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DULCE MARÍA

Toque de recolher às oito da noite é de longe a coisa mais ridícula que já ouvi. Como se não fosse suficiente eles obrigarem os alunos a se trancarem nos quartos, ainda desligavam a internet pontualmente às dez horas.

Estou em uma prisão, por acaso?

Anahí ficou estudando em sua escrivaninha até a hora em que a internet foi desligada, depois apagou tudo e se deitou. Tentei puxar conversa, mas a Tinkerbell dormiu basicamente no mesmo segundo em que a cabeça encostou no travesseiro.

Eu estou inquieta há horas. Com certeza, vou para o inferno porque tudo o que consigo pensar quando fecho os olhos é em Christopher Von Uckermann me fodendo. E o pior de tudo, é que a batina nem mesmo é broxante, só deixa tudo muito mais excitante.

Ergo a cabeça para confirmar que Anahí está dormindo, mas o quarto está bem escuro e só consigo ouvir sua respiração suave. Puxo o lençol por cima do meu corpo, para me prevenir de um possível flagra – não que eu realmente me importe com isso, mas acho que a loirinha vai acabar tendo um ataque cardíaco se isso acontecer –, fecho meus olhos e deixo minha imaginação me guiar.

Christopher está em pé em frente à minha cama, o quarto está iluminado apenas pelo abajur e consigo enxergar seus olhos escuros de desejo, um sorriso malicioso esticado em seus lábios e a batina ali, me lembrando do enorme pecado que estou cometendo agora.

Minha boceta pulsa apenas com a possibilidade dessa visão e deslizo minhas mãos por meu corpo, uma vai até o meio das minhas pernas, apertando suavemente minhas coxas antes de parar em minha boceta por cima da calcinha. A outra desliza por dentro da minha camisola, subindo por minha barriga até encontrar um dos meus seios.

Arfo ao imaginar as mãos de Christopher ali, a voz rouca sussurrando em meu ouvido o quanto quer me foder. Aperto meu mamilo eriçado entre os dedos e arqueio minhas costas ao afastar a calcinha para o lado e deixar meus dedos deslizarem por minha carne completamente molhada.

Mordo o lábio inferior com força, querendo abafar um gemido e o imagino abaixando-se entre minhas pernas, abrindo-as lentamente e antes de afundar a língua em minha boceta.

Será que Christopher saberia me chupar? Ou será que ele já teve o prazer de conhecer o sexo?

A possibilidade dele nunca ter transado, me deixa mais molhada. Fico imaginando qual seria a expressão em seu rosto se eu aparecesse de surpresa em seu quarto e tirasse minha camisola lentamente. Os gemidos que escapariam da sua boca, quando a minha deslizasse por seu abdômen até encontrar seu pau duro.

O que ele faria quando eu o lambesse lentamente, depois o chupasse com força e só o soltasse quando gozasse em minha boca. Seria o primeiro orgasmo dele?

Aperto meus seios com mais força e afundo meus dedos em mim com força enquanto aperto meus mamilos. Meu corpo estremece com o primeiro espasmo que se espalha por ele.

— Preciso fazer o dever de física... — a voz de Anahí me assusta e sobressalto na cama.

Minha respiração está acelerada e tento me acalmar para não chamar sua atenção, mas ela simplesmente não diz mais nada.

— Anahí? — nenhuma resposta — Era só o que me faltava.

Além da Tinkerbell falar dormindo, ainda fala sobre a escola. Que lugar bizarro é esse que meus pais me enfiaram? Minha boceta ainda está pulsando, mas o susto não deixa minha imaginação voltar a trabalhar e suspiro frustrada.

Quer saber? Se eu não posso ter um orgasmo imaginando isso, vou ter muitos orgasmos fazendo isso. Duvido que Christopher seja um santo, então se eu encontrar seu quarto, talvez eu passe o resto da noite gozando em seu pau. Meu plano original era invadir seu dormitório, mas Anahí não me deixou sair do quarto quando estava acordada.

Afasto o lençol e pulo para fora da cama, calço os chinelos e saio do quarto sem me importar que estou usando apenas uma camisola curta e quase transparente. Não prestei muita atenção no tour que a Anahí fez, mas lembro vagamente que o dormitório do seminarista fica no fundo do terreno da escola, então saio do dormitório sem pensar duas vezes.

Parece que o toque de recolher é apenas para os alunos, porque consigo ver alguns padres caminhando livremente pelo terreno, então começo a me esgueirar pelos cantos escuros. Ainda não sei como vou encontrar o quarto de Christopher, nem se ele tem um quarto só dele, mas se não estiver e se seu colega for tão gostoso quanto ele, não me incomodo que se junte a brincadeira.

Passo por trás da igreja e sei que preciso andar apenas mais alguns metros para chegar ao local e....

— Senhorita Saviñon? — a voz do diretor soa atrás de mim e fecho os olhos com força. Estava tão perto — O que a senhorita está fazendo fora da cama? Seu toque de recolher foi há quase três horas.

— E-eu estou com... Sede. Estava procurando o refeitório e acho que me perdi — sorrio de leve, tentando manter minha expressão o mais angelical possível.

— É por isso que tem um frigobar em seu quarto, senhorita. Tenho certeza que a senhorita Portilla lhe mostrou.

Droga!

O padre desce o olhar por meu corpo rapidamente e maneia a cabeça enquanto franze os lábios em sinal de reprovação.

— Um dos assuntos mais comentados hoje foi a aluna que não respeitou as regras de vestimenta... Aqui não permitimos certos comportamentos, senhorita Saviñón, nem mesmo maquiagem forte.

— O senhor nunca ouviu dizer em "meu corpo, minhas regras"? — ele ri pelo nariz ao concordar.

— Apesar da minha idade e posição, sou um defensor dos direitos de igualdade entre homens e mulheres, mas isso não é permitido dentro dos muros desse colégio, senhorita. Temos regras e elas não foram feitas para serem quebradas, se é o que está pensando em dizer — diz sério — E para que comece a levar essa instituição mais a sério, estou lhe dando sua primeira advertência!

Cruzo meus braços sob meus seios e mordo o lábio inferior, irritada comigo mesma por ter sido descuidada e ser pega. Sinto minha pele queimar, como se alguém estivesse me observando, e desvio o olhar para o lado.

Meus olhos encontram um par de olhos castanhos que faz meu coração acelerar. Ele foi o motivo de eu ter saído do meu quarto essa noite, estico os lábios em um sorriso malicioso ao observá-lo lentamente.

— Christopher, por favor, venha até aqui — o diretor diz e mordo o lábio inferior me excitando apenas em vê-lo caminhando em minha direção — Poderia me fazer um grande favor e emprestar seu agasalho para que a senhora Saviñón se cubra antes de voltar ao seu dormitório?

— Claro, reverendo — ele tira o casaco que está usando e o segura para que eu o vista, algo que faço sem hesitar. O agasalho está quente e emana seu cheiro amadeirado — Precisa que eu acompanhe a senhorita?

Por favor, me acompanhe até a minha cama. Mordo a língua para não dizer isso, porque provavelmente eu seria expulsa agora mesmo.

— Não é necessário, eu mesmo farei isso. Obrigado, Christopher.

— Tenha uma boa noite, reverendo. Você também, senhorita — ele acena com a cabeça e se afasta.

Uma boa noite só se você me fizesse gozar inúmeras vezes. Mordo a língua outra vez, para evitar falar.

O diretor me acompanha de volta ao dormitório enquanto me passa um enorme sermão sobre meu comportamento agressivo, decepcionar meus pais, não aproveitar as oportunidades que a vida está me dando e jogar um possível futuro brilhante no lixo. Parece que alguém andou lendo meu histórico.

Quando entro em meu quarto, respiro aliviada por não precisar ouvir mais o sermão interminável, depois sorrio largamente ao apertar o agasalho em torno do meu corpo e sentir o cheiro forte de Christopher.

O que ele fará quando receber esse casaco de volta e descobrir que gozei enquanto o usava? Porque é exatamente isso que farei agora.

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Oiiie! 

E aí, galerinha!
Quem quer um pouquinho da visão do Christopher desses acontecimentos?

RedençãoOnde histórias criam vida. Descubra agora