Sinopse
Any Gabrielly é uma garota comum de 17 anos, Mora no morro do alemão com seu pai, um bêbado e drogado
Desde pequena ela aprendeu a se cuidar sozinha, nunca precisou de ninguém e acha que nunca vai precisar.
"Eu posso controlar a minha vida...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Acordei no meio da noite ouvindo batidas fortes na porta, me sentei na cama e me levantei.
A chuva estava fraca e os trovões me incomodavam um pouco.
Caminhei pelo corredor e passei pela porta do quarto do meu pai e ele não está aqui, não dá pra acreditar...
Caminhei rápido até a porta e abri, vi ele todo molhado, tentando se segurar nas pernas com uma garrafa de pinga.
- Pai... – murmurei chateada. – Você bebeu de novo? – Olhei pra ele que me encarou bravo.
- Cala a boca cachorra! – Gritou e bateu na minha cara indo pra cima de mim.
- Para pai! – disse tentando sair de baixo dele enquanto ele tentava me bater.
- Sai... Sai da minha casa agora! – Ele disse com uma voz de bêbado.
- Pai, o senhor ta bêbado, espera... – Pedi tentando o ajudar enquanto ele caía.
- Não me estressa vagabunda! – Ele tirou uma faca do bolso.
Andei pra trás já sentindo a chuva tocar minhas costas e me arrepiando por completo.
- Isso cachorra, dá o fora! – se levantou ainda cambaleando e me empurrou na chuva.
Cai e ralei a perna.
- Pai, espera, não fecha! – Me levantei rápido tentando segurar a porta.
Ele bateu a mesma na minha cara e eu gritei de raiva, chorei de raiva, chorei porque queria socar a cara dele, e chorei por Deus ter escolhido logo eu pra ter que aguentar isso.
Odeio a minha vida.
Eu não sabia pra onde ir, a chuva foi ficando forte e eu comecei a espirra, eu já estava completamente encharcada.
A primeira pessoa que me veio foi Joalin, mais será que ela me aceitaria?
Tomara que sim.
Subi o morro exausta, a chuva não me deixava ver direito porque estava bem forte agora, me aproximei da porta de sua casa e bati.
Demorou, mais logo uma luz se acendeu e a porta se abriu devagar.
Bailey apareceu com a arma na mão e se assustou quando me encarou.
- Tá fazendo o que aqui Any? – Olhou pra mim. – Ta doidona Fia? Olha a chuva! – Disse.
- Não me deixa aqui por favor... – Pedi querendo chorar.
- Bay quem é que... – Ouvi a voz da Joalin – Any? – Ela correu até a porta a abrindo mais. – Ai meu Deus, entra! – Ela me puxou pra dentro e Bailey deu espaço fechando a porta.
- Me desculpa por isso.... – Falei olhando pra ela, minha vista já estava embasada por causa das lágrimas.
- Porque você saiu nessa chuva? – Ela me encarou. – A essa hora Anu? – Falou olhando pro relógio que marcava 3:30 da manhã.
- Eu não saí, meu pai me tirou de casa! – Falei chateada.
- Aquele desgraçado, ele tava bêbado não tava? – Ela me encarou brava.
- Sim. – Respondi.
Ela negou brava.
- Vamos, eu vou te emprestar uma roupa antes que você fique gripada! – Falou me puxando escada a cima.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
- Desculpa por ontem a noite. – Falei pra Joalin enquanto ajudava ela com o café.
Ela sorriu
- Amiga é pra essas coisas, você sabe. – Sorriu.
- Achei que não fosse mais minha amiga... – Olhei pra ela. – Por um momento pensei que fecharia a porta na minha cara.
Ela me encarou séria e tocou meu braço.
- Eu nunca faria isso. – Falou me olhando. – Eu sei, depois que eu comecei a namorar com o Bailey a gente se afastou um pouco... – Tentou explicar.
- Um pouco? – Olhei pra ela que suspirou negando pra si mesma.
- Muito. – Falou. – Eu fiz outras amizades, e eu sei Any, eu estou errada! – Falou me olhando. – Podemos nos aproximar novamente? Eu sou uma idiota! – Disse e fez careta, Ri
- Você é uma idiota. – Concordei. – Mas ainda sim é a minha melhor amiga. – Abracei ela que riu.
Ficamos conversando enquanto tomávamos café.
- O mais gostoso chegou! – Ouvi uma voz grossa vindo da sala.
- Você me assusta com esse seu amor próprio! – Bailey riu entrando com ele na cozinha.
- Sentiu saudades? – Ele olhou pra Joalin que riu.
- Nem um pouco. – Abraçou ele.
Ele se virou me encarando, provavelmente não me reconheceu, só depois de olhar bem pra minha cara.
- Eu tinha mesmo uns assuntos pra tratar com você! – Falou me olhando sério.