Capítulo 23 - Jornada do Retalhador: Ato II

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ATO II - O Sobrevivente


O relógio da Capital já havia anunciado às dezesseis horas quando os irmãos Tsune faziam os últimos preparativos para o grande roubo que iriam fazer na Capital.

Demonstrando pela última vez o plano, eles foram em direção ao pequeno bote, mas antes Shira relembrou para eles a parte mais importante.

- E não se esqueçam! – disse ela de forma firme – Caso aconteça algo de errado, vamos nos separar e nos encontrar aqui, estão entendendo?

- Sim, Shira-neesan – disseram os dois de forma desanimada – É a oitava vez que você diz isso...

- Eu digo isso pra ver se entra de uma vez na cabeça oca de vocês – disse enquanto subia no barco.

Enquanto se distanciava, Yoshi se virou para trás para ver a bandeira pirata tremeluzir em cima do rochedo. Tinha dado um trabalhão colocar ela ali em cima, mas Yoshi se orgulhava daquilo, pois finalmente o esconderijo deles havia tomado a aparência de um covil, pelo menos era o que ele achava.

Chegando até a costa, eles desembarcaram do bote e se despediram ali.

- Eu e Shira vamos nos posicionar – explicou Mono para o seu irmão – Nossos lugares são mais complicados, por isso vamos logo agora. E não se esqueça: às dezoito horas, vamos iniciar o roubo, por isso esteja no seu local.

- Certo, Oniisan. Vou passar em casa rapidinho e já vou para o meu ponto.

- Toma cuidado para a mãe não suspeitar de você, hein – disse Shira de forma séria.

- Relaxa... A minha boca é um túmulo!

Apesar de estarem preocupados, eles deixaram o seu irmão ir e depois deram as costas rumo à Capital.

Chegando na sua casa, Yoshi pegou todas as suas coisas que usava para roubar, mas antes de passar pela porta, escutou uma voz vinda de trás dele.

- Yoshi... – a voz de sua mãe estava fraca como de costume, mas ele pôde sentir um pouco de entusiasmo nela – Pode vir aqui um instante?

Ih, ferrou!, pensou ele suando frio.

Por sorte, a sua mãe estava deitada na cama em seu quarto e não viu o filho deixar o seu saco de ferramentas na varanda antes de se dirigir ao quarto.

- Oi, mãe – disse ele tentando disfarçar o nervosismo – Me chamou?

- Sim, venha cá – ela estava com um sorriso no rosto e isso acalmou um pouco mais ele – Tenho um presente para você.

- Um presente? – perguntou ele confuso, mas logo ligando os pontos – Ah, é mesmo, o meu aniversário! Eu tinha me esquecido de novo... Espera, mas não é amanhã?

- Você está certo, mas se você não quiser recebê-lo agora não tem problema... – disse ela brincando com Yoshi.

- Não, não! Não tem nenhum problema!

Ela pegou um embrulho que estava do lado da sua cama e o entregou para o filho.

Era longo e fino, sendo que Yoshi teve dificuldade para segurá-lo por causa do peso, tendo que apoiá-lo na cama para ele não cair no chão. Mas quando ele desdobrou o embrulho de pano, se surpreendeu mais ainda com o seu presente

- Uma... Espada? – disse ele confuso olhando para a arma.

- Não é uma espada qualquer – disse ela, tentando animar o garoto – É uma espada muito rara de se encontrar fora da Grand Line, sendo muito cobiçada nos mares do mundo.

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