Capítulo onze: Atitudes extremas, pedem medidas extremas.

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Nunca pensei que um dia meu destino estaria nas mãos de um ser humano tão maligno como é Gael

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Nunca pensei que um dia meu destino estaria nas mãos de um ser humano tão maligno como é Gael. Por mais que eu tenha provocado ele, ele não tinha esse direito. Eu sou uma pessoa, tenho meus direitos, mas parece que esses direitos foram tirados de mim. Agora deitada no chão penso se tudo que eu fiz valeu a pena. Valeu a pena resistir a ele? Valeu a pena tanto esforço para evitar ele? Nada disso valeu a pena. Só serviu para me causar punições, algumas serias, outras nem tanto.

Me levantei do chão e caminhei até a porta e bati lá com toda minha força chamando pelo Gael.

— Gael! Eu quero conversar! Gael! Por favor não me ignore. Eu me arrependo ouviu? Eu me caso com você só pare de me deixar trancada por dias sem comer e beber. Por favor, abre a porta, me deixe sair! — Implorei, mas nada dele aparecer. — Você deve estar achando que eu estou mentindo, não é? Mas acredite em mim, eu me cansei disso tudo. Dessas brigas. Das mentiras. Das fugas. Me cansei de tudo. Só quero poder viver em paz, mas sei que não vai ser possível, isso não é mais possível a muito tempo. — Funguei. — Então eu te peço. Me tira daqui eu estou cansada de brigar com você. Tenha ao menos um pingo de misericórdia por mim e me tire daqui. — Esperei mais alguns segundos, mas nada aconteceu. Então cansada me sentei no chão e fechei os olhos.

— Nós éramos tão felizes. — Ouvi a voz de Gael, mas estava tão cansada que não tinha forças para abrir os olhos. — Acho que já aprendeu sua lição, vamos voltar. — Senti quando ele me pegou em seu colo e me suspendeu. — Eu realmente espero que dessa vez você tenha aprendido... não quero te punir. —

(...)

Quando abri meus olhos, percebi que não estava no mesmo lugar que antes e sim em um quarto que eu também não reconhecia. Me sentei na cama e reparei no ambiente. Janelas abertas faziam as cortinas balançarem com a leve brisa dos ventos, o quarto era amplo com as paredes em tons brancos gelo. Ouvi o trinco da porta fazer barulho me fazendo prestar atenção na figura alta e tatuada que passou por ela segurando uma bandeja.

— Como você está? — Ele perguntou colocando a bandeja no criado mudo.

— Bem... só estou sentindo um desconforto no pescoço. — Murmurei, ele se sentou ao meu lado na cama e avaliou meu pescoço.

— Apenas uma picada de pernilongo. Já já passa, te trouxe café da manhã, não comeu nada desde ontem. — Alisou meu rosto e pegou a bandeja colocando em nosso meio.

— Por que será? — Murmurei pegando uma torrada. Ele suspirou antes de pegar a jarra de suco e derramar o liquido em um copo e me entregar.

— Olha, eu "tô" tentando de todas as formas ser mais calmo com você, então colabora por que eu ainda estou tentando. — Encarei ele e dei de ombros.

— Por que estamos aqui? — Perguntei enquanto olhava ao redor.

— Esse é o meu quero, já o conhece, mas agora é nosso quarto. A partir de hoje, você dormirá e acordará ao meu lado. — Piscou para mim e senti meu rosto esquentar.

— Engraçado você, mas não tem graça. Quando eu vou poder voltar para meu quarto? — Limpei minhas mãos no guardanapo e me levantei da cama.

— Olha, eu quero conversar com você, mas é tão difícil fazer isso. — Respirei fundo. — Eu quero fazer um tratado de paz com você, cansei de brigar com você. Eu quero paz Gael. — Ele se levantou e veio até mim segurando meu rosto.

— Eu também cansei de brigar... temos um trato então? — Concordei com a cabeça. Ele chegou seu rosto perto do meu de forma que eu conseguisse sentir sua respiração muito perto do meu rosto. — Eu... eu tenho que ir. Fica à vontade. Você pode explorar a fazenda agora. Os seguranças foram dispensados, mas não tente fugir, nunca vai conseguir. — Ele se afastou depois de um tempo e entrou em uma porta me fazendo respirar fundo e me sentar na cama novamente.

Por tudo que é mais sagrado nesse mundo, não me deixe ter tesão ele. Eu não posso. Não posso.

Esperei até que ele saísse da porta que julgo ser o banheiro pelo tempo que está lá dentro. Poderia ser a saída, mas ele entrou por outra porta. Ok... dá última vez em que estive aqui, não tinha reparado nessas portas.

— Eu tenho que ir ajudar no parto de uma égua. — Ele passou por mim e caminhou até o closet e saiu de lá segurando uma camisa e uma calça jeans surrada e suas famosas botinas.

— Eu... eu posso fazer o parto? — Ele me olhou por alguns segundos e concordou com a cabeça, me fazendo abrir um grande sorriso e em um ato impensado saltei até ele e o abracei apertado pegando nós dois de surpresa. — Me desculpa. Eu... eu vou me trocar. — Quando ia me levantar ele me segurou no mesmo lugar que estava.

— Suas coisas estão no closet. Tem uma toalha no banheiro para você. Eu não estava brincando quando disse que agora esse é seu quarto. — Ele passou a mão sob meu rosto e me soltou. — Vai se arrumar. ""Tô'" te esperando lá em baixo. Não demore. — Concordei com a cabeça dando um pequeno sorriso.

(...)

— Ele é um potro¹ lindo. Quando crescer vai ser um ótimo garanhão². — Comentei enquanto via a égua se levantar depois de expelir o lindo potrinho.

— Sim, ainda mais sendo um sangue puro³. Eu iria vende-lo, mas acho que iria gostar de ter uma dona como você. — Encarei ele confusa.

— Você está me dando um sangue puro? Esse sangue puro? — Ele deu de ombros.

— É... depois te levo para conhecer o pai dele. — Ele cruzou os braços e voltou a prestar atenção no filhote que estava mamando na mãe.

— Vou cobrar isso. — Falei divertida. Ouvimos seu celular tocar e ele se afastou para atender, mas logo retornou para meu lado.

— Vamos... temos que voltar para o casarão. Quero te mostrar uma coisa lá. — Concordei e começamos a andar de volta para o casarão em silêncio, mas não era um silêncio desconfortável, pela primeira vez na vida.

— Chegamos. O que você queria me mostrar? — Perguntei me sentando no braço do sofá.

— Vamos até meu escritório. —Concordei desconfiada e o segui— Eu só queria dizer que dessa vez não tenho nada a ver com isso. E não fale nada sobre o que acontece conosco aqui. Eu irei estar te vigiando, não se esqueça disso. Entra. —Ele abriu a porta e eu entrei dando de cara com Cláudia e Natielly sorridentes.

— O que vocês estão fazendo aqui? — Não fiz questão de esconder minha supressa.

— O que vocês estão fazendo aqui? — Não fiz questão de esconder minha supressa

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Potro¹ = cavalo macho com menos de um ano de idade;

Garanhão²= é um cavalo macho que não foi castrado;

Sangue puro³= é uma raça de cavalos originária da Inglaterra. Sua principal utilização, devido à sua grande velocidade e estamina, é em competições esportivas como o turfe (corridas) e o hipismo

Será que essas duas na casa do Gael vai render coisa boa? 

Até sábado

Um amor maior que as montanhas (DISPONÍVEL ATÉ DIA 14/12)Onde histórias criam vida. Descubra agora