CHRISTOPHER VON UCKERMANN
Ainda estou muito bravo com a Dulce pelo o que aconteceu na semana passada, então, a evito o máximo que posso e falo apenas o necessário sobre coisas relacionadas ao trabalho. Depois de um tempo me ajudando com as crianças, ela começa a ficar distraída com o seu celular e eu fico com receio de que esteja planejando fugir outra vez.
Embora eu tenha deixado claro na portaria que ela só poderia sair com a minha presença, tenho certeza de que Dulce conseguiria dar um jeito de escapar, se realmente quisesse. Brigo para que guarde o celular e ela o faz sem reclamar. Isso só me deixa em estado de alerta máximo e eu passo a redobrar minha atenção sobre ela, mas Dulce se comporta muito bem. Bem até demais.
Quando ela me pede para ir ao banheiro no intervalo das aulas, eu hesito, mas acabo cedendo diante de suas gracinhas. Não muito seguro, coloco a cabeça para fora da sala discretamente e vejo quando ela entra no banheiro feminino. Respiro fundo aliviado enquanto passo os dedos entre os cabelos.
— Acho que estou exagerando hoje — falo para mim mesmo e começo a arrumar o material da próxima aula um pouco mais relaxado.
Logo a sala está cheia de crianças novamente e nada de Dulce aparecer. Passo uma atividade para elas, deixo outra pessoa supervisionando no meu lugar e saio imediatamente a sua procura. Verifico primeiro o banheiro feminino, pois vai que ela tivesse passado mal ou algo assim, mas nem sinal.
Saio andando pelos corredores, abrindo cada porta que encontro pela frente e sentindo a irritação me dominar por não achá-la em lugar algum. Tenho certeza que Dulce se diverte muito planejando em como vai me tirar do sério. É incrível como ela consegue me levar a sensações extremas.
Escuto um barulho estranho vindo de uma das salas e me preparo para lhe passar uma bronca se a encontrar, mas fico atônito com a cena que vejo quando abro a porta.
Dulce está na sala, mas não está sozinha, está com o tal namorado e eles estão... transando???
Sinto um nó se formar na minha cabeça e aperto a maçaneta da porta com força, engolindo em seco e arregalando os olhos. O cara não me vê, pois está sentado na cadeira de costas para a porta, e, embora eu esteja no seu campo de visão, Dulce também não me vê porque está com os olhos fechados.
Ela se remexe de forma ritmada no colo dele e o meu primeiro impulso é sair correndo da sala antes que eles ou mais alguém me vejam, mas parece que meus pés estão colados no chão. A cada segundo que passa, o desejo de estar no lugar dele, sentindo Dulce profundamente, cresce dentro de mim e se mistura com a raiva de pouco tempo atrás.
Dulce abre os olhos e me vê. Se ela fica surpresa ou assustada, não demonstra. Pelo contrário, a minha presença aqui parece estimulá-la. Ela começa a se movimentar com mais intensidade e ele a beijar seus seios enquanto deixa as mãos passear por todo seu corpo. Aperto ainda mais maçaneta, com uma força que não sabia que tinha, até sentir a mão doer. Minha vontade é de atirar aquele imbecil para longe dela, mas estou vidrado demais no olhar penetrante de Dulce e nos seus gemidos, que soam como música nos meus ouvidos.
Ela inteira, neste momento, parece a mais bela peça de arte que eu já vi na vida. Seu rosto está corado, alguns fios de cabelo grudados na testa por causa do suor, sua boca está entreaberta e seus olhos não desviam do meu nem por um instante. Meu pau lateja completamente duro, implorando para sair do aperto das calças, e, com a mão livre, repuxo o tecido na região na tentativa de lhe dar mais espaço.
Percebo que já consigo me mover e posso sair daqui, mas eu preciso de mais. Eu quero ver mais. Quero vê-la chegar no ápice. Ignoro qualquer voz interior que me diz que isso é errado e continuo com os olhos fixos em Dulce. Sua respiração está tão pesada quanto a minha e não demora muito para que ela quase revire os olhos de prazer. Ela geme mais alto enquanto chama meu nome. Meu Deus! Um arrepio inteiro percorre meu corpo e sinto minha cueca umedecer. Fecho a porta da sala rapidamente e caminho em direção ao banheiro mais próximo.
Tranco a porta assim que passo por ela e vou até a pia. Abro a torneira com as mãos trêmulas, jogo um pouco de água no rosto e passo a mão molhada na nuca. Meu corpo inteiro está quente, muito quente. Droga! Eu não deveria ter ficado, não deveria ter saído à procura de Dulce, não deveria ter evitado sua expulsão, em primeiro lugar. Sabia que isso ia acabar acontecendo mais cedo ou mais tarde.
Começo a rezar e a pedir intervenção de todos os santos por cada pensamento pecaminoso que está passando na minha cabeça agora, mas não consigo evitar. Os gemidos de Dulce soam mais altos que minhas orações. Fecho os olhos para me concentrar, mas tudo o que vejo é ela se contorcendo na minha frente. Meu pau pulsa mais uma vez em protesto e eu levo os dedos para o cós da calça, desabotoando-a e deixando ele livre. Jogo a cabeça para trás, respirando fundo de alívio, e volto a encará-lo.
Já me masturbei algumas vezes na puberdade, mas foi algo sem malícia, coisa de criança que está descobrindo o próprio corpo. Tão logo entendi que isso é errado, evitei situações que podiam despertar esse desejo em mim, como assistir filmes com nudez e etc. Eu deveria ter evitado a Dulce também, mas agora já é um pouco tarde. Mesmo sabendo o quanto é errado, eu quero fazer.
Envolvo-o com uma das mãos e fico apenas o segurando por um instante. Isso é ridículo! Mas também traz uma sensação tão gostosa que deixo minha mão ganhar vida. Ela desliza com facilidade por todo o meu pau, dado a umidade, e logo se move de forma rápida e descontrolada. Eu o aperto com força, como que para compensar a raiva de estar fazendo isso e de desejar tanto a Dulce a esse ponto, e não demora muito para eu sentir um tremor se espalhar pelo meu corpo. Um grunhido escapa da minha garganta e libero o gozo, deixando-o escorrer pelos meus dedos.
Me apoio com a outra mão na pia e mantenho a cabeça baixa enquanto tento normalizar minha respiração. Ainda estou extasiado pelo orgasmo, mas posso sentir minhas têmporas latejarem. Tudo está muito confuso agora e o mais estranho é que eu quero mais. Sinto que meu tesão não foi saciado por completo e vejo que meu pau permanece duro.
Ok! Só mais uma. Não penso muito e tento tocá-lo de novo, mas estou sensível demais. Desta vez estou com menos raiva, então suavizo a mão, conseguindo curtir mais o momento e sentir prazer. Fecho os olhos e imagino alguns dos momentos em que estive ao lado da Dulce, com ela me provocando, só que no lugar de evitá-la eu a correspondia. Solto um gemido rouco e lento, e começo a acelerar meus movimentos. A imagino sentando em mim, seus gemidos, seus seios subindo e descendo na minha cara e ela gritando meu nome de prazer.
— Dulce... — gemo em resposta enquanto libero meu gozo mais uma vez.
Meu corpo relaxa por completo e me sinto até um pouco fraco, mas me forço a limpar tudo logo em seguida. Não sei quanto tempo passei aqui e preciso voltar para a sala de aula, então preciso me apressar. Depois de vestido, olho meu reflexo no espelho e sinto uma onda de culpa me invadir. Meu Deus! O que eu acabei de fazer? Traí todos os meus princípios. Como eu vou encarar a Dulce agora? E os meus superiores? Me sinto a pior pessoa do mundo. Não sei se a confissão vai ser o suficiente e conseguir tirar esse peso que estou sentindo na consciência.
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Redenção
Фанфик+18| FINALIZADA | Dulce María é uma jovem de dezessete anos que acabou de se formar no ensino médio e se aproveita da fortuna dos pais para aprontar todas pela cidade. Por causa disso, seus pais a enviam para um colégio interno religioso, onde a ob...