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    Noah







Não posso culpar ninguém, eu aceitei tudo isso, foi a minha escolha ir embora, me afastar dela como o meu pai me pediu. Eu tinha apenas dezassete e ela doze, praticamente ela era uma criança e eu também, mas já não por pouco tempo e não podia fazer isso com ela.

Foram apenas três anos se tornando nos melhores amigos. Nos divertíamos juntos, eu gostava de como ela desenhava o meu rosto e quando era um adolescente, parecia um bad boy e um menino rebelde, mas eu nunca fui um garoto assim, mas pela minha maneira de vestir na época e como eu me mantinha quieto no meu canto, as pessoas deduziam isso.

Quem de facto sabia como eu era, eram os meus pais e a Catherine. Ela ficou me conhecendo melhor depois que eu comecei a visita-la em sua casa, mas o pai dela, o tio Theo, ele não gostava dessa aproximação e pude perceber muito tempo até que o meu pai decidiu me mandar fazer faculdade para outra cidade, longe o suficiente para que nem nos finais de semanas eu conseguisse voltar para a casa.

Por muito tempo, eu fiquei com saudades de voltar para a casa, queria ficar perto dos meus pais, queria ver a Catherine, mas naquela época, ela não tinha sequer um telefone e não tinha o número da casa dela. Até no natal, eu consegui voltar e ter contacto com um dos seguranças e pedi o número da casa deles, e foi com jeito que consegui o telefone da casa.

Não consegui ver ela nem quando estava aqui e Catherine seguia um programa criado pelos pais para a manter ela ocupada e parecia que nem os meus pais me deixavam ver ela e sempre me mantiveram em casa durante toda a quadra festiva até ter que voltar para a faculdade.

Na primeira vez que liguei para a casa, foi uma das empregadas e pedi para falar com a Catherine e prometi que voltaria e daria um jeito de vê-la, mas isso só durou alguns meses até que os pais dela perceberam e o meu número foi bloqueado.

Não podia contar para a minha mãe o que fazia, mas eu percebi que eles também não me queriam por perto dela que até as vezes que tinha férias e voltar para a casa, meus pais decidiam ir me visitar e isso durou alguns anos até que eu fosse mandado para a casa.

Estava ansioso para saber o que tinha acontecido com a Cathie, mas não tinha como me comunicar com ela e tudo parecia virar contra mim e longe de tudo, com seguranças a minha atrás a todo o momento, eu não consegui mais fazer nada para poder estar perto dela ou ouvir a voz dela.

Eu era apaixonado por ela, muito apaixonado e foram vários dias desesperado, quase morrendo de saudades até se passar dois anos sem conseguir nada até que o meu pai conversou comigo e me mandou desistir de tudo, de tentar inúmeras vezes voltar para a casa ou tentar manter algum contacto com ela porque Catherine já me esqueceu e está seguindo com a vida dela.

Me formei longe de todos, mas não me importei muito de verdade. Apenas me mantinha em contacto com Lionel algumas vezes sob os olhares atentos dos meus seguranças que interceptavam as minhas chamadas e mais nada além disso e só me deixavam falar com o meu amigo uma vez por dia.

Quando segui para o exercito, os meus pais voltaram para a casa e mantinha contacto uma vez em três dias e quando o tempo de treinamento, eles estavam ansiosos para que eu voltasse, mas eu decidi não voltar tão cedo, enquanto Lionel ainda estava lá comigo, mas ele também se foi primeiro por ser o próximo Capo, ele era obrigado a deixar tudo.

Voltar para a casa depois de tantos anos, eu não consegui mais olhar para tudo aquilo que tinha algumas mudanças, mas nada se aprecia mais o mesmo e aquela enorme mansão que foi a minha casa por tanto tempo, não me fazia sentir bem-vindo e queria deixar tudo aquilo.

A minha mãe, ela ficou muito feliz por ter voltado, mas a minha intenção nunca foi voltar por muito tempo, mas estava ferido e tinha uma outra pessoa que precisava de mim, de uma família e se tornou uma irmã para mim. Eu não podia deixar ela carregar esse peso sozinha e decidi ficar por algum tempo naquela casa e comprei o meu apartamento para ser o meu refúgio quando não conseguir suportar mais.

Entrelaçados No Passado - No Meio Da MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora