Muito tempo havia se passado desde a última vez em que o Bar de Shakky se encontrava tão lotado. Mas não era para menos, pois além da dona do estabelecimento ser temida por todos no arquipélago, a tripulação pirata que ali se encontrava não era famosa pelos seus modos calmos. Na verdade, era pelo exato oposto.
— Bon-chan! — dizia Luffy, abraçando o okama com lágrimas exageradas escorrendo pelo rosto.
— Capitão-boy! — falava Bon Clay, com as mesmas lágrimas exageradas borrando toda a sua maquiagem.
E assim se repetiam, estando naquela cena há mais de trinta minutos.
— Será que vocês podem parar?! — reclamou Nami, impaciente.
Apesar de terem obedecido ao pedido, tanto o okama quanto o capitão pareciam estar emburrados.
— Aff, Nami-chan insensível como sempre — disse Bon Clay, cruzando os braços.
— Uhum — apoiou Luffy. — Completamente sem sentimentos
— Calem a boca vocês dois!
A discussão que se seguiu serviu para todos os outros presentes darem boas risadas. No fim, sabiam perfeitamente onde aquilo tudo culminaria.
Dentro do pequeno edifício estavam, além dos que estavam discutindo, Chopper, Robin, Darya, Franky, Brook, Usopp e Zoro (que por sinal estava dormindo e não fazia ideia do que acontecia ao seu redor).
Sanji estava na cozinha preparando o almoço junto com Pudding. Mas todos sabiam que ele só queria um tempo a sós com ela, particularidade essa que foi até respeitada pelos seus demais companheiros de tripulação.
Yamato e Tama, que até pouco tempo estavam ali junto com os outros, foram ajudar Jinbei e Carrot a descarregar o Sunny.
Enquanto Katakuri pareceu ser o único com sensatez e foi averiguar os arredores do mangue, para garantir que estavam seguros. Pelo menos essa era a visão que o estrategista tinha.
Quando a discussão chegou em seu ápice, um certo pirata já estava no chão e com um grande galo em sua cabeça.
— Ai... — gemeu Luffy, colocando a mão sobre a área machucada — Por que foi só eu?
— Porque o Bon-chan acabou de retornar para nós — respondeu a navegadora, com um tom ameaçador e ainda com uma fumacinha saindo do punho cerrado — tenho certeza de que ele sabe das consequências.
— Ah, Nami-chan! Sempre tão benevolente!
— Já mudou de opinião, hein?!
No canto do bar, sentada junto à mãe, Darya não pôde deixar de comentar sobre o que estava presenciando.
— É inacreditável...
Robin notou a expressão incrédula da garota. Acabou por sorrir, pousando o braço na mesa e apoiando o queixo com a mão.
— Já disse que um dia você se acostuma? — perguntou de forma divertida.
— Eu realmente espero... — dizer que a garota estava atônita é um mero eufemismo.
Tantos piratas poderosos..., pensou ao passar os olhos por todos os presentes, desde os que ainda discutiam até os que só riam com toda aquela situação. Porém, em um momento, Darya acabou por olhar para suas próprias mãos. Será que um dia posso ser tão forte quanto eles?
— Ei, Robin-chan — perguntou o okama, apontando na direção de Darya — quem é essa garotinha sentada ao seu lado?
— Ah, ela é minha filha.
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A Última Aventura
AdventureMais de dez anos depois de se tornar o Rei dos Piratas, Monkey D. Luffy e a sua tripulação finalmente partem para a sua jornada final. Revisitando todos os lugares em que já estiveram, eles reencontram os amigos que fizeram durante a sua busca pelo...