Cinco

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" O amor é imprevisível. E pode machucar. Mas também pode surpreender de formas extraordinárias. "
- Amor Garantido.

 "- Amor Garantido

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Valentine Rivera

A casa do Ryan estava cheia, tinha pessoas por todo lado, era casais se pegando, garotos bêbados, meninas dançando e até pessoas vomitando.

- Que nojo! - Sofia exclama assim que um garoto vomita perto de nós, Zoe nos puxa para o quintal onde uma festa na piscina rolava, vejo Ben sentado no final do quintal, me separo das meninas e sigo até ele.

- Oi best. - Digo assim que sento do seu lado.

- Oi, você ta linda. - Ele diz assim que me abraça.

- Você também. O que você foi fazer no primeiro dia de aula que me deixou no corredor falando sozinha? - Pergunto curiosa e cruzo os braços.

- Me inscrevi no time de futebol. - Ben fala como se não fosse nada.

- O que? Você nem sabe jogar! - Exclamo.

- É claro que sei mas foi tudo pela Sofia. - Ele diz olhando minha irmã que dançava com Zoe.

Ben é apaixonado pela Sofia desde criança, ele já tentou de tudo para chamar a atenção mas acho que ele não faz muito o tipo dela.

- Aí Ben. - Suspiro. - Vou pegar uma bebida, quer? - Pergunto me levantando.

- Pode ser.

Sigo até a cozinha onde tem uns ponches e várias caixas de pizzas de pepperoni, algumas cheias e outras vazias.

Coitado do Ryan que vai ter que limpar toda essa bagunça. Penso sozinha.

- Ta gostando da festa? - Me assusto com a voz atrás de mim e acabo derrubando o copo de plástico vermelho no chão.

- Aí que susto Scott! - Me viro para ele que sorri com minha exclamação.

- Vou pegar papel pra limpar. - Ele diz saindo.

- Não faz mais que sua obrigação. - Digo baixinho, me viro para encher outro copo e dou uma bebericada enquanto ele não volta para limpar a sujeira.

- Sabe que eu escutei o que você falou né? - Ele fala quando chega com os papéis em mãos.

- E vai fazer o que? posso saber? - Pergunto desafiadora.

- Isso. - Ele solta os papéis no chão e me puxa pela cintura para perto do seu corpo e me beija.

E que beijo.

Seus lábios finos tomam conta dos meus lábios, ele puxa mais minha cintura, solto os copos no balcão e passo os braços ao redor do seu pescoço aproximando nossos corpos.

Eu já tinha imaginado essa cena centenas de vezes antes de dormir, enquanto limpava a casa ou enquanto lavava a louça mas a realidade é bem melhor do que nos meus pensamentos.

Me afasto quando meu pulmão pede ar.

- Não faça mais isso! - Digo brava.

- Você parece ter gostado. - Ele diz irônico.

- Você é um babaca. - Exclamo, pegos os copos e sigo para fora da cozinha. Se eu ficasse lá mais um segundo eu iria beijar ele de novo e isso não podia acontecer.

Scott Edwiges só vai me machucar, preciso ficar longe dele.

- O que faz tão cedo em casa, querida? - Papai me pergunta assim que cruzo a porta de entrada, às 23:58 da noite

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- O que faz tão cedo em casa, querida? - Papai me pergunta assim que cruzo a porta de entrada, às 23:58 da noite.

- Não gosto de festas, você sabe. - Digo tirando o tênis.

- Tem certeza que é só isso? - Papai me pergunta assim que me sento ao seu lado no sofá creme, observo ele soltar um livro na mesinha de centro  e tomar um gole do seu chá de canela.

- Scott me beijou. - Suspiro, eu não tinha vergonha de conversar com meu pai, ele sempre foi meu preferido e a mamãe da Sofia mas isso não queria dizer que amava menos a mamãe.

- Você gostou? - Ele me pergunta calmo.

- Infelizmente. - Digo em um sussurro.

- Por que infelizmente meu docinho?

- Porque o beijo trouxe sentimentos que o senhor já sabe e eu queria deixar esses sentimentos guardados. - Meus olhos marejam. - Eu não quero me apaixonar de novo por ele, papai. - Minha garganta faz um nó.

- Calma querida, vai ficar tudo bem. Respira fundo. - Tento respirar fundo e conto até 3 para soltar a respiração, repito o processo algumas vezes até ficar calma.

- Obrigada papai, vou me deitar. - Beijo seu rosto e subo para meu quarto. Deito na cama e encaro o teto.

Não posso me apaixonar por Scott Edwiges. Faço uma nota mentalmente.

Um Clichê nem tão perfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora