Dezessete

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"Seria melhor se todos fossem sinceros. Se ninguém tivesse segredos. Em vez enganar quem amamos."
- Control Z

Valentine Rivera

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Valentine Rivera

Beberico o café que vovó tinha deixado ao lado da cama com um papel dizendo que ela tinha ido fazer crochê com as amigas no café da cidade. Deixo a xícara com desenhos infantis de lado e me lavanto, arrumo a cama branca e abro as cortinas amarelas da janela, observo o movimento na pequena cidade que minha avó morava e decido ir correr.

- Onde estava? - Vovó pergunta assim que atravesso a porta de entrada branca.

- Fui correr. Não lembrava que a cidade era tão pequena. - Mordo um pedaço da mesma bolacha de ontem.

- Faz tempo que vocês não vêem me visitar. - Escuto os saltos da minha avó fazerem tec tec no chão mostrando que ela tinha ido até a lavanderia que ficava atrás da cozinha.

- Ah vovó, vocês sabem como meus pais são. Estão sempre em plantão. - Me debruço em cima da máquina de lavar prata.

- Eu sei querida. - Vovó pega o sabão em pó e joga dentro da máquina onde estava debruçada.

- Você acha que ele se arrependeu? - Pergunto.

- Quem? Scott? - Concordo com a cabeça. - Acho que sim querida, você nem deixou ele se explicar.

- Aí vovó. Acho que seria pior.

- Minha querida Tine. - Ela para de colocar as roupas coloridas dentro da máquina e me olha. - Você deve dar uma chance para ele se explicar, se não vai ficar sempre pensando o pior.

- A senhora acha?

- Sim. - Vovó continua arrumando as roupas na máquina. Subo e ligo meu celular. Chega várias mensagens de Scott, tiro a confirmação de leitura do meu Whatsapp e vizualizo todas as mensagens, a maioria era pedindo perdão e me pedindo para escutar seu lado da história, ele também disse que queria falar pessoalmente. Coloco o celular no modo avião e ligo na minha playlist.

Good 4 u - Olivia Rodrigo

O dia tão esperado, era ação de graças

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O dia tão esperado, era ação de graças.

- Sofia! - Corro abraçar minha irmã quando ela saí do carro assim que ele para na frente da casa da vovó.

- Tine! Eu senti tanto a sua falta.

- Eu também. - A abraço forte em meus braços.

- Você está bem? 

- Melhor, bem não posso dizer mas estou feliz que puderam vir passar a ação de graças comigo e a vovó.

- Eu também. - Vovó diz puxando Sofia para um abraço. Vou até meus pais e abraço cada um.

- Como você está querida? - Papai pergunta passando a mão pelo meu rosto.

- Bem papai. Venham, fizemos comida. - Puxo minha família para dentro de casa.

 - Puxo minha família para dentro de casa

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- Ele foi todos os dias lá em casa. - Sofia fala, estávamos deitadas na cama, já era tarde da noite e o filme que estávamos assistindo já tinha acabado.

- Sério? - Me viro para ela.

- Uhum. Papai até teve que falar para ele que você não estava na cidade, acho que ele estava quase montando um acampamento na frente de casa. - Rio baixinho. - Você ainda o ama?

- Com todas as minhas forças, eu não entendo, ele fez algo tão ruim contra mim, eu não entendo porquê não consigo parar amá-lo.

- Isso é amor, Tine. Acho que esse é o amor que a vovó e o vovô tinham e é o mesmo amor que nossos pais têm. As vezes no amor precisamos deixar de lado nosso orgulho e saber perdoar. Amar é isso, é fazer coisas pelo outro que você não faria por qualquer outra pessoa.

- É, talvez. Melhor irmos dormir. - Me viro para o outro lado da cama. - Boa noite Sofi.

- Boa noite Tine.

Um Clichê nem tão perfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora