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Catherine



Durante o percurso para a Fortaleza Diamantes, meu nervosismo só aumentava toda a vez que tentava imaginar como seria o nosso reencontro depois do que aconteceu. O meu corpo está trémulo e não sei como reagir com tanta ansiedade, com o facto de que eu me decide a conversar com ele sobre tudo, mas quanto mais ficássemos próximo do lugar, mas eu me sinto insegura como imaginei na minha cabeça.

Talvez seja o medo de não saber como Noah estará daqui em diante, depois de ele ter me visto e lhe causar aquele ataque. Ele pode me evitar, mesmo que eu tenha decido em me aproximar para uma conversa, Noah pode não querer o mesmo.

Um medo gritante de que tudo voltasse a ser pior desde a primeira vez que nos vimos. Noah me encarava surpreso, mas a frieza dele por mim era gritante. Não posso mais continuar aceitando esse modo como nos tratamos. Mesmo que nem mesmo voltar a ser amigos, precisamos resolver as coisas para que as coisas não fique mais desconfortáveis entre nós dois.

Já está quase escurecendo e esperamos deias por alguma resposta da menina que Allan atravessou com o seu carro esportivo. Ela não acordou e meus pais decidiram conversar com ela em outra altura, mas toda a assistência está sendo dada a ela.

Allan parece um pouco mais tranquilo desde que saímos daquele hospital. Não voltou a agir normalmente, mas olhando para ele agora distraído encarando a vista da cidade de longe, sua expressão está tranquila, pensativa, mas não via a mesma angústia que expressava quando estávamos naquele hospital.

Minha mãe está de mãos dadas com o meu pai do outro lado, encarando a vista e com os sorrisos apaixonados nos lábios. É um orgulho saber que os meus pais se amam tanto que me causa certa inveja de saber que nunca poderei ter algo assim.

Ainda consigo ver o sorriso apaixonado da minha mãe quando o meu pai a toca carinhosamente colocando uma mexa do cabelo atras da orelha que estão sendo balançados pelo vento forte. Meu pai retribui o mesmo sorriso e olhar. Os dois se amam intensamente e meus lábios se formam em um tímido sorriso, mas algo no meu peito me faz retirar os olhos deles para olhar a vista.

As nuvens iluminadas ganham um tom alaranjado enquanto o sol se esconde entre elas, dando a sua despedida diária, ganhando um vislumbre lindo ao céu me deixa um pouco melancólica, tendo que me sufocar com o excesso de sentimento dentro de mim que nunca foi permitido tirar.

Está quase noite e tudo o que quero agora é voltar para a minha casa, me trancar no meu quarto ao ter que encarar Noah agora. Talvez não seja ele a não querer me encarar, mas eu é que disfarçadamente estou com vergonha de o ver depois do que aconteceu porque secretamente eu fui para o quarto dele me desculpar mesmo sabendo que ele sequer me ouvia.

— Estamos perto! —disse o piloto através do comunicador e todos olhamos atentamente para ver alguns helicópteros pousados.

Cada a vez que nos aproximávamos do local de aterrizagem, meu nervosismo só aumentava e não sei com que cara irei olhar para Noah. Conto o número de helicópteros aterrissados para me certificar de que eles já estavam naquele lugar e pelo que me lembrava, todos já estavam no local, apenas faltando o nosso.

Mordo a língua quando percebo o meu pensamento idiota. É obvio que eles seriam os primeiros a estar no lugar, afinal é a família da noiva e atrasar seria um pecado para o restante da família.

Meus cabelos sobrevoam quando o helicóptero muda de posição, dando a direcção e que irá pousar e tudo o que faço é me agarrar ao Allan que se surpreende com o meu toque inesperado e me encara de cenho franzido.

Entrelaçados No Passado - No Meio Da MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora