A Conquistadora Poetisa

#Xena#

Quando a conquistadora me beijou fiquei receosa e relutei para não beija-la mas aquele toque...aquele beijo... me fez querer por mais.

Nossas línguas estavam brigando por dominância e nossas mãos estavam conhecendo cada parte de nossos corpos.
Continuamos nos beijando, até que o ar se encontrava necessário.

- Não podemos fazer isso! - falo um pouco apreensiva, tentando me afastar mas suas mãos firmes não  deixavam.

- Por que? - questiona me fitando com aqueles olhos hipnotizantes.

- Somos totalmente diferentes! - digo sem olha-la.

- Você pode dizer isso, mas sei que isso não é verdade. - Seu corpo diz o contrário, das palavras nas quais você pronúncia.- me responde agarrando possessivamente minha cintura e trazendo mais para perto. - Diz para mim que você não sente o mesmo que eu...? - fala beijando meu pescoço.

-E-eu...- tento falar algo mais nada saí de minha garganta além de um leve gemido, sem perceber estava passando minhas mãos em seus sedosos cabelos loiros.

Jamais havia gaguejado em toda minha vida.
Eu era a quem conquistava e não a quem era conquistada.
Mais nesse momento não me importava com quem " Dominava " e quem era " Dominada".

- Diz pra mim que você não me quer...? -continua com seus doces beijos junto a pequanas mordidas em meu pescoço e indo em direção a minha clavícula.

Solto o seu cabelo com certa relutância, junto restante das minhas forças que ainda sobraram e a afasto antes que alguém nos veja assim.
Me sentia nua diante, dos seus itensos olhos verdes, que agora se encontravam sobre mim.
Aquele olhar queimava a minha pele.
Minha respiração estava ficando mais calma, mas meu corpo sentia falta do outro que estava logo ali.

- Já disse que não podemos! - digo dando alguns passos para trás.
Tento sair dali mas uma de suas mãos é mais rápida que meus movimentos e segura meu braço.

Minha cabeça pensa em mil coisas em relação o que anda acontecendo e chego a conclusão que isso tudo não tem explicação.
Esse sentimento e esse fogo que arde dentro de mim são inexplicáveis.
Precisava sair dali antes que podesse acontecer o inevitável.
Sei que se continuasse não pararia e isso não é muito bom.

- Não vou te forçar a nada que não queira, mesmo sabendo que quer o mesmo que eu. Porém estou disposta a esperar o tempo que for para te tornar minha. - diz com firmeza e sinto um arrepio percorrer por toda minha espinha.

- Se é só isso! - tiro sua mão de meu braço e saiu dali o mais de pressa possível, até sair de vista dela.

Caminho pelos longos corredores de Corintos, até chegar na cozinha.
Vejo Amarice ajeitando a bandeja do almoço da Conquistadora.
Assim que nota minha presença...

- Rosa! Aonde você estava? - diz me olhando por cima dos ombros.

- Fui fazer umas coisas e agora vim ajuda-la! - digo dando um largo sorriso.

- Estava precisando mesmo de você aqui. - responde retribuindo o sorriso. - Tem muitas coisas para serem feitas.

- Por onde começo?

Ela me explica mais ou menos o que fazer, já que a Abigail teve que resolver umas coisas na aldeia e logo logo estará de volta.
Vou fazer minhas tarefas, enquanto a mesma pega a bandeja e vai leva-la para a Conquistadora.
O tempo parecia está passando de vagar e as minhas tarefas pareciam intermináveis.
Até que escuto o barulho da porta se abrir...

- Com licença? - escuto uma doce voz feminina falar.

- Oi? O que a Srta deseja? - me viro para saber quem era a dona da voz, rapidamente olho para a mesma de cima em baixo e a vejo corar.

Observo atentamente cada traço fino de seu rosto, noto em seus grande cabelo castanho trançado e aqueles olhos negros fixos no chão.
Essa moça possuia um lindo vestido azul e sandálias de couro.

- Vim falar com Abigail! Ela está? -me olha rapidamente.

- Ela não está! Mais a sra quer deixar algum recado? -digo ainda a encarando.

- Fala para ela que Íris esteve aqui e que mais tarde voltarei. Fazendo favor! -fala agora me olhando fixamente.

- Pode deixar Srta Íris. - a respondo con um sorriso.

- Com licença! - diz se retirando do ambiente.

Fico um pouco pensativa em relação a mulher que a poucas marcas de velas atrás se encontrava em minha frente.
Era estranho, pois era a primeira vez que a vejo por aqui.
Tiro certas perguntas de minha cabeça sobre "Quem seria essa mulher?" e volto a organizar as coisas.

Algumas marcas de velas depois que já havia terminado de organizar a cozinha Amarice volta junto com a Sra Abigail.

- Rosa você fez um ótimo trabalho aqui! - diz a sra Abigail me cumprimentando.

- Obrigada Sra Abigail! -digo com um largo sorriso amarelo. - Ah Sra Abigail a srta Íris apareceu aqui e disse que depois voltaria. - dou o recado que me foi passado mais cedo.

- Íris!? Ela veio aqui!? - fala mais em um tom surpreso. - Ela não é de sair muito do seu quarto e só sai quando a Conquistadora a chama para ajuda-la.

- Ela parecia muito distante e que estava triste.

- Imaginei!

- Amarice e Rosa podem tirar o resto do dia de folga, já que está tudo impecável por aqui.

Agradecemos ela e nos retiramos dali.

- O que nós faremos agora? - diz Amarice um pouco entediada.

- Tenho uma ideia mais você terá que confiar em mim e não podemos falar isso para ninguém.

- Confio em você e jamais falarei nada para ninguém. - me promete com um olhar de cumplicidade.

- Vamos lá! - puxo ela pelo braço e indo em direção a uma parede que havia em um corredor que ninguém passava.

Coloco uma das minhas mãos livres na parede e abro uma passagem.
Olho para o lado e vejo os olhos de Amarice brilharem.

- Vamos! -digo enquanto a puxo para dentro.

Descemos algumas escadas até chegar no pequeno jardim escondido que eu havia deixado ali algum tempo atrás, que continuava em perfeitas condições.
Seus olhos brilham ao ver tal coisa.
Esse jardim era um dos lugares que decidir construir escondido para que quando eu quisesse fugir de tudo e todos.

- Como descobriu esse lugar? -diz a mais jovem curiosa.

- Digamos que eu achei sem querer. - digo dando de ombros.

Sentei na confortável grama que havia ali, enquanto Amarice vai até em uma das árvores pegar seus frutos.
Vejo ela vim em minha direção, mordiscando uma das frutas.
Em um piscar de olhos, a mesma se encontrava em meu lado apreciando a linda vista do pequeno jardim e enquanto degusta as frutas.

Ficamos ali por longas marcas de velas conversando sobre diversas coisas.
Não sei quando isso aconteceu, mais estavamos deitadas naquela grama de lados opostos.
Era como se eu pudesse contar tudo para ela e que ela sentisse o mesmo.

Senti um sentimento familiar, como se eu já estivesse em casa.