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Noah









O dia que poderia ser o mais tranquilo e alegre, foi arruinada pela confusão que não só chamou atenção de quem estava por perto, mas criou-se uma grande comoção até para todos os empregados que estavam trabalhando naquela manhã, quando tudo foi colocado por água abaixo quando socos foram deferidos ao meu rosto.

Tudo começou porque eu não medi as consequências quando escolhi não deixar o quarto quando o meu corpo dava sinais do meu cansaço e que deveria me despedir da Catherine, mas a sensação de estar abraçada me fez não querer sair perto dela e acabei por adormecer sem nem me dar conta disso. Estava muito cansado e a sensação de paz que senti por várias horas enquanto dormia, o cheiro doce invadindo meus sentidos, me deram a sensação de segurança e a melhor noite de sono que já tive.

Não lembro do sonho que tive, mas foi algo que parecia maravilhoso, até ser acordado de maneira escarpada e ser desferido um soco no rosto, me deixando completamente atordoado e desequilibrado com a pequena invasão até reagir rapidamente e me defender do segundo soco que quase me atingia e quando vi o rosto de meu agressor, meus olhos se arregalaram quando vejo Theo me olhando com ódio.

— Eu vou te matar! — a ameaça foi clara e não consigo entender o que está acontecendo.

Um grito estridente me faz encarar o que há em minha volta e me ergo confuso, olhando tudo ao meu redor e ver o que estava acontecendo. Por um lado, vejo Catherine ainda de pijamas, com o olhar assustado e sendo impedida de se aproximar de mim pela mãe, enquanto que, por outro lado, vejo o Allan passando pela porta preocupado e tentando assimilar o que estava acontecendo.

— Como você se atreveu a se aproximar da minha filha? — sua voz era áspera.

— Theo! — a voz da Brittany era de reprovação, mas também havia um pouco de hesitação.

— Merda! — resmungo baralhado.

Me ergo, tentando me manter concentrado com o homem enervado a minha frente, com o meu rosto a latejar pela dor do soco desferido. Não consigo entender o que estava acontecendo, porquê estava sendo agredido por ele. A confusão em minha cabeça não me deixava prestar atenção em nada e meus olhos fixaram nela que estava chorando, assustada e com o corpo trêmulo.

Parecia um sonho. Estava sob efeito de um pesadelo e queria poder acordar logo, mas um segundo soco foi desferido no meu rosto me fazendo desequilibrar, sentir a força que foi aquele ataque e entender que a dor é real e não estava dentro de um sonho, era a realidade e não estava entendendo ela.

Como ele descobriu a gente? Minha visão segue ao redor do quarto e me dou conta de que não estava no meu quarto e toda a lembrança da noite passada voltou como um sopro em minha cabeça. Eu adormeci no quarto da Catherine e fomos pego dormindo junto. Parece que eu fiz essa borrada e não me dei conta das consequências de ser pego compartilhando a mesma cama e por causa da minha insistência, eu vou estragar tudo.

— Pai! — ouço o grito dela, zonzo. — Para, por favor.

— O que está acontecendo? — indagou Allan.

— Allan, me ajude por favor. — o suplico da minha namorada era atordoante.

Não encarava ninguém, apenas ouvia as vozes ao meu redor. Mais pessoas se aproximavam e uma comoção havia começado. Os gritos de Theo, o choro da Cathie e as mãos do meu pai me tocando acabava com a minha sanidade e respirei fundo antes de me concentrar e voltar a me erguer e encarar Theo.

Tudo o que mais temia parecia estar preste a acontecer. Havia mais pessoas dentro do quarto, querendo se aperceber o que estava a acontecer naquele quarto, o porquê de estar sendo agredido pelo grande Theodore Smith e os choros da Catherine e alguns sabiam do motivos, outros estavam tão alheios que tinham a expressão em seus rostos.

Entrelaçados No Passado - No Meio Da MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora