Capítulo 7 - Irmandade

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- Bem, vejo que você já foi apresentada ao seu antepassado.. Indígena não é? - Disse o garoto olhando para os lados, vendo todos os alvos com flechas. Ele era apenas um pouco mais alto do que eu, tinha cabelos levemente ruivos, lisos e desgrenhados. Ele era um tanto magro, mas com um corpo bem definido. Seus olhos cinzentos tinham um ar alegre. Tenho que admitir que ele é meio que lindo. - A propósito, o que achou da minha sala?

- Como assim "sua sala"? Pensei que ela fosse usada para os treinos dos assassinos..

- Hahaha. Não é "minha" nesse sentido. - Lanço um olhar interrogativo para ele. - Fui eu quem a projetei, então basicamente ela é "minha" - Ele fez aspas com os dedos.

- Ahhh. Bem.. Interessante, pelo pouco que vi. Você projetou sozinho?

- Sim. Fiz os projetos e os.. brinquedinhos... A propósito, sou Alex. Prazer. - Ele estende a mão, e eu a aperto.

- O prazer é meu. - Respondo. Alex usava calça jeans e uma blusa preta sem estampa. Noto que ele não usa nem jaleco, nem capuz, (como todos que vi na irmandade). A blusa dele nem sequer tinha capuz. Fico olhando para ele até que algo me ocorre - Você não parece ser muito mais velho do que eu... Como você pode ter feito tudo isso?

- Eu? Não sou mesmo. Tenho 17 anos, mas sou formado em inteligência artificial, nanotecnologia, robótica e computação. Então me colocaram nessa posição de projetar e desenvolver a tecnologia na irmandade.

Uou. Então além de lindo ele é um gênio.

- Certo, eu tenho uma reunião daqui a pouco. Nos vemos mais tarde. - Henri, que até agora estava apenas escutando a nossa conversa diz. - A propósito, Alex, você vai ter que mudar a entrada para a irmandade de novo. O seu "abajur super secreto" foi descoberto em menos de 10 minutos. Desse jeito, até o mais burro dos templários pode entrar aqui. - Diz ele com ironia. - Au revoir. - Acena para nós dois e sai da sala.

- Ok né... - Diz Alex assim que Henri fecha a porta. - Bem, eu preciso que você faça mais uma seção do animus. Tudo bem pra você? Ou você está muito cansada da viagem?

- Não, tudo bem. Vamos lá. - Digo. Saímos da sala e sigo Alex até uma outra bem pequena, que tinha apenas um Animus e um computador ao lado. Alex me aponta o animus e eu sento nele. Ele coloca o visor em mim e se senta em frente ao computador:

- Relaxe. Estarei te monitorando o tempo todo. Você já sabe o que deve fazer daqui em diante. - Quando diz isso, tudo se escurece a minha volta. Fecho os olhos esperando a luz branca passar. Quando os abro novamente, estou naquele lugar sem fim totalmente branco. Ando alguns passos até tudo se escurecer novamente.

Assassin's Creed - LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora