunca antes, coloquei a mão sobre, eu queria que parasse. Falhei. As lágrimas que já estavam escorrendo em meu rosto se tornaram mais intensas, parecia que meus olhos estavam prestes a cair. Desabei.

-Eu sinto muito - dou leves batidas em seu ombro e saio da lounge. Vou correndo sem parar até a beira da piscina.Me joguei no chão colocando minha cabeça entre meus braços enquanto chorava.

Parece que nada deu certo nesse dia para mim.Ainda não caiu minha fixa ao saber que o Léo morreu em minha frente. Minhas lágrimas caiam no chão como uma cachoeira infinita de tristeza, eu me sentia um puro fracasso, não fiz nada pelo meu amigo para que ele pudesse estar com vida. A partir de agora não vou conseguir sequer colocar os olhos naquele bebê, não hoje, ou talvez nunca.
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Narrador On

As mãos de Renato pareciam imparaveis quando se tratava dessa situação. A esperança dele rondava pela sua feição que o seu rosto apresentava no decorrer de suas ações. A massagem começou a ficar mais intensa enquanto Renato murmurava para o corpo quase morto do Léo, vulgo amor de sua vida.

- Vamos - ele murmura. - VAMOS! - ele engrossa sua voz num grito abafado.

Ele esperava em algum momento que pudesse acontecer alguma coisa, mas as suas lembranças bateram como uma onda em sua mente. Ele parou a ação e correu para checar a mochila novamente. Havia achado mais seis recipientes do remédio especial que o Clone havia emprestado ao Thiago naquela tarde. O alívio que foi sentindo foi capaz que o fizesse normalizar sua respiração. Ele sacou a seringa de cima da cama hospitalar e pegou uma dose de cada recipiente, injetando por quase todo o corpo de Léo.

MY LIFE | LeonatoOnde histórias criam vida. Descubra agora