Destiny

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Assim que Marinette entrou no prédio do hotel, avistou Klaus sentado na recepção. Se levantou, assim que viu a azulada se aproximar.

No caminho para o quarto, ele a encheu de perguntas em relação a sua saúde e entraram em seu apartamento, assim que todas haviam sido respondidas. Assim que adentraram, deram de cara com Luka, Nino, Chloe e Alya. Disseram estar preocupados com Marinette. Contaram tudo sobre o dia que os viram pelas câmeras. A moça acabou inventando uma desculpa, não queria contar sobre sua doença, e eles sabiam que ela escondia algo dos mesmo.

- Fica tranquila, você não é a única que não tem uma relação boa com a sua irmã. - Chloe falou, após Marinette contar sobre a briga com Bridgette. Por mais que ela não fosse mais malvada, Chloe não se dava totalmente bem com Zoe, pelo fato de receber mais atenção de sua mãe, do que a própria Chloe, cuja sua mãe nem se lembrava do nome.

Após um tempo de conversas aleatórias, os que não moravam no apartamento se retiraram. Luka foi para o quarto da namorada e Alya e Nino foram para sua casa.

- O que você queria me falar? - Klaus perguntou, na esperança de conseguir boas notícias. Estavam precisando disso.

- Eu consegui algumas informações sobre a Lila. - De fato, eram ótimas notícias. - Consegui o endereço dela. - As boas notícias só cresciam.

- Me passa o endereço. - Pediu, enquanto ligava seu computador.

Além de designer e estilista, como Marinette, ele também era bom em algumas coisas relacionadas a tecnologia. Enquanto invadia o sistema de câmeras que um vizinho de Lila possuía, percebeu que Marinette não estava muito bem. Ela estava quase desmaiando, o que foi impedido pelo loiro, que já sabia o que fazer nesse tipo de situação. Notou que ela estava mais magra, desde o dia da viagem.

- Você consegue se levantar? - Ambos estavam sentados no chão.

- Sim... - Ela afirmou que conseguiria, mas não conseguiu se levantar sozinha, precisou da ajuda de Nik.

O parceiro não sabia qual tipo de reação deveria ter. Esses eram sintomas da doença de Marinette, sintomas que por um tempo desapareceram, pela magia dos miraculous. Era como se eles não estivessem mais funcionando.

- Você está bem? - Questionou preocupada, assim que ele a ajudou a se sentar em uma poltrona e parou em sua frente. Sua expressão não demonstrava que estava bem, mas não conseguia saber o que se passava em sua cabeça. - Você não está bem, por quê? - Perguntou novamente, assim que não obteve respostas.

- Talvez porque eu esteja aterrorizado com o fato de te perder! - Acabou gritando um pouco.

Os três kwamis saíram de perto, não queriam participar de uma briga da dupla de portadores. A dupla tinha consciência do que estava acontecendo, o que não deixou nenhum dos dois feliz.

- Mas você também está assustada... - Disse após fazer uma análise da expressão da moça sentada a sua frente. - Do que você está com medo? - Sua voz era calma, porém preocupada ao mesmo tempo.

- Você quer saber sobre o que estou assustada? - Perguntou e ele assentiu. - Eu estou com medo de tudo. - Seu tom era um pouco mais alto do que o normal. - Estou com medo de me mover, estou com medo de respirar, estou com medo de te tocar! - Uma lágrima escorreu de seu olho esquerdo. - Mas eu sei de seus medos...

- Você me fez te amar, você fez eu te deixar entrar. - Estava com um tom de voz calmo, até chegar na exclamação. - Então você morreu em meus braços! - A fez lembrar de outra vez que os miraculous não a salvaram completamente, no entanto os médicos conseguiram a trazer de volta.

- Eu sei que isso não é fácil para você, eu sei disso. - Seu tom era tão calmo e severo, tentava o reconfortar com seu tom de voz. - Eu estou com medo, mas está acontecendo. - Deu uma pausa, para enxugar algumas lágrimas. - Você está me perdendo. Você está me perdendo e não há nada que você possa fazer para impedir o que está por vir. - Deu outra pausa significativa, para que ambos se olhassem. - A melhor coisa a se fazer, é se preparar, assim, não será uma surpresa. - Terminou com um sorriso no rosto.

- Marinette... - Ela estava aceitando sue destino com tanta facilidade, o assustava ainda mais.

- Eu ficarei o máximo que eu conseguir. Eu te prometo, vou aguentar o máximo possível. - Acabou conseguindo o reconfortar um pouco. Era bom saber que ela ainda lutaria. - E eu quero que você faça o mesmo, aguente. - Fez um pedido, mostrando cada vez mais estar de acordo com o que estava por vir.

Ficaram poucos minutos em silêncio apenas chorando, até Marinette tornar a falar.

- Eu estarei bem, eu ficarei bem. - Tentou o tranquilizar, enquanto só ficava mais triste e mais lágrimas escorriam pelo seu rosto.

- E sobre mim? - Voltou a se alterar. - E sobre mim quando você for até a luz? - Estava gritando e chorando, ao mesmo tempo.

- Eu vou ficar bem, não precisa se preocupar. - Repetiu, só que não respondeu as perguntas dele.

- Você ficará bem, mas e quanto a mim? - Não gritava mais, apenas chorava. - Por favor, faça isso por mim! Porque se você morrer... Oh, Deus... Você precisa fazer isso por mim OU EU NUNCA SEREI CAPAZ DE LHE PERDOAR! - Não deu muitas pausas, não poderia dar brechas para ser interrompido.

- Por morrer? - Continuou calma, enquanto chorava junto com ele.

- NÃO! Por entrar na minha vida, por me fazer te amar! - Cada palavra machucava mais Marinette. Ela não queria machucar tanto uma pessoa, principalmente a pessoa que esteve ao seu lado do tempo todo. - Marinette, eu não posso te perder. Eu não sobreviveria. - Voltou a calmaria, durante o choro.

- Você cuida de mim e ninguém nunca cuidou de mim antes. Não como você. - Desviou um pouco o assunto.

- Eu sei que estou melhor com você, do que sem você. - Tentou continuar no assunto anterior. - Não posso viver sem você, não posso respirar sem você. Não sou nada sem você.

- Muito obrigada por me salvar, Nik. - Repetiu o que costumava falar, que ele tinha a salvado. Continuou no assunto que havia acabado de iniciar.

- Você sempre diz que eu te salvei, mas não é verdade. Nem se quer está perto da verdade. Porque eu não te salvei, você me salvou. - Acabou indo para o mesmo assunto que ela, mas sem desviar totalmente do seu.

- Mas você tem que se lembrar, a vida é muito mais do que apenas sobreviver.

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