Winx Club - 3° Temporada

Fora de Controle

Antes das aulas começarem, Flora havia sido notificada de que Faragonda queria vê-la em sua sala. Ao chegar lá, ela viu que a diretora não estava para brincadeira.

-Sente-se, Flora. Por conhecer você muito bem, eu estou dando a você o benefício da dúvida.

-Sobre o que se trata?

-Acho que você sabe. Quatro alunas ontem foram até enfermaria. Estavam muito machudas. Com ossos fraturados.

-E você acha que fui eu?

-Flora, seja honesta.

-Por que acusar logo eu?

-Porque aquelas garotas tinham vestígio de magia sua.

Flora olhou confusa.

-Quando se usa seus poderes mágicos, esse poder deixa um rastro que demora para desaparecer dependendo do poder do ataque. E eu reconheci a natureza daquela energia. É sua. Agora, vai querer me falar a verdade ou continuar com joguinhos?

-Elas estavam fazendo bullying... Não... na verdade elas estavam abusando de uma aluna. Forges. Ela marcou uma consulta com a psicóloga nova para hoje.

-E por que bateu nelas ao invés de denunciar?

-Além das faltas de provas, já que você não as puniria adequadamente só com as minhas palavras, elas tinham fotos íntimas que elas mesmas tiraram da Forges, e chantagearam ela dizendo que expalhariam se ela tentasse denunciar elas.

Faragonda ficou horrorizada com aquilo. Não podia acreditar que aquele tipo de coisa estava acontecendo bem de baixo do nariz dela.

-Vou pedir para confiscarem os celulares delas. Isso não pode ficar assim.

-Bem... isso vai ser um problema. Eu Já deletei as fotos.

-FLORA. Por quê?

-Porque a Forges não ia denuncia-las. Ela não queria mais exposição. Então apenas deletei as fotos e me livrei dos celulares.

-Você faz ideia do quão grave é o que você fez?

-Ha. Me poupe. Quando a gente batia nas Trix não tinha problema. Mas quando são da sua escola, aí tem problema?

-Foram casos bem diferentes.

-Mas o que você queria que eu fizesse? Elas não iam entregar o celular só comigo pedindo educadamente. Óbvio que eu tive que partir para violência e tomar a força.

-Mas precisava deixa-las naquele estado?

-Eu tinha que me certificar de que elas não tinham enviado para alguém, então precisei fazer elas falarem.

-Você está falando de tortura. Você tem noção disso?

-E o que você queria que eu fizesse? Se eu deixasse elas irem elas iam espalhar as fotos. Que tal você assumir responsabilidade também? Já pensou em colocar câmeras pela escola? Esse lugar é enorme e não tem segurança. Nos protege das coisas de fora, mas e quanto aqui dentro?

-Flora, sei que está irritada, mas controle o seu tom de voz ainda sou sua diretora.

Flora se descontrolou, se levantou e bateu com suas duas mãos na mesa.

-Grande diretora que não consegue nem ter controle do que acontece na sua própria escola.

Faragonda encarou Flora com um ar de seriedade. A pressão que ela emanava foi suficiente para causa calafrios nela. Aquilo fez ela se acalmar.

-Lamento por ter que usar isso em você.

-Me desculpa. Eu me exaltei.

Faragonda percebia que Flora realmente se arrependia de como agira. E que a pesar da forma grosseira de falar, é verdade que ela nunca se preocupara muito com segurança interna, pois normalmente os conflitos eram resolvidos ou solucionados de forma pacífica, e não tinha muitos relatos de bullyings na escola, mas isso a fez pensar o que mais poderia estar deixando escapar.