Entrelaçados No Passado - No Meio Da Máfia

32°

Noah Franklin

Era uma questão de tempo para conseguir agarrar Cathie nos meus braços e a levar para longe, mas precisava ser cauteloso. Com Catherine sempre foi desse jeito, desde o dia em que me dei conta do quanto estava apaixonado, não podia me declarar, dizer o quanto estava me deixando louco, com medo da sua reação e especialmente, se os seus pais ficassem a saber que me declarei.

Na época, Cathie contava tudo para a mãe e ela, para o marido. Eu sabia desde o dia em que tive que fazê-la companhia no quarto do hospital, Cathie sempre necessitou dessa cautela, porque sempre foi uma menina delicada, mas olhar para o rosto cansado dela me faz querer ser menos cauteloso e gerar uma discussão familiar logo nesse dia que foi muito importante para ela.

Theodore não tirava os olhos dela. Disfarçava algumas vezes, mas seu olhar direcionado para nós era incompreensível e não entendo o que se passa na cabeça desse homem, que pelas histórias que ouvia, era um homem muito bom, sempre foi a calmaria do seu irmão Taylor, mas depois de um acidente, ele mudou completamente.

Não me lembro de tudo o que aconteceu enquanto era só um garoto, mas parece que a Máfia mudou todos dessa família e eu não estou excluso disso. Sempre fui muito calmo, paciente e nunca me importei muito com o que os outros pensassem de mim, mas depois de tudo o que aconteceu no passado, me tornei numa pessoa ansiosa, tenho ataques de ansiedade e me isolo constantemente com medo de ser grosseiro com alguém.

O que o amor pode fazer com a gente?

Teve alguns momentos em que me perguntava se realmente amar alguém assim, com tanta intensidade pode matar alguém por dentro, como me matou por tantos anos e só bastou ela estar de volta na minha vida e ansiedade, o medo de que tenho de a perder novamente me deixa inseguro e sem a intenção de deixar ela longe das minhas vistas.

Sinto o aperto leve de Cathie que segura minha mão, com tanta intensidade e faz horas que ela não larga ela, talvez seja eu que não a quer deixar, mas algo me faz sentir que ela também não me quer largar por nada nesse mundo.

— Um brinde a estrela da noite! — Melanie proclama erguendo a sua taça de champanhe com um sorriso nos lábios.

Garçons surge com travessas com taças e cada um segurou sua taça e todos tinham o olhar orgulhoso na Catherine que sorri timidamente. Ela está linda e não me canso de a olhar com tanto orgulho da mulher pura que ela sempre foi, mesmo com tantas turbulências, ela sempre se manteve pura de coração e não há ninguém aqui no mundo para dizer o contrário.

— Á mãos de anjos! — Allan grita contente erguendo sua taça também e todos os fizemos.

Todos exaltam suas taças, brindando pelo sucesso das obras de artes. Tudo foi vendido e alguns não tiveram a oportunidade de conseguir comprar, pois todos eles foram vendidos rapidamente.

— A mulher da minha vida. — Sussurrei no ouvido dela, só para que ouça a minha felicitação e vejo seus olhos arregalarem e ficar com vergonha. Cathie soltou a minha mão para cumprimentar a todos que a abraçavam.

A vejo alguns passos longe de mim abraçando a mãe que não esconde o sorriso orgulhoso que tinha nos lábios e meu olhar vai para Theodore ao lado da mulher, esperando o seu momento.

Quando Cathie se afastou da mãe, encarou o pai, esperando por algum momento certo para poder se aproximar, pois, a relação deles está desiquilibrada, mas não por muito tempo, tudo só depende do pai dele aceitar o nosso relacionamento.

Theodore a encara como se estivesse com vergonha, mas Catherine a abraça mesmo assim, deixando ele com a expressão de alivio no rosto. Theodore não percebe o quanto a filha ama ele, mas sua teimosia em afastar a única felicidade dela só a mentem afastada dele.