I Was Feeling Epic

Travel

- Encoste. - Marinette pediu para Adrien, no meio da viagem.

- Nós já estamos chegando. - Se recusou a parar o carro.

- É sério, Agreste. Encoste! - Ele apenas sorriu e continuou a viagem. - Pare o carro! - Ficou ainda mais brava. Ela precisava fazer algumas pausas, não era recomendado que ela ficasse tanto tempo sentada, sem esticar as pernas ou andar um pouco.

- Você é bem mais divertida dormindo. - Encostou o carro, como ela estava mandando.

Marinette desceu, dando um leve gemido de dor. Adrien correu até ela, que estava com um pouco de dificuldade de ficar totalmente de pé.

- Hey! - A impediu de cair.

- Estou bem. - Deu dois passos para frente.

Um celular tocou, o barulho vinha da calça de Adrien Agreste. Marinette reconheceu o toque e se alterou ainda mais.

- Esse é o meu telefone! - O garoto revirou os olhos e olhou o visor, com o nome de quem estava ligando.

- É a sua irmãzinha. - Esticou o celular para a moça, que virou a cabeça de cara feia, como um sinal de não querer falar com a irmã. - Eu atendo. - O fez. - Telefone da Marinette.

- Onde ela está? - Tinha a procurado no trabalho e não tinha encontrado a mesma. Estava preocupada por não saber onde a gêmea estava. - Por que está com o celular dela? Ela está bem? - Fez as perguntas uma em cima da outra, impossibilitando Adrien de as responder.

- Marinette? Ela está bem aqui. Vou perguntar para ela. Ela está bem. - Não perguntou, apenas olhou para a mesma e tirou suas próprias conclusões. Estando ou não bem, a mulher daria uma resposta positiva, então perguntar seria inútil.

- Onde vocês estão? - Não deixou que sua pergunta fosse respondida. - Me deixe falar com ela. - Praticamente ordenou.

O loiro esticou o celular para a azulada. Já sabia que ela se recusaria a atendê-lo. Seu irmão havia comentado sobre a briga das duas e dito que não se falavam desde então. Não seria agora que a mais nova daria uma chance a Bridgette.

- Ela quer falar com você. - Avisou. Teve a resposta que esperava, uma negação com a cabeça. - Bem... não acho que ela queira falar com você agora.

- Adrien, me deixe falar com ela!

- Tenha um bom dia. Até logo. - Desligou na cara da cunhada. Já tinha que aturar os surtos de Marinette, não aturaria os da irmã também. Pelo menos, não pelo tempo que pudesse evitar.

O celular de Marinette tocou pela segunda vez, logo após a finalização da primeira ligação. Adrien olhou o nome registrado, que aparecia na tela.

- É o seu namoradinho. - Entregou o telefone para ela, com tédio em sua voz. Não conhecia Klaus direito, mas já o odiava por estar "namorando" Marinette e tirando as chances que já havia perdido há anos.
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A dupla de portadores já estava de volta ao carro. Marinette apoiava sua cabeça na mão, que estava apoiada no vidro e Adrien tinha colocado uma música. Não conversaram muito. Não foi por falta de tentativa do homem, que tentava puxar assunto e era totalmente ignorado pelo amor de sua vida.

- Por favor, confie em mim. Me dê uma chance. - Pediu, após ser ignorado novamente.

- Confiança se conquista, não se entrega de mão beijada. - Foi curta e grossa, porém acabou por responder o modelo. Estava irada por ter recebido tal resposta. Todas as vezes que confiou em Adrien, acabou se decepcionando.

- Dá um tempo. - Revirou os olhos. - Confia em mim. Os problemas continuarão lá quando voltarmos para casa. - Era como se ele pedisse por sua confiança somente durante a curta viagem. - Afaste-se disso por uns cinco minutos. - Estacionou o carro em um restaurante. Era horário do almoço e eles precisavam passar no banheiro. - Cinco minutos. - Fez um sinal de pausa com as mãos. Mari saiu do carro, colocou as mãos na cintura, olhou para baixo e pensa um pouco, enquanto estava de costas para o companheiro de viagem.

- Tudo bem. - Disse após a se virar para ele. Em outras circunstâncias não aceitaria tal coisa, nem pensaria só re o assunto, mas dessa vez acabou achando uma oportunidade.

- Vai me tratar bem durante essa viagem?

- Saia do carro. - Começou a andar. - Vamos. - Disse andando, percebendo que o motorista/modelo permanecia no carro.
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Por mais que estivesse viajando, Adrien pediu uma cerveja no restaurante. O efeito do álcool de uma única cerveja, não trataria mal para sua viagem.

E por mais que estivesse tomando remédios, a azulada também pediu uma bebida como a do parceiro de viagem. Obviamente, o mesmo acabou estranhando a situação.

- Intervalo. Cinco minutos. - Fez o mesmo sinal que ele, quando pediu por um intervalo de cinco minutos. - Se lembra? Esses cinco minutos vão precisar de uma cerveja.
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- Assim que eles chegarem, me avise. - Gabriel falou pouco antes de desligar seu telefone.

Havia feito uma ligação para o hotel que tinha reservado para a dupla enviada para cuidar do desfile.
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- Está me manipulando. - Adrien falava normalmente com Marinette, enquanto entravam no hotel.

- Se "manipular" for dizer a verdade, tudo bem. Culpada. - Trocaram de olhares e riram. - Certo. - Foi na direção do balcão da recepção.

- Posso ajudar em algo? - Perguntou o homem atrás do balcão.

- Marinette Dupain-Cheng e Adrien Agreste. Os quartos provavelmente estão no nome de Gabriel Agreste.

- Vou verificar os três nomes. - Disse e começou a procurar por eles no sistema. - Só preciso que assinem aqui. - Indicou um lugar no final de uma folha e Adrien assinou. - Já vou os acompanhar até o quarto dos senhores. - Deu uma volta em sua "mesa" de trabalho e foi seguido até o elevador.

Nenhum dos dois reparou no fato de que o atendente falou apenas de um quarto. Marinette estranhou, assim que o homem disse que haviam chegado no quarto reservado pelo estilista e empresário.

- E o outro? - A azulada perguntou.

- Não tem outro, senhorita. Com licença. - Se retirou, precisava retornar ao seu posto e avisar sobre a chegada do "casal".

- Ele deve ter divisões e duas camas. - Disse para si mesma, mas acabou saindo em voz alta. Destrancou o quarto e vou que estava completamente errada. Além de não possuir divisões, o quarto possuía apenas uma cama. Também não tinha um sofá, para um dos dois.

Após entrar no quarto, o loiro dos olhos verdes teve alguns flashbacks de uma conversa, ou melhor, uma discussão com seu pai.

"Quer que eu arrume um motivo para vocês viajarem juntos?"

"Que eu alugue um quarto de hotel com uma cama?"

"Não pense que eu vá consertar suas besteiras, já é um adulto e pode fazer isso por conta própria."

Sorriu, ao perceber que seu pai havia feito tudo que disse que não faria.

Seus devaneios foram interrompidos pela ligação de seu pai.

- Não estrague tudo. - Avisou e desligou no mesmo instante.

Adrien pensou que seria melhor que ele tivesse apenas enviado um áudio, mas resolveu não se preocupar com isso. Mais tarde agradeceria seu pai por ler livros de "Enemies to lovers".