CAPÍTULO 27

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CAIQUE

Saio de casa puto com essa situação. Com certeza o desgraçado soube do meu casamento pela imprensa e viu nisso uma oportunidade pra me coagir. Teve a audácia de ameaçar minha mulher. Ele não perde por esperar, no momento em que o encontrar não vai dar nem tempo dele entender o que está acontecendo, no mesmo segundo estará morto.

Vou ao escritório, e o hacker ja começa a trabalhar pra localizar de onde Alex me ligou, facilmente localizou um hotel perto da minha casa. Tomás manda uns homens pra la mas é claro que ele ja não estava. Pelas câmeras de segurança vimos ele, em alguns momentos ele até faz uma reverência debochada pra câmera, claramente sabia que eu iria atrás dele lá.

Enquanto os homens vasculham outros hotéis, eu e Alex vamos até o esconderijo conferir o armamento. Ele foi no carro dele e eu no meu.

Chegamos juntos no galpão. Entramos no casebre indo direto a uma escadaria escondida que leva ao subsolo onde tem uma casa luxuosa e muito bem equipada. A preparei com o máximo de segurança e conforto, caso precise deixar minha mulher e meu filho aqui enquanto resolvo estás questões com a máfia.

Tomás entra na frente admirado com a casa que preparamos.

_ Isso aqui ta parecendo um hotel cinco estrelas Gabriel. Eu moraria aqui de boas o resto da vida.

Suspiro me segurando pra não quebrar o pescoço dele como o de uma galinha.

_ Ja falei pra não me chamar desse nome Tomás, se lembre que apesar da nossa amizade não pensarei duas vezes em te substituir.

Ele da risada.

_ Sei que não fará isso, não iria ter paciência pra treinar um substituto em tão pouco tempo. E também não iria querer ver seu amigo aqui desempregado. Alem do mais, Caique é um nome pra gente finíssima, não consigo enxergar um mafioso sanguinário sendo chamado de Caique. Ja Gabriel combina mais com o que precisa ser agora. Estou errado?

Gabriel Rossini era o meu nome, posso continuar usando o nome que adotei ou voltar a ser Gabriel, eu era uma criança portando não cometi crime nenhum trocando de nome, sem contar que esse crime ja prescreveu. Rossini é a rede de hotéis que herdei.

_ Pare de falar bobagens e vamos ao que interessa. Como é que está por aqui? Tudo em ordem? Comida, roupas, brinquedos...

_ Sim. Está tudo como pediu.

- Ótimo. Agora vamos ver o nosso armamento como está.

Enquanto ele vai na sala de armas dou uma olhada no celular pra ver se tem chamada de Nicola, mas me deparo com o celular desligado. Droga!

Ela já deve ter me ligado. Com certeza está intrigada com a minha saída repentina.

Tomás volta da sala de armas sorrindo, segurando uma bazuca nos ombros.

- Temos armamento aqui suficiente pra um exército patrão.

- Certo. Farei uma reunião com todos amanhã no escritório em minha casa, não posso admitir erros, é a segurança de minha família que está em jogo.

- Estaremos lá logo pela manhã.

- Agora preciso ir. Saí sem avisar minha esposa.

- Foi laçado de jeito hein patrão? Quem diria! Dando satisfações! Vivi pra ver isso.

-  É apenas pra ela não ficar preocupada ou pensar alguma besteira. Eu vou indo, qualquer novidade entre em contato comigo.

- Pode deixar.

Volto pro carro já colocando o celular pra carregar e acelerando. Tomás ainda fica pra apagar as marcas de nossos carros.

Tinha que acontecer tudo hoje? Alex, cirurgia. Nicola deve estar angustiada, preciso estar com ela.

Corro o mais rápido possível, estou longe da cidade, num sítio onde fica o esconderijo.

Depois de um tempo ligo o celular e já recebo uma chamada de Nicola, quando vou atender sinto o impacto do carro batendo em algo. O que foi isso ?

Desço do carro e vejo que bati numa enorme pedra. Como essa porra veio parar aqui?

Amassou um pouco a frente do carro mas não estou nem um pouco preocupado com isso. Volto pro carro dou ré e sigo meu caminho. Retorno a ligação de Nicola mas ela não atende. Deve estar chateada. Aliás, a essa hora a cirurgia de Ana deve ter terminado.

Acelero mais ainda o carro e vou direto ao hospital.

Chegando lá encontro o motorista de minha casa e um dos seguranças na frente do hospital, os dispenso.

Entro no hospital e vou direto a ala pós cirurgia, Nicola deve estar lá. Me sinto péssimo por não ter vindo com ela, preciso me desculpar por deixa- la passar por isso sozinha.

Qual a minha surpresa quando entro no corredor dos quartos e vejo MINHA MULHER nos braços do safado do Júlio. Bem que eu estava desconfiado, que esse aproveitador  estava rodeando minha mulher na cara dura, se aproveitando do fato de ser meu amigo pra viver enfiado em minha casa com a intenção de seduzir minha esposa como ja fez com muitas. HOJE EU MATO ESSE FILHO DA PUTA!

- QUE PORRA ESTÁ ACONTECENDO AQUI?

Pergunto os assustando. Júlio me olha como um rato assustado, ele sabe que o conheço, sei do que ele é capaz. Já minha mulher me olha com o rosto banhado em lágrimas, mas foda-se, não enxergo nada em minha frente, avanço sobre ele desferindo um soco no meio da sua cara de safado, conquistador barato.

- Caique para...

Nicola tenta me segurar mas estou cego de ódio, acerto soco em cima de soco no desgraçado. Sinto outras mãos me segurarem além da minha mulher.

- O que deu em você? Ficou louco cara?

O desgraçado ainda tem a audácia de me dirigir a palavra enquanto limpa o sangue no rosto.

- Eu não estava fazendo nada.. olha o estado da sua mulher, você deveria me agradecer, onde você estava?

- Não te interessa seu filho da puta. Não é de hoje que estou de olho em você, rodeando minha mulher feito uma maldita mosca varejeira, ja tive paciência demais com você. Conheço esse teu joguinho de conquistador barato, só não imaginava que fosse tão podre ao ponto de querer fazer isso com minha mulher.

_ Acha que eu daria em cima de sua mulher? Somos como irmãos porra, o que deu em você?

_ Não se faça de santo, você não presta, quando se interessa por uma mulher não enxerga nada na frente a não ser seu objetivo...

Nicola me puxa chorando desesperada.

- Caique por favor vamos embora. Olha o que você fez. Ele estava apenas me ajudando.

Me viro pra ela, estou com nojo dessa situação. Essa garota me fez quebrar uma amizade de anos, que droga. A vontade que tenho é de matar esses dois.

- Ajudando em que agarrado em você?

Pergunto possesso pelo ódio.

- Meu marido que deveria estar aqui comigo sumiu.

Ela grita descontrolada e continua mais branda.

- Eu precisava de você aqui comigo nesse momento difícil. O doutor só estava me consolando.

Me viro pra Júlio que me olha bufando enquanto uma enfermeira limpa o sangue do seu rosto.

- Não acabou por aqui Júlio. A gente ainda vai conversar, só nós dois, seu aproveitador barato.

- Você não sabe o que está falando. De minha parte estou tranquilo, não fiz nada demais. O errado aqui é você que a deixou sozinha, isso tenha certeza que eu jamais faria.

Avanço sobre ele novamente mas sou contido por seguranças que surgiram não sei de qual buraco.

Pego Nicola pela mão e saio puto dali antes que eu perca o controle de uma vez por todas e saque minha arma dando um tiro no meio da cara de Júlio, com dezenas de testemunhas. Mas ele não perde por esperar.

O homem é ciumento. Mas será que ele tem razão sobre Júlio?
Estão gostando do livro.
Me contem.
Preciso da opinião de vcs, podem criticar tbm kkk
Obrigada bjs e um ótimo fim de semana.
Por favorzinho deixem a estrelinha e comentário.

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