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Noah







O que pensei ser apenas algumas horas insuportáveis que seriam estar perto dela, se tornou mais duas longas semanas. Não pensei que esse casamento seria uma tortura para mim. Achei que estaria tudo bem até o casamento acontecer, mas a ligação do meu pai era porque a minha mãe queria me ver ou me ter em casa por ter chegado inesperadamente, mas não foi bem assim que aconteceu.

Como prometido, pela manhã eu fui para a casa dos meus pais, o que foi a minha por algum tempo até não sentir que eu era mais bem-vindo nela. Quando passei pelo enorme portão, havia alguns carros conhecidos estacionados e um que não fazia ideia de quem era, mas sabia que a família estaria aí.

Eram perto das dez da manhã, mas não sei o que essa hora a família estaria reunida. Quando estaciono o carro, retiro a chave da ignição e respiro fundo seguido por um bocejo. Não dormi até o dia ficar claro e decidi trabalhar por algumas horas com o café me fazendo companhia.

Pensei em vir correr para a casa assim que amanheceu para pedir que Stelany fizesse algo para mim, mas pensei em não incomodar ela. Stelany tem trabalhado tanto e seria explorador pedir para ela fazer algo sabendo que ela já trabalha tanto no seu restaurante e deve ficar exausta todos os dias.

Estava aborrecido e com o rosto abatido, mas eu precisava saber o que o meu pai queria aquela hora pela manhã. Caminho para dentro de casa e antes mesmo de passar por aquela porta, consigo ouvir as vozes vindo da sala.

Quando vou entrando pela porta e passar pelo corredor curto, vejo Stelany descendo as escadas com um vestido floral e sandálias segurando a mão do Seth que tem um sorriso enorme no rosto.

Eles são os primeiros a perceberam a minha presença e me aproximo mais para chegar a sala principal e ver todos os da família naquela sala, alguns sentados, outros em é conversando e rindo.

- Tio Noah! - o garoto é como se fosse um tsunami toda a vez que me vê.

Ele corre para me alcançar e me agacho um pouco para conseguir o agarrar e o colocar nos meus braços. Com a euforia do meu afilhado, todos perceberam a minha chegada e ficam me encarando. Seth me abraça e retribuo o abraço dele feliz, mesmo cansado por não ter dormido direito, ele sempre dá energia que a pessoa precisar.

- Como você está, parceiro? - indago para o garoto.

- Senti saudades!

- Eu também, por isso voltei o mais rápido. - falo beijando seu rosto.

- Podemos jogar super Mário, tio? - ele pede não perdendo a oportunidade de eu jogar com ele.

Acho que me tornei num companheiro do meu afilhado para jogar videogames. A cada minuto que passamos juntos, o garoto só pensa em comida e jogos. Na verdade, nunca tive muito jeito com crianças, mas passar o dia com esse menino comendo e jogando se tornou um dos meus momentos preferidos quando estou aqui.

- Oi, cenourinha! - disse ela, perto e me abraçando.

- Oi, irmã! - dou um abraço na Stelany que sorri feliz por me ver aqui, mas o sorriso dela esta diferente.

- Preparei um bolo de cenoura especialmente para receber você. - ela fala com um sorriso enorme nos lábios

Apesar de nos tornarmos irmãos não muito tempo, mas consigo entender as feições dela muito bem e sei que alguma coisa nada boa acontecerá e o bolo será para me distrair com alguma coisa. Stelany sabe que adoro comer, principalmente as coisas que ela prepara, mas a minha desconfiança não foi ofuscada com um bolo de cenoura.

- Ansioso para comer, anãzinha. - falo desconfiado e deixo Seth no chão.

Stelany suspira e se vira para todo o pessoal que está na sala de estar. Não olho diretamente para ver quantos estão presentes, mas havia alguém entre todos que recebia um tratamento diferenciado e vi que eram duas mulheres vestidas formalmente e tinha a atenção das minhas tias e mãe.

Entrelaçados No Passado - No Meio Da MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora