Era a última vez.
Deito-me de novo,
sinto o teu tronco nu
seja como for,
ninguém me consome como tu.Os nossos lábios tocam-se
mãos entrelaçadas
corpos num só
almas embaladasToques e suspiros
arquejos e confissões
é a última vez,
como em todos os serõesCulpamos a bebida
a música, o calor
culpamos tudo
para não falar em amorSabemos que voltaremos
Sabemos que é errado
Sabemos que se ficarmos
alguém sai magoado.O fogo acaba,
euforia calada
olhos nos olhos
e já não existe nada.Fazes-me voltar
vezes e vezes sem conta
Fazes-me amar-te
mesmo não estando prontaE por um segundo,
sei que me amas também.
Espero um para sempre
mas ele nunca vem.Quero que me soltes
Por favor, deixa-me ir.
Por muito te queira,
não to posso admitir.Vou e depois volto
de cada vez que me chamas
no calor da tua cama
quase acredito que me amas.É a última vez.
Mas mais outra virá.
Se amor não é,
o que será ?