A Despedida de Solteira

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O som das risadas e da música alta e agitada vindo da sala podia ser ouvido claramente no quarto e Alec puxou o travesseiro sobre a cabeça, bufando.

Somente Izzy poderia inventar de fazer sua festa de despedida de solteira dentro de um apartamento pequeno como o deles. É claro que seus pais jamais permitiriam que a filha usasse a casa da família para oferecer uma comemoração barulhenta como aquela, então só lhe restava escolher entre uma boate ou o flat que dividia com o irmão.

Qualquer pessoa normal preferiria a boate, sem sequer pestanejar.

Mas não Isabelle.

E agora ali estava ele, deitado na própria cama enquanto as paredes do quarto pareciam tremer com as batidas do hip hop que ela e as amigas ouviam no último volume. Era uma sexta feira e Alec não precisava acordar cedo para ir trabalhar no dia seguinte, mas isso não queria dizer que não se incomodasse em passar a noite inteira sem conseguir dormir por causa do barulho.

Ele puxou as cobertas por cima da cabeça e dobrou o travesseiro em volta dela, de modo que cobrisse suas orelhas. Fechou os olhos, tentando respirar em um ritmo agradável e relaxar os músculos do corpo inteiro. A técnica funcionou e ele pegou no sono em menos de quinze minutos.

Acordou algumas horas depois, ainda no meio da madrugada. O apartamento estava envolto no mais puro silêncio, indicando que a festa da irmã tinha finalmente chegado ao fim.

Alec empurrou a coberta para baixo, com calor. Ele estava suado e com sede, então resolveu se levantar para buscar um copo de água na cozinha.

Saiu caminhando devagar pelo corredor, sonolento e bocejando. Quando chegou ao cômodo, tropeçou em alguma coisa jogada no chão e se desequilibrou, precisando se apoiar na bancada da pia para não cair.

Olhou para baixo e viu que não tinha tropeçado em algo, mas sim em alguém. Havia um homem com feições asiáticas e seminu estirado sobre o piso, com uma mão embaixo da cabeça e a outra pousada sobre o peito. Vestia apenas uma cueca boxer vermelha, e dormia tão profundamente que o tropeção de Alec nem sequer o perturbou.

— Ei. – disse ele, cutucando o rapaz com a ponta do pé. – Ei, cara. Acorde.

O outro balbuciou alguns sons sem sentido, enquanto coçava os olhos e se sentava, olhando em volta confuso.

— Quem é você e o que está fazendo deitado no chão da minha cozinha? – perguntou Alec.

O rapaz se levantou, com uma expressão maliciosa no rosto e disse, fazendo uma reverência:

— Eu sou Magnus Bane e estou totalmente ao seu dispor, docinho. – a voz dele soou um pouco enrolada.

"Não acredito que Izzy deixou o stripper da festa dormir no chão do nosso apartamento!", pensou ele, com irritação.

— Cadê minhas irmãs e as amigas dela?

— Ah. As moças bonitas. – respondeu o outro, parecendo pensativo. – Elas disseram alguma coisa sobre terminar a noite em uma boate.

Alec bateu a palma da mão na própria testa, sem conseguir acreditar que aquilo estava realmente acontecendo. Se jogou sobre uma das cadeiras perto da mesa e suspirou, dizendo:

— Não acredito que Isabelle te embebedou e largou no meio do piso da cozinha, depois simplesmente saiu.

— Ei! – protestou o rapaz. – Quem disse que eu estou bêbado? Só bebi algumas cervejas, mas me sinto bastante sóbrio. O suficiente para lhe oferecer uma lap dance, inclusive.

Stripper (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora