Capítulo 9

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As duas partiram em direção a praia e enquanto tiravam fotos, decidiram parar em uma barraquinha. Clair optou por comer um cachorro quente, enquanto Aisha decidiu comer macarrão na chapa. Elas começaram a atualizar as fofocas, que incluíam o fato de Clair ter se tornado amiga de um de seus cantores favoritos, Arth, e do empresário dele, que insistia em ter uma chance com Sthe, até o fato de Aisha estar cada vez mais próxima de Matthew, uma vez que os dois se esbarraram às vezes na Curadoria e nos bastidores do ExpôMinas.

- Mas amiga, tem certeza que não vale investir em mais alguma coisa com o Matt? Ele te mandou flores quando o seu blog foi reconhecido, te surpreende sempre que pode com um croissant e café, e ainda por cima sua avó adora ele - disse Clair

- Amiga, não sei. Ele deve fazer isso com todas, ele conversa com um monte de gente. E além disso nós somos bons amigos - Disse Aisha.

- Bons amigos que deviam se beijar, isso sim.

- Clotilde! - Aisha disse num tom engraçado - E você e o Arth, hein? também são bons amigos, por que vocês não se beijam?

Clair deu risada e não respondeu. Na verdade, ela saiu correndo pela praia gritando e libertando tudo aquilo que estava a atormentando já havia um tempo. Ela respirou fundo e voltou para arrastar Aisha para uma corrida rápida pela praia, que mal teve tempo de se ajeitar, o que rendeu muitos tropeços e risadas.

Em paz, pensou Clair. pela primeira vez do ano, em paz. Após o momento, as duas voltaram para a recepção da pousada e se sentaram nos puffs que estavam próximos a uma janela. A lua estava linda e se Aisha pudesse, a pegaria com as mãos para registrar a sua beleza com seus desenhos. Não tão distante dali, Vincent, Stella e Fernando estavam em um restaurante caro, comendo frutos do mar. O loiro estava maravilhado com as belezas do Brasil, as pessoas que ali residiam e em especial, estava pensando que não teve tempo de se desculpar por ter esbarrado mais cedo em uma garota na rua. Ele sentia que pela primeira vez, ele podia ser ele. Sem se preocupar com paparazzis, entrevistas na mídia ou os amigos falsos. Como foi uma viagem não preparada, ele não tinha conexão com a Internet (e honestamente nem queria) e seu telefone não possuía área. Ele sabia que deveria comprar outro chip, um chip local para contactar seu empresário, mas isso podia esperar. Então ele aproveitava a viagem com Fernando e Stella, num lugar onde ele não sabia se comunicar, mas tinha seu melhor amigo brasileiro para fazê-lo.

[...]

No dia seguinte, os dois irmãos foram acordados a travesseiradas.

- Acordem! Já é meio dia! - Fernando usava um travesseiro branco pra bater nos dois, que dormiam juntos numa cama de casal.

- Fernando! Ficou doido? - Stella respondeu de mau humor, já Vincent não apresentava o menor sinal de vida.

- Bora, gente! Vocês estão no meu país! Tem coisa mais empolgante que isso? Vocês não sabem a saudade que eu estava desse lugar.

- Só mais cinco minutos - Vincent murmurou baixinho e Stella voltou a fechar os olhos.

- Ok. Se não for por bem, vai ter que ser por mal - O garoto puxou o edredom que cobria os dois, o que os fez resmungar em protesto. - Eu não sei se vocês sabem, mas eu tenho habilitação pra dirigir barco, e o meu está nesse momento sendo trazido de uma marina em Angra pra praia aqui na frente da pousada.

A notícia de Fernando finalmente fez com que dos irmãos levantassem, surpresos.

- Quanto tempo eu tenho? - Stella perguntou.

- 10 minutos - Fernando respondeu feliz da vida.

- É suficiente - Ela se trancou no banheiro e pouco tempo depois os dois puderam ouvir o som do chuveiro ligado.

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