34

879 69 35
                                    

"Qualquer um de vocês idiotas que se moverem, e eu vou matar cada um de vocês"
- Honey Bunny, Pulp Fiction

Dulce María

— Monte. — eu o chamei entre dentes, e um segundo depois, ele colocou uma pistola automática e dois pentes extras em minhas mãos.

— Suas ordens são para matar qualquer um, menos Amory ou Saige — Christopher se virou para ele. Fedel e Monte saíram pela porta.

Colocando os pentes na parte de trás da minha calça, eu podia sentir a sede de sangue.

— Onde estão os outros?

— Na sala segura... Onde você deveria estar — ele me disse, agarrando o meu braço antes que eu pudesse sair.

— Christopher, se você pensa que eu vou ficar atrás das paredes e esperar que isso passe, eu vou acabar com você eu mesma — eu apontei minha arma para seu nariz.

Seus olhos verdes se estreitaram.

— Você está grávida. Vai para lá, Dulce.

— Foda-se. — eu olhei para trás antes de sair.

Quando eu sai, tudo o que eu vi estava destruído. Luzes piscavam, fios pendurado do teto, e tudo que eu podia ouvir eram tiros.

Encostada na parede, eu segurei minha arma no meu peito enquanto Christopher veio pra perto de mim.

— Está cansado de me tratar como uma puta e não como sua esposa? — eu perguntei tentando ver onde o tiroteio estava vindo.

— É melhor você não se machucar ou eu vou te matar eu mesmo, amor. — Christopher sorriu, beijando minha bochecha antes de ir para frente, disparando cegamente para o corredor e de alguma forma, derrubando os filhos da puta.

Saindo de trás da parede, eu olhei para ele quando ele sorriu.

— Eu te odeio.

— Você me ama... — ele foi interrompido quando eu atirei em um imbecil se escondendo atrás de uma porta.

— Você esqueceu um. — eu sorri antes de correr pelo corredor.

Quando chegamos a ala leste, parecia uma guerra. Do canto do meu olho, eu vi Alfonso quase rasgar o braço de um russo. O ar estava circulando com o cheiro de sangue, e eu estava ficando surda de tanto barulho. Do nada, senti uma lâmina cortar minha perna, e no segundo que eu olhei para baixo, eu encontrei os olhos do idiota que achou que era uma boa ideia me cortar com vidro.

Pisei no rosto dele e me virei, vi quando Christopher cortar a garganta de um homem. Ele olhou para algo atrás de mim e eu segui seu olhar, a tempo de ver Amory meter uma bala na testa de Eric. Christopher gritou tão alto que eu teria pensado que foi ele quem fez a casa chacoalhar.

— Amory!

Amory pareceu chocado, como se ele tivesse esquecido qual casa ele tinha acabado de atacar. Mas o choque logo deu lugar ao medo quando Christopher foi até ele como o próprio diabo. Eu queria ver o que iria acontecer agora, mas eu precisava ter certeza de que todos os nossos arquivos e informações não estavam sendo roubados.

— Poncho! — eu gritei para ele, mas ele estava longe demais.

Olhando para Christopher uma última vez, eu vi quando seu punho colidiu com o rosto de Amory e corri pelo corredor. Quanto mais eu fui saltando pelos entulhos e fios expostos, mais alto os gritos ficavam. Entre as faíscas, fumaça e chamas, eu quase não conseguir ver nada. Até que eu ouvi alguém gritar.

Ruthless People - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora