Feliz dia dos namorados para todos aqueles que namoram e é nos quem n namora!
James Jackson narrando:
Não esta tudo bem.
Nada bem na verdade.
Estava um verdadeiro caos para ser mais exato.
Tenho certeza que o pandemônio sentiria inveja desse hospital se o visse. Enfermeiras correndo, internos sujos de sangue, médicos gritando, diversos pacientes espalhados. Todo o som desse caos estava sendo abafado pelo zunido do meu ouvido.
As ambulâncias não paravam de chegar, nem mesmo depois do hospital declarar que estava 95% da lotação permitida.
Um terrível tiroteio.
Um atentado ocorreu ao meio de um jogo de futebol, o estádio estava lotado. Não sou de acompanhar esportes, e pelo o que entendi era a final do campeonato.
Não podia mais ficar parado, mas não conseguia me mexer. Não tinha mais os controles. Via Kai correndo de um lado para o outro com o uniforme azul claro manchado de sangue, que nem ao menos o pertencia, e duvido que ele mesmo saberia de quem era o dono. Já não sabia mais onde estava meu namorado, Charles tinha desaparecido do meu campo de visão e noção a mais tempo que eu poderia contar.
Fui tirado do transe quando alguém caiu em cima de mim. Tentei ao máximo não cair, e consegui. O corpo de uma mulher alta estava em meus braços, de sua boca saia apenas murmuros repetitivos: Derek... Derek...Derek...
- Senhora...? - Chamei-a, mas assim como eu momentos antes, ela também estava em transe. Olhei rápido e em seu pulso estava uma pulseira de identificação do hospital. - Senhora DeLacur? - Desta vez, ela me encarou. Seus olhos verdes estavam claramente perdidos.
- Derek?
Guiei-a para um canto do corredor, onde não atrapalharia ninguém.
- Senhora DeLacur, sou o doutor Jackson, poderia me falar quem foi o médico que te atendeu?
- Derek... Não sei o seu nome... mas tinha cara de Derek... - Céus, cara de Derek? Que raios seria ter cara de Derek?
- Poderia me contar como ele é?- Perguntei antes que o transe voltasse.
- Olhos escuros... lindos olhos escuros... tão feroz, ardente para ajudar, um brilho em especial também. O cabelo num topete perfeito, nem parece que estamos no inferno. - Praticamente sussurrou a ultima parte.
- Ok...talvez conheça quem seja. - Digo a guiando para um lugar mais calmo. - Poderia me informar, primeiro, o que aconteceu com a senhora? - Dou uma curta pausa. - Logo em seguida buscaremos o seu Derek. - Prometi olhando em seus olhos.
Em resposta, ela balançou a cabeça, seus olhos ainda tinham o brilho nos olhos de pânico.
Caminhamos juntos pelos corredores, desviando das macas e das pessoas correndo. No caminho para a ala de UTI, senhora DeLacur foi falando o que tinha acontecido: estava no estádio por um encontro as escuras programado por sua melhor amiga, o primeiro encontro depois de um um divorcio perturbado.
O encontro não estava indo lá essas coisas, mas ela não esperava que ocorresse um tiroteio.
Ao meio dos caos, Sandy, foi arrastada pela multidão e levou uma coronhada, por isso o corte em sua testa. O carinha do encontro a protegeu de ser pisoteada, entretanto se perderam quando chegou o confronto com a policia. E seu estado de pânico foi por causa de ver a cena de pessoas sendo mortas, o que é super compreensível. Derek é o "nome" do médico que a examinou, e prometeu que acharia o carinha dela.
- Finalmente achei você. - Uma voz muito familiar falou, eu e Sandy viramos dando de cara com meu lindo e radiante namorado. - Os dois na verdade.
- Derek! - Exclamou Sandy e logo fazendo Charles sorrir. - Doutor Jackson, esse é o Derek.
Sorri.
- Antes de qualquer coisa, encontrei o seu encontro.- Até mesmo eu prendi o fôlego. - Diego esta bem, apenas levou um tiro de raspão no braço, e ira sobreviver tranquilamente. - Falou sorridente.
Sandy estava prendeu o fôlego.
- Pronta para ver seu carinha? - Pergunto sorrindo para ela.
DeLacur acena com a cabeça nervosa. Eu e Charles a guiamos até um leito na emergência, com um homem mediano e barbudo sendo costurado por um enfermeiro. Sandy não controlou e foi logo abraçar seu barbudinho. Charles estava do meu lado, nos dois observando o reencontro dos pombinhos.
- Estava preocupado com você. - Falei ainda olhando para os dois, e logo senti o olhar de Charles sobre mim.
- Também estava com você, tinha até rumores de que você estava em estado de choque. - Falou chegando mais perto de mim.
- Meio que eu estava... - O olhar ficou ainda mais sobre em mim.
- O que...
- Esta tudo bem agora. - Falei para ele num sopro.
- James...
- Charles, eu apenas dei uma leve travada, esta tudo bem agora. - Falei olhando em seus olhos lindos. - Não acho que você tenha cara de Derek. - Falei o fazendo soltar uma leve risada. - Então doutor bonitão, vamos fazer nosso trabalho. - Falei e logo segui para alguma emergência.
...
- Estou tão cansado que não sinto mais a minha bunda. - Pronunciou Kai cansado e deitado em uma maca livre. Sua cabeça estava em minha coxa, e meu ombro estava sendo usado como travesseiro por Charles.
- Vomitaram em mim... e não foi nem comida, foi sangue. - Falei fazendo cafuné nos dois.
- Estou tão cansado que quando chegarmos em casa, eu só vou dormir. - Falou Charles brincando com minha mão livre.
- Você vai tomar um banho pelo menos. - Falei num protesto.
- Amor, do jeito que estou, eu vou acabar dormindo no banho. - Falou manhoso já de olhos fechados.
- Ele só não dorme se você comer ele. - Falou Kai recebendo um tapa na testa de Charles. - Ah e eu menti?
- Não te mete.
- Parem vocês dois por favor. Não tenho força para separar a briga de vocês dois.- Pedi cansado.
Antes de que qualquer um dois falasse, um dos nossos supervisores nos dispensando, o que agradeci muito. Kai foi para nossa casa já que era mais perto, e assim que chegamos, mandei Charles para o banho, e Kai foi para o quarto de hospedes. Eu fui para o banho junto com meu namorado, já que não sou bobo nem nada.
- Vai testar a teoria do Kai? - Perguntou com a voz carregada de tesão.
Antes de responder abracei Charles por trás, dando uma leve mordida em seu ombro.
- Talvez.
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One love, two mouths. One love, one house
General FictionO nome já diz tudo. "Charles: que merda James! Eu não sou gay! James: um cara hétero não beija outro cara, um cara hétero não transa com outro cara. E adivinha só? Você já fez isso. Sinto em lhe dizer, Charles, só que você é gay sim!"