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Christopher

Me sentei e peguei o pote de analgésicos, tomando dois com um copo de água. Olhando para a bela adormecida ao meu lado, eu esperei pela culpa me invadir. Mas não aconteceu. Eu tinha enganado ela, e eu não me arrependo dessa merda, porque eu tinha o que eu queria. Eu a tinha. Eu senti isso, a mudança nela. Um dia eu diria a ela, mas por agora, eu queria trancar isso.

Tentando ignorar a dor, eu me levantei da cama, pegando um par de jeans e uma jaqueta. Dulce se sentou, esfregando os olhos tentando olhar para mim. Porra, ela era linda.

— Onde você está indo? — ela bocejou.

— Eu vou falar com o meu irmão. — eu sorri e fui até ela beijando seu rosto, e ela aceitou sem um olhar feio ou recuar.

A dor valeu a pena.

— Volte para a cama. Podemos matá-lo amanhã. — ela sorriu, puxando meu casaco.

— Eu vou estar de volta logo e eu não vou matá-lo minha mãe gosta dele. — eu beijei seus lábios.

Ela revirou os olhos para mim, antes de cair na cama.

— Tudo bem, mas se você mudar de ideia, Cascadia é o melhor lugar para se esconder um corpo.

Eu ri, saindo pela porta. No momento em que eu sai senti o ar fresco. Dulce tinha um ponto. A localização do acampamento era muito bem escondida no meio da floresta. Era grande o suficiente para todos os nossos homens, com dez ou onze barracas e um refeitório na extremidade.

Me vendo, Eric mancou. Pobre coitado.

— Alfonso e Declan estão na sala de jantar — ele afirmou. Balançando a cabeça, eu andei mais devagar para que ele pudesse andar ao meu lado.

— Como está a sua perna? — perguntei, tentando não sorrir. Dulce e sua obra.

— O médico disse que vai ser assim por mais quatro ou cinco meses. Eu acho que sua esposa me odeia, senhor.

Eu não pude evitar e dei risada.

— Não leve isso pro pessoal, pelo menos ela não te esfaqueou.

— Os homens estavam pensando em começar a chamá-la de BD — ele disse, e eu parei.

— BD? — do que diabos eles estavam chamando minha esposa?

— Bloody Dulce. — ele respondeu rapidamente.

Ela se encaixa no apelido. Balançando a cabeça para ele, eu continuei em frente.

Quando entrei na sala de jantar, todo mundo calou a boca imediatamente. Meus olhos se pararam em Declan, que estava debruçado sobre um prato de comida e parecendo um pouco pálido. Próximo a ele estava Alfonso, que parecia estar melhor que ele, mesmo com o nariz quebrado, um olho roxo e um lábio cortado.

— Não basta você apenas amar a minha mulher? — perguntei a ele em voz alta, fazendo os homens rirem ou sorrirem como tolos.

Lunga vita alla Regina! — Franco se levantou com uma caneca cheia com o que tinha que ser o álcool.

Fada Beo um Banríon! — meus homens gritaram de volta em irlandês.

Viva a rainha, de fato.

Estamos aqui faz, o que, dois dias? Talvez três, mas ali estavam eles, bebendo e rindo um com o outro. Sorrindo junto com eles, eu balancei a cabeça para Alfonso e Declan que estavam ambos olhando para mim.

Levantando-se, eles seguiram enquanto eu caminhava da sala de jantar para a sombra das árvores.

— Então, como vocês estão? — eu perguntei a eles, tentando não rir.

Ruthless People - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora