- Qual é o seu nome? – O médico questionava Juliette enquanto verifica as pupilas da mulher. Depois que a morena abriu os olhos, foi retirado o tubo, que auxiliava na sua respiração e o médico fazia testes na morena.
- Juliette... – Ela respondeu com a voz fraca e depois gemeu de dor - Freire, eu tenho 31 anos e sou agente do FBI – Ela falou tudo de uma vez, sabendo como o médico seguiria com os exames nela, ela estava quase reclamando, porque o homem estava colocando uma luz nos olhos dela.
Sarah estava ao lado dela, segurando a mão dela enquanto assiste o homem examinando a morena. Ela ria de algumas caretas que a morena fazia, pelo menos Juliette não estava totalmente séria em voltar para o mundo real, as duas não trocaram muitas palavras, já que o médico entrou muito rápido e impediu que Sarah conseguisse falar qualquer coisa para a morena.
Mas escutar a voz de Juliette já era gratificante para a empresária, após um mês sem ouvir aquela voz, ela finalmente estava escutando, apesar da outra estar um pouco rouca e com a voz baixa. Sarah estava olhando para os olhos castanhos de Juliette novamente, estava perto da morena de novo.
- Qualquer coisa é só me chamar – O médico pediu para a agente e saiu.
- Achei que ela não ia sair – Juliette comentou, fazendo a loira rir - Você vai me falar o que aconteceu? – A morena questionou a outra mulher. Sarah a olhou antes de suspirar e olhar para as mãos entrelaçadas das duas.
- Houve uma explosão na delegacia causado por Rodolffo e afins – Ela falou e sentiu a morena apertar mais a sua mão - Eles foram presos, Fiuk e Karol, eles estavam envolvidos também – Ela olhou para a Juliette, sentindo raiva de Rodolffo pela situação que a morena se encontrava - Cadê a surpresa?
- Quando fui visitar minha mãe no hospital após a nossa volta, Rodolffo me ameaçou, mandou eu ficar longe de você – Juliette explicou para a Sarah, o que surpreendeu bastante a empresária - Eu pedi para sair do seu caso, era melhor ficar longe de você, por isso me mudei para Washington – Ela falou, abaixando o olhar quando percebeu a mudança de humor da empresária.
- Aquele desgraçado, filho da... – Juliette não deixou a mulher terminar, ela puxou a loira pela nuca e a beijou como estava morrendo de vontade.
- Opa – Elas se afastaram ao escutar a voz de Pocah, a mulher está na porta junto de Toyah e Carla. Toyah não perdeu tempo em correr até a cama e se jogar em cima da madrinha, que gemeu de dor - Toyah, sua dinda está com dor ainda – Pocah repreendeu a filha, que se desculpou com a madrinha, a morena não pareceu se importar com a dor que sentiu, apenas abraçou ela.
- Nunca mais, Juliette Freire, nunca mais nos dê um susto desses – Carla se aproximou da cama com um olhar ameaçador para a morena, que encolheu na cama enquanto fazia carinha de cachorro abandonado.
- Dá próxima vez, eu vou jogar suas coisas pela janela do apartamento, vou espalhar seus nudes por aí e provocar um rebuliço com os seus contatinhos, vou jogar aqueles móveis tudo fora – Pocah também ameaçou e Sarah ficou séria com a parte dos nudes e dos contatinhos, ela arqueou a sobrancelha.
- Que contatinhos? – Sarah questionou a morena, que se encolheu mais na cama enquanto balançava a cabeça, negando qualquer coisa.
...
Estava anoitecendo e só havia Sarah e Juliette no quarto, Bil já mandou uma mensagem para a loira avisando que estava indo para o quarto com o bebê que tinha recebido alta do hospital e tinham que ficar com um agente. Eles ainda estavam procurando todas as famílias, inclusive do bebê, que é a mais difícil de ser encontrada pelo mesmo não poder falar e ninguém saber qual é o nome e o sobrenome do pequeno, estava tudo uma confusão.
- Olá, sapatonas – Bil entrou no quarto com o pequeno no copo, ele estava com uma roupinha nova e estava agitado no colo do agente - Pega, porque eu não me dou bem com crianças – Bil entregou o bebê para a Sarah e olhou para Juliette que estava com um grande sorriso no rosto.
- Olá, gostosão.
- É o que, Juliette? – Sarah olhou para a morena com os olhos estreitos, fez a agente rir enquanto ganhava um beijo na bochecha do homem.
- Se acostume, porque ela vive me chamando assim fora do trabalho – Bil a olhou e a loira sentiu um pouco de ciúmes, mas sabia que os dois nunca vão se envolver romanticamente, ela aprendeu isso durante esses meses que o homem ficou trocando de lugar com o Lucas e viu ele flertando o Arthur.
- E quem teve um filho durante meu coma? – Juliette apontou para o bebê, que estava cochilando nos braços da empresária.
- Ele é um dos traficados, estamos tentando achar a família dele – Bil falou, olhando para o pequeno - As coisas que você juntou nos ajudou muito, já é o segundo caminhão que achamos, falta apenas um – Ele explicou para ela, que suspirou aliviada, dando um enorme sorriso para o homem - E por que não me falou que o Rodolffo era um psicopata?
- Ameaças, ele falou que se eu prendesse ele, iriam matar a Sarah, então eu tinha que prender ele junto da organização, assim Sarah estaria a salvo - Ela respondeu o homem e tentou se ajeitar na cama, mas sentiu dor no joelho.
- Nada de movimentos bruscos, Ju – Sarah alertou a mulher.
- Quanto tempo vou ficar em uma cama? – Juliette questionou irritada, não tinha nem doze horas acordada e já estava irritada por ficar na cama.
- Pelo que o médico falou, você ainda vai passar por outra cirurgia no joelho, vamos ter um pouco de paciência – Sarah se aproximou da morena e passou a mão pela bochecha da mesma, fazendo um leve carinho.
- Ela é impaciente... – Bil parou de falar quando recebeu uma mensagem, o homem ficou sério e se levantou - E eu preciso ir, tenho um novo caso – Ele informou antes de sair do quarto correndo, Sarah abriu a boca para falar do bebê, mas sabia que o homem estava muito longe para escutar.
- Coloca ele naquela cama – Juliette apontou para a outra cama vazia, Sarah colocou o bebê adormecido na cama antes de se aproximar da morena, ela se deitou do lado da mesma, tomando cuidado com o joelho dela.
- Você com o joelho lascada só me traz uma certeza.
- Qual?
- Que você não vai ter como fugir novamente – Sarah olhou para a morena, colocando a mão na bochecha da mesma e fazendo carinho com o polegar.
- Eu não quero mais fugir, doze anos já foram o suficiente – Ela se aproximou mais da morena, sorrindo antes de selar os lábios nos dela. Com cuidado, a agente aprofundou o beijo, puxando a loira pela nuca para mais perto.
Não sabem o que vai acontecer nas próximas semanas, mas pelo menos as duas estavam juntas depois de doze anos de imprevistos.

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Agente Freire - Sariette
FanfictionSarah e Juliette eram amigas de infância, mas a morena teve que deixar Los Angeles e se mudar para Nova York. Anos se passam e elas se reencontram quando Sarah vira testemunha de um caso de Juliette.