Enlouquecendo

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In memoriam de Kentaro Miura, autor de Berserk, nome do capítulo inspirado em seu mangá "Berserk".

— Estou cansada, e já não aguento mais fingir que não estou. — diz Sonia.

— Descanse. Essa é a resposta que qualquer um daria. Contudo, sei que não irá, então o que tem em mente?

— Acredito que vou caçar ele eu mesma, ir atrás e ver o que posso fazer.

Iori toma um tempo antes de falar qualquer coisa, e diz:

— Não. Não deveria, pense antes de agir. Sempre foi tão racional, porque essa mudança assim do nada? 

— Eu sou ansiosa, okay? Não tenho como ficar esperando assim.

Mike se aproxima dos dois, e diz:

— Se acalmem. Precisamos pensar. Com o pau que ele tomou sabemos que não poderá contra nós-

Sonia o interrompe:

— Três? Não poderá contra nós três? Esqueceu de algo. Ele tem um poder que nós nem sequer sabemos como funciona. Além disso, quero saber... Pode ser uma decisão muito complicada de tomarmos, mas vocês apoiam que tipo de pena para ele?

Mike, com as mãos no bolso e com um silêncio inquietante, responde:

— Acho que morte não resolve.

— Então você é do tipo que gosta de ver sofrer? — responde Sonia em um tom curioso.

— Não é bem isso. É que depende da pessoa, no caso do Joseph, uma traição, uma facada nas costas, especialmente em cima de um amigo de épocas como eu... me sinto na obrigação de não mata-lo. Quer dizer, dependendo da tortura, pode acabar sendo pior que a morte. 

Iori:

— Já ouviram falar daquele filme Francês sobre tortura? Eu tenho umas ideias desde que vi ele.

— Não sejamos sádicos desse jeito, acho que temos alguns métodos prontos cá e lá, o mais importante ainda é derrubar ele.

No hotel longe dali, Joseph e Miànjù entravam no quarto, acordando Elise,  

— Então senhor Warren, qual seu plano? 

— Espero que entenda, raramente um plano meu dá certo em tempos difíceis, vamos... Apenas entrar.

— Apenas entrar, é isso? Por onde?

— Pela porta de entrada, por onde mais seria?

— Ah, é que eu não costumo fazer assim. Enfim, se você acha que vai funcionar, eu estou com você.

Elise, tomando um café em uma caneca de vidro, comenta:

— Os dois tem certeza disso?

Joseph:

— Somos homens, não pensamos tanto assim, apenas agimos, é claro que em guerra isso diferiria, o caso aqui é mais 'urgente' digamos assim.

— Eu duvido muito que nosso plano falharia, sério, só tem eles de especiais lá.

— Só? São três contra dois, é quase suicídio, mas é o que eu estou com paciência para pensar no momento.

— Então, algo mais que eu precise saber?

— Ah, tem sim. A Sonia, líder da corporação, ela empunha uma Katana, é mestre em esgrima e em artes marciais, não sei se é algo que podemos lidar, o mais certo seria destruir a arma primeiro, mas...-

— Mas não podemos toca-la. Deixe comigo, eu sei da espada da forja celestial.

"Esse cara! Ele sabe demais, eu estou com um sentimento ruim."

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