Capítulo 39 - As Exceções

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Em meio aos mares caóticos do Novo Mundo, o navio Thousand Sunny viajava a uma velocidade espetacular devido ao Rei dos Mares domado por Tama.

Nami havia dito para ele apenas ir para longe daquela maldita ilha, sem dar mais nenhuma ordem ao monstro.

Passadas quase três horas, Punk Hazard não era mais do que um pequeno ponto brilhante no horizonte tomado pelo nascer do sol.

— Ei, Nami-neesan... — disse Tama para a navegadora, que estava com o seus dois braços apoiados no parapeito do navio. — Não fica desse jeito. O Aniki vai ficar bem...

— Eu sei disso, Tama! — falou Nami em uma tentativa falha de passar confiança na voz. — E-Ele sempre sai dessas situações!

Mas todos os tripulantes sabiam que a navegadora não estava nada bem.

Diferente da maioria, ela não sofreu nenhum dano físico com as lutas na ilha e por isso se manteve um pouco distante tanto fisicamente como em seus pensamentos dos demais.

Ela não comia e nem falava nada, só olhava para o horizonte e discretamente olhava de canto de olho a porta do quarto do capitão, onde o mesmo estava sendo tratado por Chopper.

Falando da pequena rena, fazia tempo que o médico não tinha tanto trabalho assim.

Ele saía da enfermaria, ia para o quarto de Luffy e passava por todo o convés verificando como todos estavam. Era incrível como ele estava mantendo esse ritmo por horas!

O restante da tripulação via como a rena estava trabalhando ao extremo e tentavam colaborar da melhor forma possível.

— Vamos lá, pessoal! — queixava-se Yamato. — Me deixem ajudar também!

— Não, Yama-neesan! — disse Tama, fazendo com que a companheira voltasse a ficar sentada. — O Choppermon-san disse que você não deveria fazer esforço!

— Que isso, eu já estou bem sabia?

— O Chopper-san disse que seus órgãos internos quase foram esmagados — interviu Darya. — Como pode dizer que está bem?

Yamato fez uma expressão pensativa, antes de suspirar derrotada e se sentar novamente.

— Tem gente pior do que eu, sabiam? — resmungou virando o rosto para o outro lado.

— Realmente, tem gente pior que você — disse Katakuri, que até então ouvia toda a conversa. — Mas nós não queremos cuidar de alguém que já foi atendida. Não é mesmo, Yamato?

A cronista olhou de canto de olho para o estrategista, novamente bufando de forma infantil e olhando para o outro lado.

— Bons argumentos são um saco — resmungou novamente.

Depois de alguns instantes, a porta do quarto do capitão se abriu e todos os tripulantes, menos Zoro, que não se encontrava em nenhum lugar visível, se amontoaram ao redor da pequena rena, que agora mal conseguia se manter de pé devido às exaustantes horas de trabalho.

— Eu,,, Fiz tudo o que pude... — disse Chopper com a voz cansada. — Todos aqui não correm nenhum perigo real, exceto...

O médico pausou a sua fala, como se quisesse acreditar nas palavras que iria falar.

— Exceto quem, Chopper? — perguntou Nami, quebrando o silêncio. Ela ainda estava de costas para todos, olhando o horizonte.

— Luffy teve o braço quase destruído e os seus órgãos internos... — ele pausou novamente, buscando ar. — Ele perdeu muito, muito sangue mesmo, só ele mesmo para ainda estar vivo. A mesma coisa com o Yoshi, ele perdeu tanto sangue quando seus pontos abriram que quase teve falência total dos órgãos.

A Última AventuraOnde histórias criam vida. Descubra agora