Capítulo 59 - Narrado Por Andrew

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Quando estávamos em terra firme havia um carro com um homem esperando perto dele, eu estava com Dimitri em meus braços e eu não sentia remorso por estar fazendo isso, mas mesmo que eu não quisesse admitir eu estava com saudades de Maurício, porém já não era possível voltar atrás.
Zel entrou no carro ao lado do carona e Elisa abriu a porta de trás do carro e eu entrei com o garoto nos braços e ela logo entrou sentando do meu lado, havia colocado Dimitri no meio entre eu e ela sentado, logo o homem entrou no carro e deu partida.

- Para aonde vamos é longe daqui ? - Perguntei olhando para frente.

- Até que não, mas fique relaxado que nada vai acontecer de interessante - Disse Zel.

Eu fiquei calado e fiquei pensando em tudo que eu estava fazendo e se estava certo eu agir dessa maneira ?
Bem, eu sabia muito bem que não teria como desfazer oque eu fiz e com certeza teria que arcar com tudo que fosse acontecer, acabei lembrando que meu celular estava no fundo do mar nesse momento e senti uma pontada de raiva.
O caminho parecia que não teria fim, porém o carro parou em frente a um portão preto, o engraçado que não havia nada perto apenas mato e mato durante muitos quilômetros, o portão se abriu e o carro entrou notei que mais a frente havia uma mansão de cor inteiramente preta, o carro parou em frente ao que parecia a entrada principal.

- Chegamos vamos descer! - Disse Zel e saiu e logo abriu a porta e eu sai e depois puxei Dimitri, coloquei no colo e eu segurei ao lado de Zel, Elisa saiu e parecia estar brevemente entediada como se estar ali não fosse grande coisa - Pode me dar ele, a partir daqui eu assumo - Disse me olhando sério.

Eu nada disse e dei Dimitri para ele que pegou firme no corpo do mesmo.

- Que o tratamento comece - Disse Elisa sorrindo.

- Hm - Disse olhando para ela.

- Vamos entrar - Disse ela.

- Eu irei levar ele para o Doutor e já irei voltar, faça o favor de ficar com ele Elisa! - Disse Zel entrando na mansão e eu fiquei parado no mesmo lugar, eu não me importava com oque fosse acontecer daqui para frente mas mesmo assim já lá oque for melhor eu estar preparado.

- Eu preciso comer - Disse Elisa.

- Aqui tem oque você come ? - Perguntei.

- Sim tem - Disse animada e foi andando na frente.

Entrei e vi uma sala grande com tapetes vermelhos sangue no chão, havia dois sofás grandes pretos, uma televisão na parede até que era grande, eu acabei sentando em um dos sofás e Zel foi mais para a frente me deixando sozinho com Elisa.

- Já que seu celular acabou parando no mar, irei pegar outro para você! - Disse ela sorrindo para mim.

- Ordens do Zel? - Questionei.

- Pode se dizer que sim..- Disse e saiu da sala me deixando sozinho.

Me perguntava oque iria acontecer com Dimitri depois desse tal "tratamento " e quais serão as consequências?
Talvez eu estivesse agindo de forma equivocada em me preocupar tanto assim.

- Senhor - Disse alguém e olhei em direção a voz masculina que me chamou, vi um homem de terno branco me olhando, ele era realmente lindo cabelos pretos e olhos bem escuros praticamente pretos, deveria ter seus 25 anos e 1,80 de altura.

- Pois não? - Perguntei olhando para ele de cima abaixo.

- O Senhor Zel, me pediu para vir ver se o senhor deseja alguma coisa ? - Perguntou se aproximando de mim e parou a um passo de distância de mim.

- Oque exatamente eu iria precisar? - Perguntei não entendendo aonde isso iria chegar.

- Não sei...- Disse ele e se ajoelhou e passou a mão nas minhas pernas - Quem sabe um boquete? - Perguntou passando a língua em volta dos lábios.

Eu fiquei surpreso quando ele disse isso, eu queria rir mas ao mesmo tempo estava com raiva por Zel falar para esse cara vir me provocar de tal maneira, mas mesmo assim eu olhei para ele com desdém.

- Escute que tal você ir pegar uma bebida para mim e se quiser me fazer companhia apenas estará bom o suficiente? - Sugeri e ele me olhou sem graça e deu um sorriso, se levantou e saiu de perto de mim sem dizer nada, porém olhou para mim.

- Deseja beber oque ? - Perguntou.

- Quero muito cerveja de preferência gelada, vai beber comigo ? - Perguntei.

- Claro, aliás meu nome é Marcos - Disse me olhando.

- Meu nome é Andrew - Disse para ele.

- É um prazer - Disse ele.

- Prazer apenas na cama - Digo.

- Até que seria uma boa ideia - Disse ele e saiu da sala, provavelmente foi pegar oque pedi para ele.

Quando ele saiu Elisa entrou na sala e sua boca estava vermelha, ela estava segurando uma caixa que provavelmente era de celular, ela parecia bem animada.

- Aqui está o celular e tem um novo número nele já! - Disse sorrindo e me deu a caixa.

- Porquê está tão animada? - Perguntei estranhando o comportamento dela.

- Sempre que eu como carne me sinto mais animada e viva, mais enfim o tratamento já começou e pelo que Zel disse não terá como ele se curar mesmo se ele quisesse - Disse mordendo o lábio inferior.

- Oque exatamente irá acontecer com ele ? - Perguntei e ela se sentou ao meu lado.

- Segundo oque eu sei, esse tratamento ou melhor dizendo manipulação mental irá tirar dele a maioria de seus sentimentos, ele será praticamente uma arma para nossa organização, algumas coisas são implantadas nele como lembranças que ele sabe usar armas e lutar - Disse me explicando, eu fiquei de certa forma impressionado.

- Nunca imaginei que uma coisa assim existia...- Disse olhando para ela.

- Existe a muito tempo a diferença que não é todos que tem acesso a coisas assim, se ele encontrar o Maycon um dia quem sabe oque pode acontecer - Disse e pegou seu celular.

- Oque acha que poderia acontecer? - Perguntei enquanto abria a caixa e vi um celular até que bonito.

- Talvez morte ou ele simplesmente poderia ignorar a existência de alguém que um dia ele amou, bem não dá para saber ao certo - Disse ainda olhando para a tela do celular.

- Aqui está! - Disse Marcos entrando na sala com um fardo de cerveja em mãos.

- Olá Marcos - Disse Elisa.

- Olá Elisa, aceita beber também? - Perguntou ele.

- Você ainda pergunta - Disse ela e riu.

- Verdade, você sempre amou beber - Disse ele e sentou no mesmo sofá que nós.

Cada um pegou uma latinha e começamos a beber, enfim esperar poderia ser melhor do que pensava.

Nas Mãos Do Mafioso - Gay - Concluído #Wattys2022Onde histórias criam vida. Descubra agora