Christopher
— Então o que aconteceu no barco, Cordeiro? — Alfonso me perguntou pela bilionésima vez, enquanto esperávamos na Catedral de São Pedro.
— Não te interessa. E se você me chamar de Cordeiro de novo, eu vou matar você.
— Você está animado. — ele sorriu — Você nem sequer descreveu como iria me matar. Esse passeio de barco deve ter-
Antes de terminar, eu dei um soco no nariz dele.
— Filho da puta.
— Última chance irmão. — eu respondi, ajeitando a minha gravata.
— Christopher, é melhor se acalmar antes que você derrube sangue no seu terno. Tenho certeza que Dulce não se importaria, mas a imprensa.. — Declan suspirou, jogando uma cerveja gelada para Alfonso que a manteve em seu nariz.
Alfonso murmurou algo baixinho e saiu.
— Um dia vocês terão que superar seus problemas. — disse Declan para mim.
Um dia, talvez, mas não hoje.
Sem dizer nada, eu respirei fundo e sai pela porta que leva até a frente da Catedral. Olhando para fora, notei que a minha mãe teve a certeza de convidar cada último filho da puta com um patrimônio de mais de cem milhões. Todos pareciam como turistas, animados para estar na lista de convidados.
Meus olhos encontraram os de Vance, e eu podia sentir meu sangue ficar mais quente. Ele sorriu, acenando com a cabeça para mim como se ele estivesse orgulhoso. Ao lado dele estava Amory. O loiro presunçoso, que estava acompanhado de Natasha. Parecia que a Garganta Profunda tinha mudado de navio.
Ela piscou para mim, e eu quis vomitar.
— Como está a segurança?
— É mais fácil eles chegarem no presidente do que em um de nós hoje. — Declan riu
— Se isso não sair perfeitamente bem, mate ele por segurança.
Eu queria ser o único a tirar a vida de Vance, mas se isso precisava ser feito hoje, então eu não me importaria quem o fizesse.
— Apenas se preocupe com Dulce e reze para ela não fugir.
— Não, ela não vai fugir. — fugir não era seu tipo — Ela viria apenas para me matar.
Antes que ele pudesse responder, a música tocou por toda a igreja e a porta se abriu lentamente fazendo com que a minha frequência cardíaca aumentasse. Uma visão branca parou ao lado do meu pai com um buquê de rosas vermelho. Ela era linda, e toda minha.
Quando ela chegou até mim, ela parou e beijou meu pai na bochecha antes de pegar minha mão. Mas quando eu olhei em seus olhos eu vi uma pontada de tristeza, e isso doeu.
Apertei a mão dela, não para machucá-la, mas para dizer a ela que eu estava lá, eu queria que ela estivesse feliz. E eu iria deixá-la escolher qualquer um na igreja para matar se isso a fizesse sorrir.
— Senhoras e senhores, estamos aqui reunidos hoje em prol não só de Deus, mas também, para que se unam Christopher Alexander Uckermann e Dulce María Saviñón no sagrado matrimônio.
Tudo o que ele disse depois disso desapareceu da minha mente quando ela apertou a minha mão de volta.
Ela olhou para mim, e a leoa em seus olhos não tinha ido embora, simplesmente dormindo. Algo estava errado, e eu odiava não conseguir entender.
— Christopher Alexander Uckermann, você aceita Dulce María Saviñón para ser sua esposa, desse dia em diante, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, para amar e cuidar? Você promete ser fiel a ela até que a morte os separe?
— Sim, sempre. — eu disse, sem qualquer hesitação, e ela riu para mim, balançando a cabeça enquanto eu colocava a aliança de casamento no seu dedo.
— Dulce María Saviñón, você aceita Christopher Alexander Uckermann para ser seu marido, desse dia em diante, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, para amar e cuidar? Você promete ser fiel a ele até que a morte os separe?
— Sim, sempre. — ela respondeu, e eu senti o alívio transbordando de alegria quando ela deslizou o anel no meu dedo.
— Que estes anéis sejam abençoados e assim, que fiquem em paz e continuem apaixonados até o fim da vida. — disse ele enquanto olhávamos um para o outro. — Agora vocês podem selar as promessas que fizeram um ao outro com um beijo.
Naquele momento, não pareceu como se nossos lábios tivessem se encontraram. Parecia que nossas almas tinham feito isso. Dulce, limpou o batom de meus lábios e eu dei risada.
— Senhoras e senhores, agora eu apresento a vocês o casal, Sr. e Sra. Uckermann. — disse o padre, enquanto Dulce revirou os olhos para mim.
Aparentemente, Sra. Uckermann não se encaixava para ela, mas que pena.
Todo mundo se levantou de seu assento, batendo palmas e aplaudindo enquanto descíamos o corredor de mãos dadas. Paramos no topo das escadas para tirar fotos para todas as malditas revistas do mundo.
Depois de tirar fotos entramos no carro que estava nos esperando, um Rolls Royce.
— O que há de errado?
— Nada.
Suspirando, me virei e segurei o rosto dela para que ela me olhasse nos olhos.
— Dulce, o que há de errado?
Ela me olhou antes de suspirar.
— Meu pai se recusou a me levar até o altar, ele está ficando pior. — ela disse e tirou minhas mãos de seu rosto olhando para fora.
Eu me senti como um idiota. Eu estava tão concentrado nela que eu nem sequer pensei sobre a pessoa que a levou até o altar. Dulce tinha a capacidade de me fazer esquecer que qualquer pessoa existia quando ela estava perto.
— Depois de fazermos uma horinha na recepção, se você quiser, podemos fugir e ir vê-lo.
Ela olhou para mim, e seus olhos se estreitaram.
— Esse é você tentando ser doce? Porque eu estou bem e prefiro lidar com o Uckermann imbecil. Você sabe, o filho da puta que eu briguei no meu porão, que achava que era maior do que qualquer um.
E lá estava a leoa novamente.
— Eu estou fazendo um esforço, talvez você devesse tentar, porra, Dulce. Estou indo para a guerra contra o mundo inteiro. Eu não preciso de outra com a mulher que me casei.
Nenhum de nós falou mais nada, ela sabia exatamente como acabar com meu humor.
Não olhando para mim, ela pegou a minha mão e apertou antes de soltar.
— Eu nunca fui... legal. Eu não estou acostumada a ser outra coisa senão uma Saviñón. Afeto e ternura não são os nossos pontos fortes. Então, eu não sei como retribuir isso. Cadela é o modo padrão para mim é como eu tenho que ser, mas eu vou trabalhar nisso.
— Eu não me importo de você ser uma cadela com qualquer outra pessoa, desde que não seja eu. — eu sussurrei, pegando sua mão e beijando rapidamente.
Ela riu, e eu gostei do som.
— Você sabe que nós nos conhecemos há apenas 72 horas.
— Puta merda, eu sinto como se eu te conhecesse há décadas.
— Sério? — perguntou ela — Qual é a minha cor favorita?
Merda.

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Ruthless People - Livro 1
Hayran KurguRuthless People é uma ficção romântica com crime que acontece nos dias modernos de Chicago, seguindo a vida e o casamento de Dulce María Saviñón e Christopher Uckermann - rivais de sangue e líderes. O casamento foi arranjado por seus pais na esperan...