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Feliz dia do Orgulho LGBTIA+, lembrado que toda forma de amor é valida, não importa gênero, idade ou orientação sexual! 

Não deixe esse dia passar em branco, muitos lutaram muito para termos esse mês para destacar cada um do vale. 

bjs pessoal!

Charles Roy Donnavan narrando:

Dentro do meu guarda-roupa, da minha terceira gaveta, tem uma caixinha cinza de veludo, e dentro da mesma esta um lindo par de  alianças. Sei que pode ser meio precipitado já que estamos juntos, a apenas quase dois meses, mas James me faz tão bem, e essas três semanas que passamos longe um do outro apenas me deixou mais certo do pedido.

Nesse momento estou admirando como James é sereno enquanto dorme. Sei que ele esteve muito ocupado, já que alem do trabalho no hospital, e a faculdade, tem o trabalho noturno. 

Passo as pontas dos meus dedos pela lateral do seu rosto.

O relógio marcava oito e trinta e dois da manha. Ainda estava cedo e eu queria deixar James descansar um pouco a mais. 

Em relação ao pedido estou bem incerto de como faze-lo. Poderia muito bem perguntar a Kai, mas ele esta ocupado em ficar babando em coisas de bebê que pretende comprar para o seu bebê que nem ao menos nasceu. Então tive que perguntar a minha irmã, e por incrível que pareça ela parecia conhecer muito bem o meu James.

-Você sabe muito bem como ficar olhando para alguém que esta dormindo é estranho, né?_ Escuto uma voz rouca e gostosa me perguntar.

Meus olhos foram direto para James que agora estava acordado e passando a mão nos olhos.

- Um beijo pelos seus pensamento.

Sorrio.

- Nada de mais, senhor curioso.- Digo e logo em seguida dando um beijo na ponta de seu nariz.- Bom dia.

- Bom dia.- Falou me puxando pela nuca me dando um beijo gostoso.

Não, a gente não tem o super poder de acordar sem bafo, apenas não abrimos a boca no beijo.

- Que horas são?- Perguntou me abraçando e enterrando seu rosto na curva do meu pescoço.

- Oito e trinca e pouco.- Digo fazendo carinho em seu couro cabeludo.- Pode voltar a dormir, ainda está cedo. 

- Não... quero ficar ficar acordado com você. - Falou com a voz meio arrastada de sono,  eu sei que seus olhos já estão fechados. 

Reviro os olhos.

- Pode dormir, quando acordar eu ainda vou estar aqui, e você esta precisando regular esse sono. - Falei e em seguida depositei um beijo no topo de sua cabeça.

- Me sinto um péssimo namorado por não te dar tanta atenção quanto merece. - Falou ainda me abraçando, por sua cabeça estar enterrada em meu pescoço sinto uma leve cocegas quando James fala.

- Está tudo bem, sei que esta cansado, pode dormir meu amor.- Falei ainda fazendo cafuné nele.

James me solta do abraço, senta-se em cima das minhas pernas, de frente para mim. 

- Eu...- Começa a falar, mas para. Juro que estou prestando atenção, apesar de ter um cara muito gostoso, cheiroso, fofo, e que eu estou gostando muito, sentado em meu colo e, detalhe, bem em cima do meu pau.- Vou escovar os dentes.

Não deu tempo nem de eu ao menos tentar protestar, já que James saiu praticamente correndo do meu colo se trancando no banheiro. Solto um suspiro cansado. 

Levanto-me da cama, vou para a cozinha tentando ignorar a caixinha que não sai da minha mente. Preparo um café da manha básico e simples: ovos mexidos e suco de laranja. 

Estava já pondo a mesa para nós dois quando sinto ser abraçado por trás, mãos grandes ao redor da minha cintura virando-me e logo em seguida grudando os meus lábios do seu.

Esquecendo de tudo, devolvo o beijo na mesma intensidade, sinto minha cintura ser pressionada com mais força. James me puxou com força, estava sedento e nem um pouco carinhoso, bem o seu jeitinho mesmo. Quando o ar faltou apenas desgrudamos os lábios, mas logo juntamos as nossas testas. 

O sorriso lindo de James não largava ele, o que me deixou com um pontinho de calor em mu peito.

- Agora sim, isso é um beijo de bom dia digno a Charles Roy Donnavan. - Falou ainda sorridente, o que me fez sorrir junto a ti.

- Fico lisonjeado. - Digo dando um beijo rápido em seus lábios. - Espero que esteja com fome, sei que não é lá essas coisas, mas espero que de para matar a sua fome. - Digo um tanto quanto sem graça por não pensar que ele poderia estar com fome.

-Sem problemas. - Falou me abraçando.

- Acho que alguém sentiu realmente a minha falta...- comento achando graça de toda essa carência de James, já que ele nunca é assim. 

- Só cala a boca... - falou enterrando mais uma vez seu rosto na curva do meu pescoço, e dessa vez respirando fundo, causando-me cocegas.

Solto uma leve risada e passo meus braços ao seu redor o abraçando.

Ficamos um bom tempo apenas abraçados, e novamente minha mente vagou, na verdade nunca deixou de vagar, na caixinha e na resposta que James dar. Juro que já pensei em milhares de formas em fazer o pedido. E todas no  meu subconsciente acabava comigo sentado na mesa de um bar enchendo a cara.

Cada um de nós estava afundado em seu próprio pensamento.

- Hey! Opa, cheguei num mal momento...- Falou Kai aparecendo como sempre do nada na nossa casa.

James apenas tira o rosto do meu pescoço se virando para olhar o nosso amigo invasor. Kai ergue uma sobrancelha tentando entender a razão pela qual James esta todo melancólico.

- O que aconteceu?

- James acordou todo carente, e nem vem, deixa eu aproveitar meu namorado agarrado a mim.- Falei apertando James ainda mais forte em meus braços, não quero solta-lo.

- Namorado? Tenho certeza de que é a primeira vez que se referem assim um ao outro.-Falou Kai e estranhando e sentando na mesa/bancada preparado para comer a comida que fiz para James e eu. 

- Decidimos isso ontem. - Falei.

- E não rolou nada a mais?- Questionou já comendo. Confesso que tremi na base. 

E sinto que não fui o único, já que James se encolheu.

Franzo o cenho.

- Como assim Kai. - Faço-me desentendido.

Sinto mais uma vez meu namorado se encolher em meus braços, afundando o rosto na curva do meu pescoço. Kai dessa vez encheu a boca com ovos mexidos tentando evitar o assunto.

- Nada não, só to esperando o meu convite para ser o padrinho do casamento de vocês. - Falou dando de ombros e nós dois acabamos nós engasgando com a nossa própria saliva.

One love, two mouths. One love, one houseOnde histórias criam vida. Descubra agora