Dezesseis

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"Na Polônia, há um ditado: "O amor é como uma pancada na cabeça. Você fica tonta, acha que vai morrer... Mas se recupera."
- Dorota, Gossip Girl.

"- Dorota, Gossip Girl

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Valentine Rivera

Decidi passar uns dias com minha avó até o feriado de ação de graças, como minhas notas já estavam perfeitas não teria problemas faltar alguns dias. Eu precisava de espaço, precisava ficar longe de West City e de tudo que me lembrava Scott.

- Ora...ora, se não é minha neta favorita. - Vovó diz assim que desço da estação de trem. - Não diga isso a Sofia. - Sorrio em resposta e a abraço. 

- Senti saudades.

- Eu também querida, como você está? - Ela me pergunta puxando uma mala de mão que eu segurava.

- Para ser sincera, péssima. - Sorrio sentindo algumas lágrimas caírem em meu rosto. - Mas que droga, por que eu só choro?

- Tudo bem chorar meu amor, não faz nem 48 horas do acontecido. - Vovó passa seus dedos por meu rosto, secando minhas lágrimas.

Vovó sempre foi uma mulher empoderada, ela estava viúva já iria fazer dez anos e mesmo assim ela continuava alegre, sempre se arrumava e nunca nos mostrava seu lado triste pela morte de seu marido, não é como se ela não amasse o vovô, ela o amará até o seu último suspiro, meus avós e meus pais eram minha inspiração de um relacionamento. Vovó já tinha aceitado seus cabelos grisalhos, mas isso só a deixava mais bonita, com os cabelos no corte chanel, ela ainda tinha aparência jovem, vovó sempre estava bem vestida e maquiada, não importava a ocasião.

- Como a senhora passou esse ano? - Pergunto assim eu entramos em seu carro.

- Tudo bem meu docinho. Seu tio e seus primos vieram me ver à alguns meses atrás e trouxeram vários presentes da França, tem para você também.

- Que ótimo. - Sorrio para minha avó e volto a atenção para a pequena cidade onde ela morava e eu passaria os próximos dias.

Tiro uma camiseta da mala quando o telefone toca, era a Sofia.

- Oi mana. - Ela diz assim que atendo.

- Oi, tudo bem por aí? - Pergunto, coloco o telefone no ombro e termino de guardar as roupas na cômoda antiga da minha avó.

- Sim, como foi de viagem? 

- Tudo bem, a vovó foi me buscar na ferroviária.

- Que máximo. 

- O Pollo se recuperou da dor na mão? - Pergunto me lembrando do soco que Zoe disse que ele deu em Scott.

- Aham. A Zoe mandou um beijo. 

- Manda outro para ela.

- Scott venho te procurar.

- Você disse o que?

- Nada, só dei um tapa nele. - Gargalho.

- Aí Sofia. - Deito na cama fofinha e olho o teto decorada com estrelinhas que brilham quando desliga a luz.

- Mamãe e papai mandaram um beijo e falaram para você atender eles por que vão te ligar de noite.

- Tudo bem. - Escuto a vovó me chamar para jantar. - Preciso ir, a vovó está me chamando.

- Manda um beijo para ela.

- Tá bom. Tchau, te amo.

- Te amo, fica bem.

Desligo a chamada. Jogo o celular para o lado e fecho os olhos, vários momentos passam em minha mente.

Não acredito que ele fez isso comigo, como ele pode? Eu me entreguei a ele.

- Querida? - Vovó me assusta, abro meus olhos e vejo ela parada na porta sorrindo e segurando uma bandeja de bolachas.

- A gente não ia jantar? - Pergunto assim que mordo uma bolacha.

- Você não vai morrer por que comeu um docinho antes do jantar. - Sorrio.

- Ah vovó. 

- Você já guardou sua coisas? - Ela me pergunta se sentando ao meu lado.

- Sim, obrigada por me deixar ficar aqui.

- Você é minha neta querida, a gente não da as costas para a família. - Vovó passa suas mãos em meu rosto e me puxa para um abraço.

- Meu peito dói tanto vovó.

- Eu sei meu amor. Vai ficar tudo bem. - Concordo e tento acreditar nas palavras da minha avó.

Um Clichê nem tão perfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora