- Então é isso. - Digo após fechar a mala com meus poucos pertences. Me viro para Alex que estava imóvel atrás de mim.
- Tem certeza disso? - Pergunta com uma clara tristeza na voz.
- Mais do que jamais tive.
- Olha.. Eu entendo que você quer voltar para casa. Para Will.. Mas não precisa ser assim...
- Não diga isso, ok? - Levanto meu dedo anelar, onde estava a marca dos assassinos. - Embora eu não vá mais focar 100% do meu tempo na irmandade, não se esqueça que eu ainda sou uma e, nunca vou deixar de ser. Qualquer coisa é só me contatar que eu venho correndo ajudar vocês, ok? Você não vai se livrar de mim tão cedo. - Ele me olha com um sorriso.
- Eu espero que não. Senão eu me sentiria culpado se fizesse isso.
- Isso o q.. - Antes que eu possa terminar a frase, ele se aproxima inesperadamente e passa a mão pela minha cintura, se aproximando mais de mim, então puxa meu rosto e me beija. De início fiquei surpresa, mas acabei fechando os olhos. Foi como se o tempo tivesse parado, e eu e ele estivéssemos em câmera lenta.
Infelizmente fomos interrompidos por Peter batendo na porta.
- Os dois pombinhos queiram me desculpar, mas Halt me pediu para que Alice falasse com ele..
Assinto com a cabeça e me afasto de Alex um pouco vermelha e me encaminho até a porta. Peter me acompanha até a sala de Halt.
- Então.. Agora vocês estão namorando? - Ele diz com um olhar malicioso.
- Pois é...Acho que sim. - Digo com um sorriso enquanto lembrava de nosso beijo.
- Hahaha. A pequena Allye namorando.. Nunca pensei que esse dia chegaria. - Dou um leve soco em seu ombro.
Completamos o caminho dando risada, e quando chegamos na sala de Halt ficamos sérios. Assim que eu toco na maçaneta, Peter segura meu ombro.
- Tem certeza? Eu entendo que Will deve estar sozinho e precisando de companhia, mas você não precisa fazer tudo isso..
- Preciso sim, Pit. Minha mãe está morta. Eu a matei, e Will a amava. Não consigo não me sentir culpada por isso. Ele precisa de alguém que ele ame tanto quanto minha mãe.. Tenho que compensar meus atos.
- Bem.. Tudo bem então.. A vida é sua. Só se prepare pra me receber. Porque sempre que eu tiver tempo livre, estarei na sua casa.
- Fico feliz com isso. - Digo rindo um pouco. Abro a porta da sala de Halt respirando fundo. - Queria falar comigo? - Pergunto assim que entro.
- Ah. Sim. Sente-se. - Halt estava de costas para mim, olhando o movimento das ruas pela janela. Me sento na mesa e espero ele se virar e sentar-se na outra cadeira a minha frente. - Então, sei que todos devem ter perguntado isso pra você, mas.. Você tem certeza?
- Sim.. Meu padrasto precisa de mim.
- Entendo... Será uma pena perder minha melhor assassina.. - Diz com uma certa tristeza na voz. - Bem, obviamente não te chamei só pra isso. Eu trago boas notícias. Sobre Marcos. - Quando ele pronúncia esse nome, eu me ajeito na cadeira. Com um certo interesse na voz.
- Que notícias você poderia dar sobre meu pai?
🔻🔻🔻
- Bem... Então é isso, baixinha. - Diz Henri enquanto me abraça. Estamos na porta da minha casa. Dando o último adeus por um bom tempo.
- Adeus, Henri. - Assim que nos separamos, fico pensativa.
- O que foi?
- Eu fico pensando... O que será de vocês sem mim? Templários invadindo a irmandade toda hora... Missões falhando... - Digo com uma falsa seriedade. Mas por fim não resisto, e acabo caindo na gargalhada.
- Modesta... - Diz irônico enquanto revira os olhos. Ele olha pra mim e depois para Alex. - Vou deixar vocês sozinhos por alguns minutos. - Ele se vira entrando no carro.
Alex se aproxima de mim e me beija. Tivemos que parar quando o ar acabou, então nós abraçamos, e ficamos em silêncio por um tempo, apenas curtindo um ao outro.
- Pode deixar que eu vou arranjar umas missões que você vai precisar nos ajudar. - Alex enfim quebra o silêncio.
- Hahaha. Eu espero que sim. - Nos separamos e Alex olha fixamente para mim.
Escuto um movimento dentro de casa, seguido pelo leve titilar de chaves se misturando. Olho preocupada para a porta, e depois me viro para Alex.
- Bem.. Por enquanto isso é um adeus... Mas não por muito tempo. - Sorrio enquanto digo o "não por muito tempo". Alex sorri em resposta e se vira para entrar no carro.
- Bem.. Então até algum dia desses. Não pense que vai se livrar de mim tão cedo. Agora eu sei onde você mora. - Então entra no carro e fecha a porta. Henri dá a partida assim que a porta se fecha, e acelera, sumindo de vista bem no momento em que Will abre a porta.
Me viro para ele, com um pequeno sorriso. Will fica um pouco sem reação, tentando raciocinar o que está vendo. Ele fica assim por mais ou menos um minuto, até que abre um enorme sorriso de orelha a orelha e vem ao meu encontro.
- ALICE! VOCÊ VOLTOU!! HAHA! - Ele me abraça com força, me levantando do chão logo em seguida. - Aonde você andou? Esteve fora por meses! Praticamente por um ano! Olha como você cresceu! - Ele me coloca no chão, olhando-me de cima a baixo. - Temos muito o que conversar, mocinha. - Sem perder o sorriso, ele acrescenta. - Mas antes... Que tal fazer uma boquinha? - Assim que ele diz isso, minha barriga ronca de fome. Nós dois rimos.
- É... Uma boquinha até que não faria mal... Estou morrendo de saudades de seus lanches. - Digo sorrindo.
Will vai até minha mochila e a pega, colocando-a sobre seu ombro. Nós entramos em casa sorridentes. A casa ficou com um ar muito mais feliz e alegre agora, o que nos fazia rir mais ainda.
Finalmente estava tudo em paz, e embora eu não queira admitir, sei que não durará muito tempo.
Então aproveito ao máximo essa onda de paz que estava sobre nós.
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Assassin's Creed - Liberdade
Fiksi SejarahNunca havia passado pela cabeça de Alice que um dia ela se tornaria uma assassina. Bom, isso não teria acontecido com ela se uns agentes da Abstergo não tivessem invadido a sua casa naquelas férias de verão para roubar um documento de seu falecido p...