Sinopse
Any Gabrielly é uma garota comum de 17 anos, Mora no morro do alemão com seu pai, um bêbado e drogado
Desde pequena ela aprendeu a se cuidar sozinha, nunca precisou de ninguém e acha que nunca vai precisar.
"Eu posso controlar a minha vida...
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Depois que a Any acordou do pesadelo horrível que ela estava tendo, ela não conseguiu mais dormir, então eu fiquei acordado junto com ela, escutando tudo que ela tinha a me dizer.
- Você precisa ficar calma, olha, você tá tremendo... – Segurei em suas mãos.
- Eu vi você morto no nosso sofá Josh, foi a pior coisa que eu já vi em toda a minha vida, não consigo fingir que foi só um pesadelo porque pra mim foi tudo muito real... – Ela me encarou ainda com seu rosto molhado.
- Tudo bem...– Passei a mão em seu rosto limpando suas lágrimas e beijei sua testa. - Olha pra mim e fica calma, sei que não foi fácil pra você porque eu realmente não consigo imaginar o quanto foi perturbador, mas olha, aqui dentro... – Toquei sua barriga, minha princesinha se movia agitada a cada toque. - Tem alguém que está bem agitada com toda essa confusão se passando dentro de você, ela precisa que você fique calma, pra ela ficar também... – Olhei em seus olhos.
- Tudo bem... – Tentou respirar mais devagar e ficou um pouco mais calma.
Depois disso eu tentei fazer com que ela dormisse pra descansar mais ela não quis, então a gente conversou sobre os assuntos mais aleatórios do mundo.
- Tô com sede. – Falei pegando meu celular e olhando as horas 03:47 - Vou beber água. – Me levantei da cama.
Ela se levantou da cama rápido também.
- Eu também vou, não me deixa aqui sozinha. – Sorri meio de lado e peguei em sua mão para que a gente pudesse sair do quarto.
Ela foi ligando todas as luzes do corredor, e parou perto da janela ainda segurando com força em minha mão, seu olhar se tornou assustado e ela segurou com força em minha mão.
- Que cheiro é esse...? – Ela sussurrou baixinho.
Só ai eu percebi um cheiro muito estranho que vinha de lá de baixo, me encostei nela encarando a janela.
- Shiuu. – Fiz com a boca e encarei o morro.
Vi uma movimentação estranha nas lajes e fiz sinal tentando chamar atenção dos vapores que estavam do outro lado da rua, mais os incompetentes nem olharam.
Onde estão os vapores que ficam na porta de casa?
- Josh...– Any sussurrou choramingando e me apertando com força.
- Olha pra mim... – Pedi. - Presta atenção no que eu vou te falar, você vai voltar pro quarto agora... – Ela ia me interromper mas eu coloquei o dedo em sua boca impedindo. - Vai trancar a porta e ficar quietinha sem fazer nenhum barulho lá dentro, na segunda gaveta do meu lado da cama tem munição e uma arma, é meio pesada mais você consegue atirar com ela, do lado tem um celular que eu uso só pra emergência, só os meninos tem o número, manda uma mensagem e fala pra eles virem pra cá agora. – Ela me encarou já com lágrimas nos olhos.
- Você não pode me pedir pra ficar escondida e deixar você ir ver o que tá acontecendo, não depois do meu pesadelo, pode ser um aviso... – Ela sussurrou choramingando.
- Preciso que faça exatamente o que eu pedi Any, Eu te amo, não vai acontecer nada, só entra lá e se tranca, não importa o que acontecer, não importa o que você ouvir, não sai. – Falei encarando ela.
Ela assentiu deixado algumas lágrimas caírem e me abraçou.
- Eu te amo demais. – Disse baixo o suficiente para que só eu ouvisse.
Ela se afastou e entrou no quarto fechando a porta devagar, quando ouvi ela trancar, caminhei devagar até o banheiro e tirei da última gaveta uma arma carregada.
Quando cheguei no topo da escada que olhei pra baixo, vi os vapores mortos e Alexandre fumando um Beck sentado em minha poltrona.
- Ah, achei que você não demoraria tanto pra descer. – Ele fez careta. - Como está meu velho amigo? – Sorriu diabólico.
