CAPÍTULO 23

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CAIQUE

Tento disfarçar, mas ainda estou muito assustado. Se antes eu tinha medo que algo acontecesse com ela agora estou apavorado. Ela agora carrega nosso filho na barriga e ja começou caindo da escada, minha vontade é a de chegar em casa e ja remover a escada de la a marretadas, aquilo poderia ter matado o meu amor e só de pensar nisso me da calafrios. Terei que ficar de olho em Nicola, talvez até a embrulhe em plástico bolha, não quero nem pensar nela tropeçando e caindo denovo por aí.

Chegando em casa Rafael vem correndo com os braços estendidos pedindo colo pra mãe, mas eu o seguro antes e não deixo. Nicola reclama que eu a estou tratando como inválida, mas não me importo, ela está de repouso e não quero correr o risco dela se machucar ou perder nosso filho.

Subo com ela no colo para o andar de cima, Rafael nos acompanha cheio de curiosidade. Ela em meu colo me abraça contente.

- Nossa. Desse jeito vou me acostumar, segunda vez em menos de 24 horas que você sobe comigo no colo.

- Ainda bem que por enquanto está leve, né meu amor.

Ela ri com o meu comentário. A coloco no sofá da sala e Rafael senta no colo dela.

- O que você tem mamãe? Poque caiu?

Me sento perto dos dois e a abraço a incentivando a contar a novidade para o filho.

- Filho, você sabe que a mamãe te ama muito, não sabe?

Também converso com ele:

- Eu também te amo bebê, pra mim você é meu filho.

Me viro pra Nicola e conto a novidade a emocionando.

_ Ele me chamou de pai hoje quando nos deu aquele susto enorme, na hora estava tão nocauteado que nem assimilei direito.

- Sério filho? Você o chamou de pai?

_ Ele falo que é meu pai.

- Sim falei. Agora somos uma família.

Os olhos de Nicola se enchem de lágrimas, mas ela continua conversando com a voz embargada.

- E nossa família vai aumentar, porque a mamãe carrega um irmãozinho ou irmãzinha pra você aqui na barriga.

Ele se assusta e olha indignado pra ela.

- Porque ele está aí? O que ele fez?

Eu não aguento e gargalho de chorar. Nicola responde também rindo.

- Ele não fez nada meu amor, só não nasceu ainda.

- Isso mesmo Rafinha, ele é ainda muito pequeno, mas assim que a barriga de sua mãe começar a crescer e ficar bem grandona, o neném vai sair de lá.

- Vai demorar?

- Um pouco meu amor.

- Enquanto isso você me ajuda a cuidar da mamãe, bebê? Não pode se jogar se jogar no colo dela tá bom. Ela pode pegar você no colo, mas assim enquanto está sentada, é só pra não machucar ela e o bebê.

Ele prontamente se joga em meu colo, pelo visto entendeu tudo.

Passamos o restante do dia de preguiça, juro que ela me fez assistir vários filmes açucarados, quase morro de diabetes. Rafael esperto como só ele, fugiu e foi pro quarto assistir algo de sua preferência, mas devo confessar que foi bom.

Duas semanas depois...

Essas duas semanas foram corridas pra nós com os preparativos do casamento. Apesar da relutância de Nicola, contratamos mais dois funcionários, uma babá pro Rafael e um motorista pra ela, argumentei que ela pode precisar sair quando eu não estiver e também de ajuda com o Rafa, reclamou que a mimo demais foda se, mimo mesmo.

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