Senti-o de novo. O incómodo constante e inconsciente de que te estou a perder. Já o senti antes, já o vivi antes. E agora está a acontecer de novo. Estamos a adiar o inevitável, a remar contra uma maré bem mais forte que nós, contra a qual sempre perdemos. A nossa taxa de vitória é nula, semelhante à esperança que em dias nos guiou. A esperança de que resultaria, contra todas as impossibilidades que nos limitavam. Fizeste-me acreditar... Fizeste-me acreditar que ia ser diferente, que estava escrito nas estrelas, que me ias fazer feliz. Não quero ser feliz uma vez em mil, não quero ser feliz cinco minutos em vinte e quatro horas. Deixemo-nos de merdas, deixemo-nos de mentiras e falsas promessas. Não está escrito nas estrelas, não será diferente. Não será. Nem é. Por enquanto, que acabem os falsos beijos e falsas declarações de amor. Amor falso. Já fomos, não vamos voltar a ser. Deixa-me ir desta vez. Pela última vez, de vez.