Horas...

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Primeira hora...

Sarah batia o pé contra o chão do hospital, brincava com o seus dedos e se levanta quando a impaciência a atingia. Não fazia uma hora que Juliette foi mandada para uma sala de cirurgia e a loira já queria informações dela.

Era notável que Juliette não estava bem, que o quadro não era bom, mas a esperança de Sarah não mudaram durante todo o caminho para o hospital, nem quando Juliette teve uma parada cardíaca na frente dela. Ela não pode pensar coisas negativas, porque vai trazer coisas negativas para ela.

Segunda Hora...

Sarah encostou a cabeça na parede, fechando seus olhos, seus ouvidos não saia da porta que Juliette passou, sempre abria os olhos quando escutava a porta abrindo. Ela também escutava Carla rezando, a Pocah falando com os irmãos de Juliette pelo telefone ou com Toyah, que estava perdida.

Terceira hora...

Sarah estava chorando nos braços de Gilberto, repetia que ama Juliette, ela tentava passar pela porta para saber mais sobre a morena, mas ela sempre segurada por Arthur ou Arcrebiano, até se acalmar.

Ela teve um ataque de ansiedade, tirando a atenção dos amigos da porta, a loira ficou encolhida na cadeira da sala de espera enquanto se recupera. Ela permaneceu abraçado no Gilberto até estar totalmente bem.

Quarta hora...

Rodolffo apareceu, segurou na mão de Sarah e tentou a levar para casa, ele alegou que não tinha motivos para a loira estar naquele hospital, mas Sarah o ignorou e permaneceu sentada na cadeira, abraçando os próprios joelhos enquanto olhava para a porta da emergência. Rodolffo ficou do lado dela.

Décima quarta hora...

A sala de espera tomou um susto quando pessoas armadas entraram, Sarah se levantou da cadeira na mesma hora e os polícias apontaram as armas pra Rodolffo, deixando toda a situação mais estranha pra quem assistia.

- Rodolffo Mathaus, mãos aonde eu possa ver – Um dos polícias gritou para o homem, que logo atendeu o pedido - Você está preso por tráfico humano, tentativa de assassinato, tentativa de estupro e múltiplos assassinatos - Eles ficaram mais confusos enquanto o policial falava as acusações - Você tem o direito de ficar calado, tudo que você falar pode ser usado no tribunal...

O resto ficou apenas em sussurros para Sarah, ela assistiu o policial puxar o Rodolffo para fora do hospital, ela piscou algumas vezes quando notou que ele não era o único que estava sendo levado. Fiuk e Karol também estavam, mas com as acusações de acobertar assassinato, tráfico humano e drogas.

- Senhorita Andrade? – Sarah piscou e uma mulher loira se aproximou dela, a mulher estava usando um terninho feminino preto, andava com de forma séria e tinha dois policiais atrás dela, altamente armados - Eu sou Kerline, a sua namorada estava me ajudando com um caso.

- Namorada? – Sarah questionou.

- Sim, a agente Freire. Eu sou da CIA, ela me informou que tinha pegado um caso que envolvia uma organização que estávamos investigando, ela juntou provas o suficiente para prender todos, incluindo o senhor Mathaus, que é o assassino em série que estava atrás de você nos últimos meses – Sarah se virou na direção de Arcrebiano e Lucas, que estavam em completo choque.

- Ela resolveu o nosso caso? – Lucas perguntou para a agente, que assentiu.

- Não apenas o seu, senhor Koka – Kerline olhou para Camilla e João - O de vocês também, essa organização que acabamos de fechar é responsável por inúmeros crimes, entre eles tráfico humano e de drogas – Ela explicou para eles que sorriram animados - Meus agentes estão atrás dos caminhões com os adolescentes e as crianças, quando acharem vou informar a vocês.

- Acho que vou vomitar – Sarah correu até um dos lixeiros da sala de espera e colocou todo o sanduíche, que havia comido durante essas horas, Gilberto ficou ao lado dela, segurando seus cabelos e alisando as suas costas.

- Você não escutou, mas foram eles que explodiram a unidade, pelo menos tiram a ideia de ser ataque terrorista – Gil contou a mulher, que levantou a cabeça enquanto limpava o canto da boca, ela sentiu sua raiva aumentar só de pensar que talvez Juliette morra por causa do Rodolffo.

- Parentes de Juliette Freire – O médico apareceu na sala de espera.

- Como ela está? – Pocah questionou o mais velha quando parou na frente do mesmo, que respirou fundo enquanto tirava a touca.

- Ela está em coma – Ele avisou e Sarah sentiu as lágrimas escorrerem mais uma vez pelo seu rosto - Ela sofreu traumatismo craniano, o cérebro inchou e causou o coma dela, o que podemos fazer agora é monitorar ela, esperar que ela acorde por conta própria – Ele olhou para todos, Sarah olhou o chão enquanto tentava enxugar seu rosto e tentar se acalmar.

- E quanto ao resto.

- Bom. Ela sofreu um dano sério no joelho, estamos tentando reparar, mas se a gente conseguir, ela poderá passar o resto de vida usando bengala, mas se a gente não conseguir reparar, a nossa próxima opção é amputar pra não causar mais danos ao corpo dela – O médico contou após Arthur perguntar, aquele notícia queria dizer que Juliette não ia mais ser uma agente.

- E quanto a telha na barriga dela? – Sarah estava com a voz baixa, mas ele a escutou e olhou para ela na mesma hora - Ela estava com uma telha na...

- Tiramos e reparamos todos os órgãos que foram afetados – Ele informou, fazendo a empresária suspirar aliviado - Vocês já podem visitar ela, mas são dois de cada vez e apenas um acompanhante – Ele falou antes de se afastar.

Sarah preferiu ficar de acompanhante, então o restante foram visitar Ju na UTI do hospital, Sarah começou a ficar mais angustiada quando percebeu a situação que todos estavam voltando, até Thaís voltou chorando de lá, mas Sarah não sabia se era por causa da Juliette ou pelo Fiuk que foi preso.

Depois que Camilla e João voltaram, Gilberto abraçou Sarah de lado e puxou a empresária para o elevador, seguindo para o quarto da morena.

Realmente a situação da morena não estava boa, ela estava cheia de fios, a cabeça estava enfaixada, seu joelho tinha alguns ferros, em um dos braços tinha a entrada para o soro enquanto o outro para sangue. Seu corpo estava cheio de pequenos cortes, possivelmente causados pela queda ou por vidro

O pior para Sarah era o tubo na boca da morena, indicando que Juliette só está viva por causa daquele tubo. Sarah se aproximou em passos lentos, ela segurou a mão da morena, tomando cuidado com o acesso da mesma.

- Você disse que voltaria em uma hora...

Agente Freire - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora