PiperDeus, eu gosto desse cinto de ferramentas.
Apoiei-me no batente da porta, vendo Alex trabalhar no jardim da frente. Ela tinha uma placa de gesso montada em dois cavaletes e passava uma serra para se encaixar na área do banheiro que acabara de medir. Ela usava jeans, botas de trabalho, camiseta e um velho cinto de ferramentas. E ela parecia ridiculamente gostosa. Quero dizer, eu a amava de terninho sob medida e a amava com um short no barco, mas isso...
Isso me fez querer ficar suada e suja.
— Continue me olhando assim, e nada vai ficar pronto.
Sua cabeça estava abaixada, e eu nem percebi que ela sabia que eu estava assistindo. Bebi minha água de uma garrafa de plástico. — Preste atenção na serra na sua mão. Eu não quero que você corte nada importante.
Alex levantou a placa cortada na vertical, puxou os óculos da cabeça e os pendurou na ponta de um dos cavaletes. Ela subiu os degraus e parou na minha frente, no espaço apertado da porta, para plantar um beijo casto na minha boca. — Vamos terminar. Toda vez que passo pela moldura onde ficará o balcão da cozinha, só consigo pensar em como é da altura perfeita para te foder.
Apesar da minha confusão sobre o nosso futuro, eu estava seriamente caidinha por essa mulher. Um beijo e a menção de sexo, e eu podia sentir meus mamilos endurecerem e um formigamento entre as pernas. Eu tive que limpar minha garganta para não mostrar quão afetada estava. — Melhor voltar ao trabalho. Ou não te pago mais tarde.
Os olhos dela escureceram. — Tente não me pagar mais tarde, querida.
Enquanto Alex voltava ao banheiro, me sentei nos degraus da varanda. Eu queria que as coisas fossem realmente leves e fáceis como pareciam nos últimos minutos. Eu evitei Alex desde a minha descoberta de que ela não queria filhos. Eu tinha penado muito em terminar as coisas. Eu já tinha sentimentos fortes, e passar mais tempo juntas provavelmente pioraria quando chegasse a hora. Mas isso era lógica, e o coração não era lógico. Então, por enquanto, a curto prazo, decidi aproveitar o momento.
Eu não estava pronta para desistir de Alex e não estava pronta para aceitar que talvez não tivesse uma família algum dia. Basicamente, eu decidi que a evasão seria minha tática atual. Eu também precisava entender por que Alex era tão inflexível quanto a não ter filhos, e se poderia haver algum comprometimento sobre isso algum dia.
Com esse pensamento, voltei ao banheiro para apreciar o momento com minha trabalhadora da construção civil sexy. Alex estava instalando aplaca de gesso que ela cortara.
— O que posso fazer? — Perguntei da porta.
— Se você é boa em medir, pode pegar a fita métrica lá e descobrir as dimensões da última peça que precisamos cortar.
Eu sorri. — Eu posso fazer isso.
Ela olhou por cima do ombro para mim. — Você já mediu antes, certo?
— Claro. — Na verdade, eu não tinha, a menos que você contasse deslizar a fita métrica do alfaiate em volta da minha cintura quando estava tentado perder alguns centímetros. Mas quão difícil poderia ser?
Depois de medir e digitar as dimensões no meu telefone, esperei Alex terminar. Ela levantou o queixo para a área que ainda precisava de reboco. — Quer que eu verifique novamente o que você mediu?
Coloquei as mãos nos quadris. — Você acha que sou incompetente porque?
Alex levantou as mãos em sinal de rendição. — Não. Tenho certeza que você conseguiu. Só que temos apenas uma placa de gesso sobrando, então, se estiver errado, teremos que ir novamente até a loja.
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Romance𝕊𝕖𝕞 𝕔𝕙𝕦𝕧𝕒𝕤. 𝕊𝕖𝕞 𝕗𝕝𝕠𝕣𝕖𝕤. Demitida por comportamento inadequado. Eu não podia acreditar na carta em minhas mãos. Nove anos. Nove malditos anos eu trabalhei duro para uma das maiores empresas dos EUA, e fui demitida com uma carta...