CAPÍTULO 21

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NICOLA

Fomos para um motel cinco estrelas e Caique cumpriu o prometido, ele estava insaciável e eu também, aliás me senti uma devassa, fiz coisas que jamais imaginei que faria, de todo jeito e de várias posições. Transamos na cama, na hidro, debaixo do chuveiro, enfim.. acho que meu corpo vai sentir incômodo por no mínimo uma semana.

No final fiquei exausta e saciada, viemos embora e acabei dormindo no carro. Chegando em casa só me lembro dele me colocando na cama tirando meu sapato, meu vestido, me cobrindo e se deitando do meu lado.

Acordo com a bile subindo pela garganta e corro cambaleante ao banheiro, limpo meu estômago, faço tanta força pra vomitar que quase faço xixi. Puxo a descarga ja assustada e muito preocupada com esses enjoos matinais. E se eu estiver doente como a minha vó? O medo me invade de uma forma que sinto lágrimas embaçarem meus olhos.

Saio do banheiro dele e vou até o quarto, Caique não está aqui, ainda bem que ele levanta cedo, isso o está impedindo de me ver nessa situação. Não sei o que pensar sobre isso. Gravidez acredito que não seja, porque quando estava grávida do Rafa eu não senti nada, aliás só percebi a gravidez no quarto mês, quando ele mexeu dentro de mim.

Eu tinha 14 anos, não sabia nada da vida. Minha mãe fazia plantões de 24 por 36 horas e quando estava em casa não conversava direito comigo.

Escovo os dentes, tomo um banho e hidrato meu corpo, lembrando que tenho que trocar meu hidratante, esse cheiro ja me enjoou.

Coloco um macaquinho preto e calço uma rasteirinha. Olho no espelho e vejo minha palidez, preparo minha pele e faço uma make rápida caprichando no blush.

Caique entra no closet com o Rafa no colo.

- Achamos a dorminhoca Rafinha. Bom dia linda.

Ele me dá um selinho demorado.

- Bom dia meus amores.

Pego Rafael no colo e dou um beijo, ele mal me da bola, pois está distraído num dos seus joguinhos de celular.

- Já tomamos o café da manhã. Te procurei pra falar sobre o documento desse rapazinho, já está quase pronto.

Eu sorrio. Saímos do quarto e descemos para a cozinha.

- Estou tão feliz, não vejo a hora. O que falta pra ficar pronto?

- Eu quero falar com você sobre isso primeiro.

Chegamos na cozinha e meu estômago ronca, estou com uma fome avassaladora.

- Algum problema com o documento?

- Nenhum. O que não gostei foi da parte de pai desconhecido. Quero te fazer um pedido. Já que vou dar meu sobrenome pra você pensei em dar para o Rafael também. O que você acha?

_ Jura? Você faria isso pelo meu filho? Sabe que com isso se torna pai dele né?

_ Sei o que estou fazendo e estou seguro de minha decisão meu amor. Prometo ser um bom pai pra ele, a não ser que você não queira...

Será que ele percebeu que me chamou de meu amor? Eu senti ainda mais vontade de chora de alegria. Me levanto de um salto da cadeira.

_ É claro que eu quero.

Me jogo nos braços dele. Ele me ergue no colo, eu o beijo com todo meu amor.

- Obrigada meu amor, obrigada. Sabe como isso é importante pra mim e principalmente pra ele?

Ele me põe no chão e eu olho pro meu filho ainda distraído com seu jogo.

- Não tem que me agradecer meu amor.  Eu que agradeço por confiar em mim. Agora tome o seu café, vamos visitar sua vó e depois fazer umas compras pro nosso casamento.

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