Entrelaçados No Passado - No Meio Da Máfia

3°

Catherine

Quando desci as escadas, vi Allan ao pé das escadas olhando para o seu telefone e quando me vê resmunga por ter demorado muito, mas não fiz mais de vinte minutos e é difícil para mim me arrumar com tanta pressa e ele conhece essa minha limitação, mas ignoro ele continuo descendo as escadas devagar até terminar o ultimo degrau.

Allan larga o telefone e me encara aborrecido. Ele é alguém muito impaciente e fica resmungando por ter demorado muito e eu dou uma bofetada no seu ombro irritada e falo logo que não é fácil vestindo correndo, porque eu não consigo fazer nem isso.

Ele se desculpa, pois, está com um pouco de pressa devido a enchente que lugar fica. Caminhamos para o carro e me sento ao seu lado, já que ele é que vai conduzir e seguimos para o restaurante que ele disse ter a melhor comida e me pergunto se não é o mesmo toda a família ficou a comentar.

- Allan, esse restaurante que está falando é o da Stelany? - pergunto desconfiada.

Nunca tive a chance de ir conhecer e fazer uma refeição no restaurante dela. Todos dizem que a comida lá é muito boa e que tem ganhado muito destaque desde que abriu de algumas semanas. Eu já comi a comida dela, a mulher realmente cozinha muito bem e se tem esse reconhecimento todo, é porque realmente merece.

Stelany é simpática e nunca me tratou mal, apesar de que, eu já induzi ela pensar que eu não gosto dela, mas não consegui esconder o meu descontentamento quando eu vi o Noah e ela estava perto dele, muito próximos e pensei que fosse uma namorada, mas estava pensando de maneira equívoca.

É uma mulher boa e sempre me tratou com educação, mas não me sentia preparada para uma aproximação com ela sabendo do quão próximos eles estavam e preferi manter a distância e assim eu me sentia menos mal, longe dos olhares frios que ele me dava, não aguentava ficar perto dele por tanto tempo.

Em alguns minutos, Allan estaciona o carro e encaro o monte de carros que há aqui e as luzes do restaurante são chamativas e dá para ver de fora, algumas pessoas fazendo as suas refeições nos andares de cima. Desço do carro admirada com o lugar e parece que foi planeado para dar um ambiente agradável quando entramos para dentro, passando por um monte de gente que quer um espaço.

Parece que conseguir uma vaga aqui é o mais difícil em um restaurante e eu nunca vi algo assim. Seguindo o meu ritmo, Allan segura as minhas mãos enquanto caminhamos para subir as escadas depois de uma garçonete nos guiar para o nosso lugar.

Subimos até o terceiro andar e quase todas as mesas desocupadas, mas há algumas em específico que me chama a atenção e encontro o pessoal todo na mesa conversando e fiquei sem saber o que fazer, pois, meus pés pararam.

Os meus pais, primos, tios e tias estão lá, conversando sorridentes. A tia Sofia e Arthur também estão aqui e olho para Allan que sorri travesso. Era isso que ele estava planejando, jantar com toda a família no restaurante da Stelany.

- Vamos no juntar com o pessoal. - disse Allan me incentivando a andar.

- Por que não me falou que todos estariam aqui? - indago.

- É o meu presente de aniversário, um bom jantar e que esteja perto da família que é o nosso suporte, não concorda?

Assinto confusa e caminhamos para perto da mesa. Há lugares que cabem todos da família, parece que Stelany ajeitou tudo e para que todos ficassem a vontade e nem sei como encarar a todos.

O primeiro a notar a gente é a tia Sófia e fala para todos e assim, ganhamos os parabéns de todo o mundo e fico sem jeito, é estanho ter que conversar com todo o mundo já que estão reunidos aqui por nossa causa. Agradeço a todos que me desejou feliz aniversario e vou me sentar no centro para ao lado de Arthur, que está na minha direita e há uma cadeira vazia na minha esquerda.