Sinopse
Any Gabrielly é uma garota comum de 17 anos, Mora no morro do alemão com seu pai, um bêbado e drogado
Desde pequena ela aprendeu a se cuidar sozinha, nunca precisou de ninguém e acha que nunca vai precisar.
"Eu posso controlar a minha vida...
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Arrumei o meu cabelo e e coloquei a arma presa em baixo do vestido.
- Tá linda. – Jo sorriu.
- Você também tá. – Disse e ela riu.
- Vamos meninas – Sina apareceu.
Ela é a garota loira da praia que tava paquerando o Sorriso, não é que eles deram realmente certo?
Tão namorando a quase dois meses e são um love só, torço muito pra que eles fiquem juntos por bastante tempo.
- Arrasaram. – Juliana sorriu.
Ela é amiga da Sina, que acabou virando nossa amiga também, é muito gente boa, mas as vezes fala umas coisas sem noção.
- Vamos, se não a gente se atrasa. – Falei e elas sorriram.
Entramos no carro e a Jo foi dirigindo, o morro tava lotado de gente, é sempre assim quando tem baile.
O meu radinho começou a apitar e as meninas que estavam conversando ficaram caladas
RÁDIO ON📢
- Goma 7 ta fervendo, tem algo lá. – Sorriso falou.
- É briga, duas garotas, nada de mais. – Lamar falou.
RÁDIO OFF📢
- Saporra. – Ri. – Pensei que fosse algo sério! – Elas riram.
Entramos no baile e uma galera abriu espaço.
Subimos pro camarote e lá tinham algumas pessoas.
- Chegaram as mais belas do baile. – Andrezinho disse e eu ri.
- Eu sou a mais gostosa. – Falei dando uma voltinha e senti os olhares sobre mim.
JB me encarou e deu um sorrisinho safado, me aproximei dele.
- Preciso trocar uma ideia com você. – Falei no ouvido dele por causa da música.
Ele segurou em minha cintura e me conduziu até um quartinho que tinha no baile.
- Já tá com saudade? – Perguntou e eu fiz uma careta.
- Desencana JB. – Falei. – Stefany me parou na rua hoje... – Comecei.
- O que aquela puta queria com você? – Me interrompeu.
- Veio cheia de conversa pra cima de mim falando de uma tal de delegada. – Tentei explicar. – Ela tá na nossa cola, acha que a gente é marido e mulher. – Fiz careta.
Ele sorriu me puxando pela cintura.
- Nós somos, você sabe. – Me beijou com necessidade.
Eu não queria admitir, mas eu estava com saudade desse beijo que me tira do chão.
- Não somos marido e mulher. – Falei olhando pra ele. – Somos amigos. – Disse e ele riu.
- Amigos íntimos. – Ri e ele riu também.
Ouvi um disparo e me soltei dele, logo em seguida os disparos continuaram mais e mais frequentes.
- Eu acho que é o BOPE. – Disse e ele assentiu.
- Pega a arma e vai pelos becos, vou pras lajes com os meninos. – Olhou pra mim. – Se cuida. – Disse e eu assenti.
- Se cuida também. – Falei e ele sorriu saindo do quartinho.
Corri pra fora e desci no meio das pessoas que estavam desesperadas.
Corri em Zigzag pra não ser atingida e entrei no meio das vielas correndo como uma louca.
- Mãe, mãe. – Uma garota gritava desesperada, parei de correr na hora.
Passei pela outra viela e encontrei uma garotinha de uns 7 anos.
- O que foi? – Perguntei.
- Me perdi da minha mãe. – Ela chorou.
- Não se preocupa, entra aqui e fica quietinha, escuta, quando os tiros pararem, se você não encontrar sua mãe, você procura o JB e diz que quem te mandou pedir ajuda lá foi a Any, ele vai te ajudar. – Disse e ela assentiu entrando em uma espécie de buraco entre duas casas.
Meu coração doeu de deixar ela ali, mais preciso proteger as outras pessoas também.
Corri o mais rápido que pude e fui tirando o salto que me atrapalha a correr.
- Any. – Juliana me gritou.
- Corre. – Gritei ouvindo um barulho de sirene.
Atirei contra algumas pessoas e me escondi atrás de um murro junto com Juliana.
- Eu to com medo. – Ela chorou.
- Eles vão achar a gente, para. – Falei e ela colocou a mão na boca tentando abafar o choro.
- Te achei. – Ouvi e vi a delegada Yumi.
Mirei nela pra atirar mais não tinha mais balas.
Ela me prensou na parede e Juliana correu.
- Any Gabrielly Soares, você tá presa por envolvimento com roubo e tráfico de drogas. – Ela falou animada enquanto me algemava.
- Eu vou te matar quando eu sair da cadeia. – Falei brava.
- Não se preocupa, vou me assegurar de que você demore um bom tempo pra sair de lá. – Falou sorrindo de um jeito assustador.
- Juliana, chama o JB, não deixa eles me levarem. – Gritei tentando me soltar enquanto ela me colocava no carro da policia.
Ela ficou parada e limpou as lágrimas me encarando.
