Secrets

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- Como foi o primeiro dia de trabalho em Paris? - Alya perguntou para Marinette. Os seis decidiram sair para comemorar a volta de Marinette, a chegada de Klaus e passarem um tempo juntos. Mari e Nik haviam acabo de chegar.

- Não me lembra disso. - Lamentou se sentando ao lado de Chloe e Alya e ficando de frente para Klaus.

- O que aconteceu? - Chloe perguntou rindo um pouco, se Marinette havia tido tal reação com a pergunta, com certeza teria algo para fazer a loira rir.

- Ela simplesmente fingiu que não conhecia o Adrien, nada de mais. - Respondeu por Mari, que não responderia a pergunta por si mesma. A resposta gerou risadas dos outros cinco presentes na mesa, Mari foi a única a não rir. A azulada apenas tampou o rosto se lembrando da vergonha passada muitas horas antes do jantar.

- Pode explicar isso. - Alya direcionou a pergunta para Nik, tinha certeza que Mari não responderia. Era mais uma vergonha que passava diante ao Agreste mais novo.

Klaus explicou toda a história do primeiro dia de trabalho em Paris. Não omitiu nenhum detalhe, pois cada detalhe deixaria a história ainda mais engraçado. Manipulou a verdade em relação as falas dos kwamis, mesmo sabendo que todos os outros da mesa são portadores, não era bom revelar a identidades naquela hora e local.

- Eu acho que ele ficou incomodado pela Mari não se lembrar dele. - Klaus acrescentou após a conclusão da história. Não estava mentindo, Adrien ficou nitidamente incomodado com o fato de não ser lembrado, ou reconhecido por sua colega de sala no começo do ensino médio.

- É claro que ele ficou incomodado, ele... - Alya começou a falar, e depois percebeu que estava falando, e não apenas pensando. Marinette odiava Adrien no momento, não era bom falar muito dele. Se lembrou do wue aconteceu nas vezes que o loiro havia sido citado nas conversas, o resultado não foi muito bem.

- Ele, o que, Alya? - Dava para ver no rosto e no tom que Marinette usava, que ela não estava muito feliz com o assunto, porém estava curiosa.

- Você se lembra daquela ligação que fizemos no terceiro ano? - Perguntou com sutileza e recebeu uma resposta negativa, era de se esperar, tinham feito muitas ligações durante o terceiro ano do ensino médio. - Aquela que todos ficaram no fundo escutando a conversa. - Marinette mostrou se lembrar a qual ligação Alya se referia. - Ele vem agindo estranho desde aquela ligação. - Respondeu com muita cautela, com medo da reação de Marinette. Falar do Adrien perto dela, era como falar de Lila.

- Estranho... Como exatamente? - Disse a si mesma que estava querendo saber exatamente como agir, agora que fingia não lembrar de Adrien. Não era uma explicação que fazia muito sentido, mas ela precisava de uma desculpa para toda sua "curiosidade" em relação ao modelo, agora empresário.

- Ele se sente culpado por não ter acreditado em você. - Nino finalmente falou. Marinette pensou que era o mínimo que Adrien poderia fazer. Ele era um dos melhores amigos dela, a paixão dela e sabia que Lila era mentirosa. - Ele esperava que você voltasse para Paris, ele queria se desculpar com você. - Acrescentou alguns fatos. - Acho que ele foi perdendo as esperanças conforme os anos foram passando. - Concluiu.

- Mari, deixa eu te falar... - Chloe parecia um pouco receosa. Provavelmente falaria algo sobre Adrien, Lila ou referente as viagens de anos de Mari e Nik. - Eu comprei uma bolsa nova, ela é perfeitaa! Você vai adorar! - Arrancou risadas de todos da mesa, que esperavam algo sério, mas ela era Chloe Bourgeois, qual o motivo de esperar algo realmente sério?

O resto do jantar foi agradável. Não falaram mais de Adrien, ou algo relacionado a Lila. Foram apenas risadas, lembranças agradáveis e nostálgicas e fofoca colocada em dia, a maioria veio dos meninos.
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- Vai chamar a garota para sair? - Plagg perguntou pouco antes de comer um pedaço de seu queijo favorito. - Já fazem uns dias que ela está trabalhando aqui.

- Tem razão. - Relaxou a coluna na cadeira e parou para pensar no que faria em relação a Marinette. Ele precisava conquistar a mulher e não deixá-la se lembrar do que havia acontecido no passado. - Acho que vou fazer isso agora! - Levantou com tudo e decidido. Esperou Plagg entrar em seu paletó do terno cinza que usava e foi até a sala de Marinette e Niklaus, na esperança de que ele não estivesse lá. Bateu uma vez, sem resposta, bateu outra e outra, e sem resposta novamente. Acabou abrindo a porta e vendo que a sala estava vazia. Foi até a secretária do andar e perguntou por Marinette.

- A senhorita Dupain-Cheng e o senhor Mikaelson saíram já faz um tempo. - Informou ao loiro.

- Tudo bem, obrigado. - Agradeceu e voltou para sua sala. - Eles não deveriam ter saído, faltam algumas horas para o expediente deles acabar. - Pensou alto.

- Fala com ela amanhã. - Plagg sugeriu. - Amanhã é sexta, é um dia bom para saírem. E também, você não tem o telefone dela e dúvido que alguém vá te passar.
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- Você não acha que o Adrien pode acabar descobrindo que estamos saindo durante o expediente? - Klaus estava dirigindo e com Marinette sentada ao seu lado. Estavam parados no sinal vermelho, que ficou verde em poucos segundos.

- Estamos trabalhando lá faz um tempo e ele nunca percebeu, duvido que perceba. - Zombou e soltou uma risada curta. - Ele nunca havia percebido meu amor por ele - Pensou.

- Vamos supor que ele descubra, qual será a desculpa? - Foi direto ao perguntar da "desculpa", tinha certeza de que Marinette não falaria a verdade. Na verdade, ela não alteraria ou omitiria fatos, faria o que mais odeia, mentiria.

- Pode ter certeza de que eu não vou falar que é o motivo de eu ter vindo para Paris. - Essa era a verdade, a verdade que Marinette não pretendia contar para absolutamente ninguém.

- Isso é algo com duas respostas. - "Respondeu" descendo do carro. - Uma resposta é trabalho e a outra... - Apontou para o local atrás de Marinette, que havia descido fo veículo e ficado de frente para Nik, do outro lado do carro.

- Eu com certeza não vou falar sobre isso. - Viu Klaus dando a volta no carro e caminhou ao seu lado para dentro do estabelecimento.
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- Pai, você está sabendo que os novos funcionários estão saindo mais cedo? - Adrien questionou o pai. Estava na sala de Gabriel junto com Félix, seu gêmeo mais velho.

- Eles entregaram as peças que deveriam? - Perguntou para Adrien com frieza. Aquele era um assunto em que Adrien não deveria se intrometer.

- Sim, mas... - Foi interrompido pelo pai.

- Hoje é quinta, deveriam fazer a entrega somente amanhã até o final do expediente. - Começou uma espécie de explicação. - Então alguns minutos não são motivo para brigas ou algo do tipo, principalmente com funcionários tão excepcionais quanto eles! - Exclamou pensando ter encerrado o assunto.

- Esse é o problema, não são alguns minutos. - Insistiu no assunto.

- Basta! - Estava furioso. Adrien era tão lerdo a ponto de perceber que não era um assunto que dizia respeito a ele? Mas Félix era diferente, ele percebeu que Gabriel sabia de algo, e iria descobrir o que ele escondia. - Tudo isso por que? - Se acomodou na cadeira. Conhecia seu filho e sabia que se desviasse sua atenção para outro assunto, logo esqueceria o primeiro. - Todo esse alvoroço por que está com ciúmes de garota? - Sua voz era mais calma.

- O quê?

- Eu sei que é apaixonado por ela desde o ensino médio, e ainda não a superou, principalmente agora, que ela retornou a Paris. - Continuou com sua manipulação. - Está com ciúmes por eu ter dado permissão para que ela saísse mais cedo com Klaus, contando que ela entregasse as peças que precisava. - Félix não caiu nessa, mas Adrien ficou desconfortável. Seu pai sabia e havia deixado? - Não é profissional se intrometer na vida pessoal dos nossos funcionários, então peço para que você dê jeito no seu ciúmes! - Para a felicidade de Gabriel, Adrien caiu em sua manipulação. Todavia, para sua infelicidade, Félix não. O irmão mais velho percebeu que a última parte, referente a aprovação de Gabriel para eu eles saíssem, era verdade. Ficou determinado a descobrir o que seu pai e os novos funcionários estavam escondendo.

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