A Última Aventura

Capítulo 41 - O Descanso Merecido

— Vocês são muito molengas! — queixou-se Nami para os demais que passavam pela entrada secreta da cachoeira. — Já devíamos estar lá!

— Tenta carregar todo esse peso... — reclamou Usopp enquanto carregava várias bolsas cheias de provisões, representando a indignação de Franky e Brook que também faziam essa tarefa. Como de praxe, Nami só tinha dito para eles carregarem tudo aquilo, deixando Robin, Darya, Marin, Tama, Kira e Kire praticamente de mãos livres.

— Vocês já deviam ter se acostumado com isso!

A Ilha Sphinx, apesar de ser pobre em recursos, tinha uma bela paisagem dentro da montanha que escondia a vila.

Os campos verdes se entendiam por toda a cratera e pequenas casas de fazendeiros haviam sido construídas e espalhadas por todo aquele mar de grama.

Desde que Marco se instalou ali, os piratas da região sempre evitavam ao menos atracar na ilha, pois sabiam do destino de todos que enfrentaram o antigo Comandante de Yonkou.

Ao avistarem a pequena casa no topo da colina onde o médico havia feito o seu singelo hospital, os recém-chegados avistaram Sanji, Zoro e Katakuri, que aguardavam do lado de fora do edifício.

— Vocês demoraram um pouco — enfatizou o estrategista.

— Eu não disse?! — falou Nami se virando para os membros da tripulação.

— Calma aí vocês dois... — reclamou Franky. — Olha só esse peso que nós tivemos que carregar.

— Eu não ligo — disseram a navegadora e o estrategista ao mesmo tempo, fazendo todos os que estavam carregando coisas caírem de cara no chão em sincronia.

— Nami-swan, os outros ficaram no navio? — perguntou Sanji enquanto desamarrava os nós das grandes caixas de provisões que haviam sido trazidas.

— Sim, Jinbei trocou de turno conosco quando chegou lá, Chopper e Yamato ainda estão meio fracos e ficaram se recuperando. E Carrot ficou vigiando os arredores para caso aviste algum navio da Marinha...

— Queria estar descansando também. Yohohohoho... — surtou Brook ainda caído no chão.

— Ei, Katakurou-san... — Tama se posicionou na frente dos demais, com um evidente olhar de preocupação. — O Aniki... Está bem?

O silêncio pairou entre os tripulantes, esperando a resposta do estrategista, mas o mesmo se mostrou calmo e frio como sempre.

— Ah, claro — disse após suspirar. — Ele está...

Mas não foi necessário o mesmo terminar a frase, pois os sons de empolgação e euforia vindos de dentro do edifício hospitalar.

— Não fiquem correndo! — disse Março com o seu tom de preocupação. — Seus ferimentos ainda podem abrir-yoi!

— Deixa a gente se divertir, Marco! — disse de volta o capitão, com a voz mais próxima da porta.

— Verdade! A gente quer ver a luz do dia! — disse Yoshi, ao mesmo tempo em que abria com tudo a porta com Luffy ao seu lado.

— Liberdade! — disseram os dois juntos e com grandes sorrisos em seus rostos ao saírem para o lado de fora.

Nem parecia que eles haviam passado por uma experiência de quase morte no dia anterior, e era por isso que duas tripulantes em específico estavam um pouco raivosas com aqueles dois.

— Por que você não está descansando?! — disseram as duas para os seus respectivos piratas, fazendo os dois ficarem na defensiva com argumentos mais sem sentido que os anteriores.