One love, two mouths. One love, one house

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James Jackson narrando:

­- Gatinho, me vê uma tequila. - Pede um garoto alto, cabelo moreno, com uma calça jeans meio rasgada e uma camisa branca lisa. Coloco a bebida dele num copo e logo entrego para ele. - Valeu gatinho. - Ela me entrega o dinheiro e percebo que tem tipo de um post-it com um numero e o nome, o cara sorri e sai fazendo sinal para eu ligar para ela.

Dou um sorriso de lado.

Bem, eu estou no fim do meu turno aqui na balada. Sim, eu trabalho numa balada. Continuo fazendo algumas bebidas até o cara do próximo turno chegar.

O que demora, já que ele sempre esta atrasado.

Assim que ele chegou, sai do bar e fui para o quartinho que os funcionários podem usar para se trocar no começo e no final de cada turno.

Me troco e assim eu saio da balada que eu trabalho a mais ou menos três anos, vou para o meu humilde carro e vou para o meu apartamento que fica no centro, ou seja, perto da minha faculdade e também do meu trabalho.

Minha vida é bem tranquila, pelo menos na minha visão, faço faculdade de manha, de tarde faço academia ou vou para o meu estagio, e a noite vou trabalhar. Maravilhoso? Nem tanto, sou um garoto de 20 anos, estou no meu terceiro ano da faculdade de medicina, e tenho um colega de apartamento que é um cara totalmente escroto.

Chego exausto em casa, e subo direto. Ignoro tudo o que esta acontecendo ao meu redor e vou para o meu quarto, tiro as minhas roupas, tomo um banho super rápido e coloco apenas uma cueca e vou comer alguma coisa para comer. E para variar, o meu não tão adorável colega de apartamento estava lá também.

Charles Roy Donnovan.

Charles: não esta muito cedo para a menininha estar de pé a essa hora? - perguntou para mim com um humor negro.

"'Menininha' acho que foi o 'apelido' menos ofensivo que ele me deu."

Sim eu sou gay, e o meu colega de apartamento é homofobico. Como estou vivo? Simples, eu nunca fico perto de dele.

Ignoro o seu comentário e vou até um dos meus armários, sim, meus armários, ele fez questão de ter o dele, o que eu não chego nem perto, e pego um copo e coloco um pouco de suco, que eu fiz antes de ir para o trabalho, então coloco no copo e vou a caminho para o meu quarto.

Só que Charles segura o meu braço me impedido de andar, e derrubando um pouco de suco de morango na minha mão.

Charles: quando eu falo com você viadinho, é para você me responder, não me ignorar.- Fala com o seu rosto bem perto do meu, Charles esta segurando o meu braço com muita força, o que com certeza vai ficar uma linda marca roxa.

James: Charles me solta agora.- eu não tenho medo dele, só evito arrumar briga no meu próprio apartamento.

Charles: por que você esta aqui? Por que não esta lá na esquina dando o seu cu?- Puxo o meu braço para me soltar do seu aperto. E assim que eu consigo, saio de perto dele, não estou com paciência.

Entro no meu quarto, tranco a minha porta, bebo o suco num só gole e vou dormir.

[...]

Kai: me diz... Chaz esta de mau humor?- Chaz é como toda a faculdade conhece o cretino do meu colega de apartamento.

James: meio inútil você perguntar para mim, sabe que comigo ele sempre esta de mau humor.- falo olhando para Kai, o melhor amigo de Charles, e por consequência ele virou meu amigo.

Kai: beleza... o que ele fez?

James: ficou mau humoradinho comigo.

Kai: olha, dessa vez ele realmente esta mau... Jas o traiu com o irmão, e eu não sei se você sabe, mas eles não...