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— Sra. Saviñón, estamos agora em Chicago — o piloto me informou quando me levantei da minha cadeira.

Monte, o meu guarda-costas e terceiro no comando, abriu a porta do avião, saindo primeiro, seguido por outros dois homens carregando as minhas coisas. Eu saí e encontrei uma limusine preta brilhante esperando por mim. Parando ao lado de Monte, eu tentei não rolar meus olhos.
Para onde vou, baile de formatura?

— Monte, veja se você pode me pegar um carro, novo... E logo. — eu suspirei.

Eu não queria ser conduzida. Eu queria dirigir. Eu precisava dirigir. Dirigir, natação, tiro e sexo eram as únicas quatro coisas que poderiam ajudar a limpar a minha mente.

— Sim, senhora, — disse ele, puxando o seu telefone, falando com alguém.

Se Fedel era a minha mão direita, Monte era a minha esquerda. Ele nunca era pego de surpresa. Ele não tinha necessidade de ser reconhecido ou mesmo visto, e só falava quando necessário. Ao contrário de Fedel seu cabelo era loiro e o fazia parecer como Donatella Versace em um Walmart.

Fedel ficou ao meu lado e me deu meu telefone pessoal. Havia apenas uma pessoa que tinha o número.

— Papai, ligando para se certificar de que eu entrei no avião? — perguntei, enquanto Monte e Fedel providenciavam um carro novo.

Ele riu antes de tossir

Mia dolce bambina. Nunca duvidaria de você. Afinal, você foi a única que renovou o contrato.

O contrato estipulava que eu estaria disposta a casar com Christopher Alexander Uckermann e fundiria as nossas famílias. Orlando e Lorenzo tinham assinado o contrato de quinze anos atrás, quando eles o criaram. Em seguida, ele precisava ser assinado por Christopher e eu em nossos aniversários de dezoito anos, e uma última vez durante o primeiro ano do casamento.

— Eu fiz. Ele fez? — perguntei, assim quando um Aston Martin branco parou na minha frente.

Sorrindo, eu virei para Monte e Fedel e acenei com a cabeça, isso era muito melhor.

— Ainda não. Mas ele, seu pai, e os irmãos vão chegar a qualquer momento para fazer isso. — ele praticamente cuspiu um pulmão, mas eu estava acostumada com isso.

Pegando as chaves de Monte, eu entrei dentro do carro e apontei para ele entrar, também.

Eu suspirei, pressionando meu pé no acelerador, uma linha de sedans pretos seguiram atrás de mim quando eu puxei para fora do aeroporto.

— É inegociável. Se ele quer uma participação no meu império, então eu preciso ter certeza de que ele não a destrua. Seu irmão hackeou nossos registros esta manhã. Eles sabem de quanto nós valemos a pena. Ele vai aceitar e ele vai aceitar que eu não sou normal. Eu não espero o normal — disse eu, voando pelas estradas que levariam à nossa casa em Chicago, apesar do fato de que nunca passei um tempo em Chicago. Agora eu estava presa aqui.

— Você permitiu que eles invadissem nossos registros. — eu sorri

Monte olhou para mim, agitando a cabeça, mas riu também. Ele sabia do que eu estava falando, mesmo que ele não pudesse ouvir toda a conversa.

Declan era bom, muito bom até. Ele era uma das três pessoas que poderiam quebrar o meu nível em firewalls. A segunda estava morta, e a terceiro era eu. Se Uckermann não aceitasse, o que faria dele um idiota, então eu teria Declan enterrado como o número dois. Eu odiava hackers que estavam contra mim.

— Minha querida, se você não fosse minha filha, eu teria medo de você. — eu podia ouvir o sorriso em sua voz por telefone.

— É porque eu sou sua filha que você deve me temer. — em seus bons dias, Orlando poderia fazer homens crescidos chorarem e implorarem por uma bala. Se Orlando pusesse as mãos neles, a dor era garantida.

Ruthless People - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora