Mil versos destruídos, mil esculturas que se trocam por carícias na sombra e beijos ao sol. Noites de chuva e nuvens pintadas de negro. Tudo é belo e tudo é imperfeito. Tudo me lembra desses dias, três dias. Três dias a cada sete dias. Horas em que o tempo pára e corre. Corre contra nós, pára em nós.
Sorrisos forçados, alegrias verdadeiras. Olhares cansados em corpos suados. Roupas despidas e toques sem sentido. Sentidos.
Falta de ti, falta dos três dias em que somos. Apenas somos. Somos um do outro e não somos de ninguém. Quatro paredes e o céu fica aberto por uma hora. Uma hora de entrega total e somos parcialmente angélicos. Êxtase vitorioso. Amor exausto.
Tu. És tu. Não te percas de nós. Caminhos perpendiculares que resultam em paralelismos perfeitos. Amor. Amor e amor apenas. Tu. Apenas tu.