Happier

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- Marinette, podemos conversar? - Gabriel perguntou. Ele estava dentro de sua sala, com a porta aberta. Viu Marinette passando e aproveitou para falar com a mesma, antes que ela fosse embora.

Ela fez que sim com a cabeça e entrou na sala. Gabriel caminhou até a porta e a fechou. Depois, andou alguns passos e parou na frente de sua melhor funcionária.

- Domingo terá um desfile masculino. - Introduziu. - Usarei as peças daquela sua coleção. - Sabiam de qual coleção o mais velho falava. Marinette ficou feliz, por ser escolhida entre tantos estilistas da empresa, mas não era algo tão anormal. - Será um desfile de várias empresas juntas, então só usaremos aquela coleção de seis peças. Eu não poderei comparecer ao evento, gostaria que fosse minha representante. - Chegou ao ponto. Ter sua coleção escolhida era uma coisa, mas ser representante de Gabriel Agreste era uma das maiores honras que poderia ter, ainda mais com a idade que tinha. - Eu cuidarei de todos os detalhes, como hotel e tudo mais. Já escolhi o modelo que te acompanhará. - Fez uma pausa, para que a designer pudesse digerir todas as informações. - O que me diz?

- Eu... - Não soube o que responder. Era uma oportunidade única, pelo que pensou no momento. Seria ótimo para sua carreira e o dia não influenciaria na sua agenda de consultas. - É claro que eu aceito. - Sorriram um para o outro.

- Perfeito! Vocês saíram na sexta de manhã. - Seria um tempo bom, para falar a verdade. Deva tempo para se instalarem nos quartos de hotel e arrumassem alguns detalhes das roupas, caso fosse necessário.
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- Você não vai acreditar! - Exclamou feliz, enquanto entrava no carro. A mestiça estava prestes a contar a oferta que havia recebido minutos atrás.
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- Adrien, nós precisamos conversar.

Gabriel e os gêmeos Agreste já estavam em casa. O pai demostrou ter um assunto urgente, para tratar com o amis novo. Deixou Félix em paz, ele estava subindo para seu quarto. O irmão mais velho iria a um encontro com a namorada, precisava tomar um banho e se arrumar.
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- Eu achei que ele não fosse embora. - Chat Noir anunciou sua chegada. Estava esperando Niklaus ir embora, para tem um tempo a sós com sua amada.

- Pensei que você havia me dito que só viria nas sextas. - Foi até a varanda, onde o gato se encontrava.

- Eu vou ter um evento familiar sexta e precisava te visitar durante essa semana. - Se explicou.

- Que bom que você não veio na sexta, nesse caso.

- Motivos? - Seu pai não havia comentado nada sobre a viagem de Marinette, então não precisou fingir não saber o que ela faria.

- Viagem de negócios. - A cabeça do loiro foi um pouco confundida com a resposta, porém preferiu deixar para falar com seu pai no dia seguinte. - Mas eu estou um pouco preocupada com isso. - Talvez não tivesse que esperar muito.

- Quer me dizer o motivo? - Perguntou com sutileza.

- Meu chefe... - Explicou tudo o que havia acontecido mais cedo. - Mas eu o conheço o suficiente, para ter medo de que o modelo seja um dos filhos dele, o que eu odeio. - O herói já tinha entendido tudo. Por mais que seu pai tenha brigado com ele, o mais velho armou a viagem para os dois.

- Amor e ódio... É uma linha tênue. - Fez um comentário, referente ao fato de Marinette odiar sua forma cívil.

- Acho que o amor virou ódio e nunca acontecerá nada ao contrário. - Tinha convicção no que dizia, o que assustava Adrien.

- Tudo bem, vamos parar de falar nele. Posso ver seus desenhos? - Ela assentiu.

Só mostrou desenhos de coleções que já tinham sido lançadas, já que seu contrato não permitia "spoilers" de futuras coleções.

Não demorou para que Nik voltasse e o gato tivesse que ir embora.

Quando o britânico adentrou no quarto, o francês já estava fora. Observou o loiro de cabelos escuros abraçar a azulada com animação. Estava a parabenizando pela conquista, mesmo já o tendo feito mais cedo. A dupla riu, sorriu, cambaleou durante o abraço... Pareciam felizes.

Chat Noir resolveu voltar para sua casa, assistir aquilo estava sendo torturante.

Após se transformar em Adrien, novamente, alimentou seu kwami e acabou por parar em frente a janela e falar sozinho.

- Eu te vi nos braços de outro...
Você parecia feliz. - Por mais que estivesse sozinho no cômodo, mesmo sem Plagg, falava para Marinette. - Ele disse algo para te fazer rir. Eu vi que seus sorrisos eram duas vezes maiores que os nossos. - Quando ainda eram amigos, eles se divertiam juntos, às vezes a garota não gaguejava e agia estranho. Também ria e sorria com Chat Noir, mas não era nada comparado ao modo com que agia com Niklaus. - Ninguém nunca te machucou como eu te machuquei, mas ninguém te ama como eu amo. - Tinha consciência do que havia feito, só não sabia de tudo que a moça sabia sobre seu passado. -
Meus amigos me disseram que um dia vou me sentir assim também, feliz... Mas eu sei que eu era mais feliz com você. - Se lamentou. Do jeito que tudo estava, não tinha muito o que fazer, além de se lamentar por tê-la deixado passar.

Ele começou a andar pelo quarto da mansão de seu pai e acabou pegando uma garrafa de bourbon, que estava lá. Ela ainda estava cheia. Optou por beber no bico, não estava afim de ser "fino". Depois de passar da metade da garrafa, tornou a falar.

- Sentado no canto da sala, tudo está me lembrando você. - Já estava bêbado. - Segurando uma garrafa pela metade e falando para mim mesmo que você está mais feliz. Não está? - Sabia que ninguém iria responder a pergunta, não tinha ninguém para fazer isso. - Eu sabia que um dia você se apaixonaria por alguém novo. - Tinha consciência do que estava falando, por mais que estivesse bêbado. - Mas se ele partir seu coração como os amantes fazem, apenas saiba que eu estarei aqui esperando por você.

- Espero que não estrague as coisas nessa viagem. - Era Gabriel. Adrien não percebeu quando o pai entrou no quarto. Talvez tenha o feito em extremo silêncio, ou talvez fosse efeito da bebida.
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- Obrigada por me trazer, Nik. - Agradeceu descendo do carro.

Klaus tinha feito questão de levar a mulher até o local de encontro com Gabriel.

Marinette utilizava um cropped branco, com um jaqueta de couro preta, uma calça jeans do mesmo tom e um all star, combinado com a cor da calça. Suas malas já estavam no carro em que iria viajar e Gabriel também estava no local.

Abraçou e se despediu do amigo e foi até Gabriel, que avisou que o modelo a aguardava no carro. No percurso até o mesmo, ela pensou que talvez não fosse uma boa ideia ir a viagem por conta dos akumas, porém acabou de lembrando do seu outro miraculous, que dava a possibilidade de abrir portais, igual fazia quando morava em outros países e precisava voltar para salvar Paris.

Ao entrar no carro, viu que o motorista e modelo, era quem mais temia. Desejou não ter aceitado o convite, ou não ter o miraculous do cavalo, para ter uma desculpa para ficar. Pensou em usar sua doença como desculpa, mas acabou aceitando que seriam poucas horas de viagem, poucos dias e que pelo menos, teriam quartos separados.

- Podemos? - Adrien perguntou para a designer de seu desfile.

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