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"Apenas se o assassinato for cometido
por um homem bom isso pode ser
considerado como monstruoso"
- Graham Greene

Dulce María

— Eu sei que está acordada. — disse ele friamente quando parou na frente do banheiro. Abrindo os olhos, vi quando ele amarrava a gravata.

— Eu não estava escondendo que eu estava. Temos uma reunião que eu não sei? — eu respondi, me sentando.

Ele suspirou, aborrecido, e se virou.

— Sim. Mas você não precisa se preocupar com isso. Se a conversa mudar para fotografar cachorros na rua, eu vou te chamar.

Mate ele. Eu podia sentir minha sobrancelha contrair com o tom da voz dele. Ele estava falando comigo como se eu fosse uma criança.

— Você-

— Por mais que eu goste das nossas brigas, Dulce, eu realmente tenho que ir — disse ele, caminhando em direção à porta. — Vou te encontrar no carro para ir à igreja. Se você estiver com vontade de brigar, então, vá se foder.

Eu nem sequer pensei. Em um momento eu estava tentando respirar, e no outro eu atirei o travesseiro em direção a ele. Mas, nada aconteceu. Em vez disso, Christopher balançou a cabeça.

— Arma debaixo do travesseiro? Voce acha que eu iria deixar isso carregada? — ele disse, frio.

— Você pegou na minha arma!

— Eu tenho tocado mais do que em sua arma. Supere isso — disse ele, fechando a porta quando ele saiu.

O sangue em minhas veias estava fervendo tanto que minha pele estava ficando vermelha.

— Fedel, você está pronto para se redimir? — perguntei ao telefone. Eu consegui ouvi-lo pular da cama.

— Sim, senhora, qualquer coisa — ele respondeu.

— Christopher vai a um café da manhã. Eu quero todos os malditos detalhes. Se ele espirrar, eu quero saber.

— Claro, onde ele está?

— Eu não sei, porra! Faça o seu trabalho! — eu gritei antes de arremessar o telefone na parede.

Passando minhas mãos pelo meu cabelo, eu tentei respirar e me acalmar, mas eu estava chateada. Eu queria matá-lo. Eu queria matar alguma coisa!

Me levantei e fechei os olhos respirando profundamente.

— Dulce. — piscando, eu vi Adriana em minha frente. — Sinto muito, mas você ficou assim por uma hora e você precisa ficar pronta para a missa.

Balançando a cabeça, eu entrei no banheiro.

— Adriana, eu preciso de um celular novo. — eu disse antes de tirar a roupa e ir para o chuveiro.

Quando eu saí, Adriana já estava esperando com uma toalha.

— Adriana, você não irá para o acampamento com a gente. — eu disse a ela enquanto secava meu cabelo. — Eu tenho outra trabalho para você. — eu disse, deixando cair a toalha e pegando minha roupa. — Enquanto estivermos fora, você vai treinar Coraline Uckermann no combate corpo-a-corpo. Ela quer aprender a atirar bem, mas ela irá falhar nisso. Ensine a ela o básico sobre facas. Ela pode ser boa nisso.

Adriana me entregou um vestido azul com um arco branco na parte dianteira.

— Até que ponto posso ir? — ela perguntou. Eu sabia que ela estava preocupada com Declan.

Ruthless People - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora